Diocese de Afogados da Ingazeira debate desmatamento e exploração de recursos naturais no Pajeú

Seminário, com o título "A Caatinga, Guardiã da Água", ocorreu dentro da 13ª Semeia (Semana do Meio Ambiente).

Diocese de Salgueiro inicia preparativos para Assembleia Diocesana de Pastoral

Preparativos têm início com Assembleia na Área Pastoral São Marcos.

Na solenidade de Corpus Christi, dom Fernando Saburido convida fiéis a serem “Eucaristia” para o próximo

Celebração foi realizada na quinta-feira, 04, na Igreja do Santíssimo Salvador do Mundo – Sé de Olinda/PE.

Dom Antônio Muniz, arcebispo de Maceió, recebe alta médica

Dom Antônio foi internado para cirurgia cardíaca realizada dia 20 de maio.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Nota sobre alteração da data da Assembleia Regional do Setor Pastoral Social

O articulador regional do Setor Pastoral Social, Marcos Bezerra, divulgou nesta sexta-feira, 07 de agosto, uma nota informando sobre a nova data da Assembleia Regional do Setor Pastoral Social, a ser realizado agora nos dias de 16 a 18 de outubro, na cidade de Caicó-RN.

Confira abaixo a nota na íntegra:

Graça e Paz do Cristo Jesus!!!

Estimad@s o motivo deste comunicado tem finalidade socializar com tod@s a modificação da data da nossa Assembléia Regional do Setor Pastoral Social, anteriormente prevista para o período de 21 a 23 de agosto do corrente ano. Esta alteração da data se deu pela coincidência com a data da posse do Bispo Diocesano de Garanhuns, Dom Paulo Jackson, que será no dia 22/08. Neste momento em que toda a igreja deste regional se congratula com o seu mais novo pastor, nós, do Setor Pastoral Social em harmonia com os demais serviços decidimos postergar a nossa Assembléia Regional para o período de 16 a 18 de outubro do ano em curso. O local será o mesmo, a cidade de Caicó-RN, no Centro de Pastoral Dom Vágner. Desde já convocamos a todas Pastorais e Serviços Diocesanos e Específicos a estarem conosco participando da nossa Assembléia Regional!!!

Fraternalmente,

Marcos Bezerra
Articulador Regional das Pastorais Sociais

quarta-feira, 29 de julho de 2015

50 anos do Concílio Vaticano II iluminam festa de Sant'Ana em Caicó

Em 2015, os festejos de Sant’Ana, padroeira da diocese de Caicó (RN), realizados de 22 de julho a 2 de agosto, são ainda mais especiais, pois a diocese comemora o aniversário de 75 anos de sua criação. Atualmente, a Festa de Sant´Ana de Caicó (RN) é Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, reconhecimento concedido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
 Inspirado pelos 50 anos do encerramento do Concílio Vaticano II, que serão celebrados pela Igreja em 8 de dezembro, o tema desta edição da Festa de Sant'Ana é: “50 anos do Concílio Ecumênico Vaticano II: um novo Pentecostes para a Igreja”. Os documentos conciliares serão refletidos durante a novena de Sant’Ana.
Nesta quarta-feira, 22, ocorreu a tradicional chegada dos peregrinos de Sant’Ana, que percorrem cerca de 80 km da cidade de Currais Novos a Caicó, a fim de participarem dos festejos. Eles foram recebidos pelo prefeito municipal e representantes da paróquia de Sant’Ana.
Após a chegada dos peregrinos, todos se reuniram no centro da cidade, onde foram concentradas todas as imagens peregrinas que visitaram a zona urbana e rural do município. Em seguida, uma missa em frente à Catedral de Sant’Ana foi celebrada em ação de graças pelas famílias envolvidas na preparação do evento.
Nesta quinta, 23, os festejos serão abertos oficialmente com a solene passeata, seguida do hasteamento da bandeira. Ao longo da programação, estão previstas palestras dos bispos que já passaram pela diocese e outros vinculados à comunidade
No dia 28, os 75 anos de instalação da diocese de Caicó serão comemorados dentro da festa da santa.
Com informações da diocese de Caicó

Artigo: O Pão Partilhado

Jesus se apresenta como o Pão da Vida, que multiplica os pães, saciando a fome da multidão (cf. Jo 6,1-15). O pão recorda que não possuímos a vida de modo absoluto. Devemos sempre renová-la e lutar por ela. Precisamos, sim, do pão de cada dia. E, não podemos, sozinhos, prover-nos de pão: é Deus quem faz a chuva cair, quem torna o solo fecundo, quem dá vigor à semente. Assim, a vida humana está continuamente na dependência do Senhor. Portanto, todos necessitamos do pão nosso de cada dia – e este é dom de Deus. 

