sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Mais seis Presidentes avaliam suas Comissões

Continuando o trabalho de reflexão sobre as Comissões Episcopais Pastorais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), os Presidentes de seis Comissões explicaram a função de cada uma delas e projetaram as ações para o próximo quadriênio. Vale ressaltar que a CNBB têm 12 Comissões Episcopais Pastorais mais duas Comissões Especiais: para a Amazônia e para a Missão Continental.

Segundo o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude, dom Eduardo Pinheiro, a Comissão nasceu no ano de 2011, na Assembleia Geral dos Bispos da CNBB, depois que se percebeu a opção preferencial da Igreja do Brasil pela juventude. “A Igreja sempre esteve atenta à juventude, às novas gerações, e agora, depois deste tempo de amadurecimento decidiu ter uma Comissão específica ao contemplar uma gama de trabalhos que vêm sendo realizados em vista da juventude e com a juventude. A Comissão tem uma preocupação constante de garantir o trabalho de evangelização nas várias instâncias da Igreja no Brasil. De que forma? Com projetos, subsídios, encontros, assessorias. Essa preocupação tende valorizar ainda mais o protagonismo juvenil”, ressaltou.

Dom Eduardo ainda lembrou que após a aprovação do Documento 85 da CNBB (Evangelização da Juventude - Desafios e perspectivas pastorais), que traz várias linhas de ação da Igreja para com a juventude, a Comissão se preocupa em fazer com que haja espaços de comunhão de diversidade. “Então temos várias situações em que nos reunimos com jovens que fazem parte das Pastorais da Juventude, dos Movimentos Eclesiais, das Novas Comunidades, jovens ligados às Congregações Religiosas que tem este carisma, como também outras Pastorais afins, como a da Educação, Catequética, Comunicação, Familiar, que também tem a preocupação junto aos jovens. Então este trabalho da unidade das várias expressões é uma preocupação, uma atenção e um objetivo da Comissão. O segundo objetivo, que já vem historicamente responsabilizado pela CNBB é o acompanhar e articular as quatro Pastorais da Juventude: Pastoral da Juventude, Pastoral da Juventude Estudantil, Pastoral da Juventude Rural e Pastoral da Juventude do Meio Popular, e cada uma delas tem sua estrutura e uma sintonia mais intensa e específica com a CNBB”.

Já o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Cultura e Educação, dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, a sua Comissão tem como finalidade principal articular todas as iniciativas no campo da cultura e educação no Brasil para poder, através dessas duas ferramentas de mudança da sociedade, de melhoria da condição humana no mundo atual, fazer com que a Igreja marque a sua presença e dê a sua contribuição de fé. “Esta Comissão, portanto, desenvolve projetos na área da Cultura, sobretudo da Pastoral da Cultura, procurando não só compreender o modo de vida do povo brasileiro, mais, sobretudo, as suas profundas expressões da alma, da fé, da espiritualidade, da sua condição humana, que se revela através das tradições, da música, do cinema, de todas as manifestações da cultura e da arte, e, ao mesmo tempo, procura cuidar do imenso patrimônio histórico-cultural desse nosso país, um dos mais ricos, não só da América Latina, mais do mundo, mas também na área da Pastoral da Educação, assim como a cultura, é uma área de fronteira, na qual nós nos fazemos presentes para que, no contato direto com crianças, adolescentes e jovens, na sua formação, desde a mais tenra idade até a formação profissional e a formação de pesquisadores, portanto, mestres e doutores no nosso país, ali marquemos a nossa presença como Igreja e, sobretudo, com a mensagem do Evangelho, procurando articular a Pastoral da Educação”.

O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso, dom Francesco Biasin, destacou que a Comissão para o Ecumenismo acompanha os diálogos bilaterais entre as Igrejas e também entra em contato com representantes e líderes de outras religiões. “A Comissão mantém viva dentro da Ação Evangelizadora e Pastoral da Igreja a dimensão ecumênica, que é aquela com o diálogo, da tolerância e da valorização de todo o positivo que existe também nas outras tradições religiosas”, refletiu.

“A Comissão tem como primeira finalidade animar toda a Igreja do Brasil na Dimensão Missionária, na abertura para além-fronteiras, para olhar também para fora de nosso país. Tentamos realizar essas nossas missões também através de grandes momentos, como o 3º Congresso Missionário Nacional, no mês de julho, em Palmas (TO), que foi uma preparação de toda a Igreja no Brasil para o 4º Congresso Americano Missionário (Cam-4) e para o 9º Congresso Missionário Latino-Americano (Comla-9). Ao lado disso, temos continuado a formação dos conselhos missionários diocesanos, paroquiais, formação para seminaristas e padres com a ótica missionária, e muito outros cursos e formações”, disse o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Missionária e Cooperação Intereclesial, dom Sérgio Braschi.

Já o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé, dom Sérgio da Rocha, destaca o conhecimento da Palavra de Deus, da doutrina da Igreja, para o crescimento da fé. “Esta é uma Comissão que sempre teve o seu espaço na CNBB, e que agora, por ocasião do Ano da Fé, vai adquirir ainda mais relevância, porque, se todas as Comissões estão em vista de ajudar a Igreja a vivenciar a fé em Cristo, conhecimento, celebração e a vivência da fé, claro que, em especial, a Comissão para a Doutrina da Fé tem um papel importante no contexto do Ano da Fé, que está para ser iniciado no próximo mês de outubro”.

E finalizando a reflexão, o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato, dom Severino Clasen, ressalta a importância do laicato porque faz ver a importância do leigo na Evangelização. “Na graça do batismo, o leigo faz parte do povo de Deus e que deve ser também assumido como sujeito da Evangelização”. Falando sobre os projetos e realizações da Comissão, dom Severino destacou seminários com lideranças e também uma preocupação em formar os agentes do Conselho Nacional de Leigos, nas dioceses e nos Regionais, como também na participação das Novas Comunidades, das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), “para que haja uma vida de Igreja mais entusiasta, mais dinâmica, mais fértil e feliz”.

Fonte: CNBB

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