Ao multiplicar os pães, Jesus apresenta-se como aquele que dá vida, que nos sacia com o sentido da existência. Pois, não há vida de verdade para quem vive sem saber o sentido do viver. Ele, num lugar deserto, manda o povo sentar-se sobre a relva, toma uns pães e uns peixes, dá graças, parte, e os distribui multiplicando-os. Todos comeram e ficaram saciados. Só que o povo, após o milagre, foi à procura do Senhor e ele repreendeu duramente a multidão: "Vós me procurais não porque vistes os sinais, mas porque comestes pão e ficastes saciados!" Que sinal o povo deveria ter visto? Recordemos o trecho: "Este é verdadeiramente o profeta que devia vir ao mundo" (Jo 6,14). Veja: o povo até que começou a discernir o sentido do milagre de Jesus; mas, logo depois, fascinado simplesmente pelo pão material, pelas necessidades de cada dia, esquece o sinal. Que sinal? Que Jesus é o Novo Moisés, aquele profeta que o próprio Moisés havia anunciado em Dt 11,18: "O Senhor Deus suscitará no vosso meio um profeta como eu". Como Moisés, Jesus reúne o povo num lugar deserto, como Moisés, sacia o povo com o pão. Mas, Jesus é mais que Moisés: ele é o Deus-Pastor que faz o rebanho repousar em verdes pastagens e lhe prepara uma mesa. Era isso que o povo deveria ter compreendido; foi isso que não compreendeu. 

Hoje, compreendemos os sinais de Cristo em nossa vida? Os gestos de Jesus na multiplicação dos pães é também prenúncio da Eucaristia. Os quatro gestos por ele realizados – tomou o pão, deu graças, partiu e deu – são os gestos da Última Ceia e de todas as ceias que celebram o sacrifício eucarístico do Senhor. Na Missa, tornam-se presentes os gestos do Senhor, dado em sacrifício e recebido em comunhão. 

Deus conta, hoje, com o pouco que podemos oferecer para multiplicar o pão, assim como Jesus contou com a colaboração das pessoas para realizar tantos outros milagres, “sinais” da chegada do Reino.  Não se oferece apenas o que sobra ou que tem pouco valor, mas o que se tem e que se considera importante. Os bens partilhados são dons de Deus. 

Infelizmente, há muita indiferença perante o drama da miséria e da fome no mundo. É preciso partilhar generosamente e acabar com a corrupção. Coloquemos nossa fé em Jesus Cristo, o verdadeiro Pão, que vem saciar a nossa fome de vida e que, através de nós, apesar da nossa fragilidade e pequenez, quer saciar a fome sofrida por tanta gente: fome do pão cotidiano nas casas, fome do pão da Palavra e da Eucaristia. 

Portanto, não deve faltar a fé em Deus, que sacia a nossa fome, assim como, a disposição em partilhar os nossos bens com os necessitados. A celebração eucarística, no qual partilhamos o Pão da Vida, seja fonte e sustento da partilha do pão cotidiano. É partilhando o pão da vida que podemos enfrentar com fraternidade as necessidades deste mundo.

Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena – Bispo de Guarabira(PB)

Diocese de Afogados da Ingazeira festeja Dia de Padroeira


Na noite do dia 22 de julho, foi realizada na Catedral do Senhor Bom Jesus dos Remédios, a missa de encerramento da festa de Santa Maria Madalena padroeira da Diocese de Afogados da Ingazeira. A Concelebração Eucarística foi presidida pelo bispo dom Egídio Bisol e que contou com a participação de vários padres da diocese.

Em sua homilia, dom Egídio afirmou que a festa da padroeira, deve ser ocasião propícia para cada um, para que a nossa Igreja se questione novamente como buscamos o encontro com o ressuscitado e falou sobre o encontro entre Maria Madalena e Jesus. “Foi encontrando Maria Madalena que o Ressuscitado começou a fazer novas todas as coisas. Como se deu a ressurreição, ninguém sabe, ninguém pode descrever. Mas a ressurreição é um evento real, porque o Ressuscitado realmente se encontrou com seus discípulos começando por Maria Madalena, como narra o Evangelho”, disse. Ainda, segundo dom Egídio, a experiência de Maria Madalena é fundamental para cada um de nós.


Durante a Concelebração, aconteceu a apresentação de forma oficial das Monjas Carmelitas, madre Aurilúcia, e as Irmãs Maria Clara e Joana, que agora atuarão na diocese. Esteve presente para participar desse momento histórico para a diocese o Frei Sales, Secretário Geral da Ordem Carmelita.

terça-feira, 28 de julho de 2015

Escola Diocesana de Fé e Política Maninha Xucurú certifica turmas


No dia 19 de julho, em Palmeira dos Índios, a Escola de Fé e Política Maninha Xucurú, certificou os concluintes das turmas 2011 à 2014. Durante a solenidade, Neide, Presidente da Cáritas Diocesana de Penedo, destacou o sentido de pertença a Escola Maninha Xucurú, mesmo não sendo esta na sua diocese de origem, mas que cumpre um papel fundamental na formação de lideranças cristãs. 

Para Matias, membro do Conselho Regional da Cáritas Brasileira Regional NE 2, a Escola Maninha Xucurú “se fortaleceu em profundidade e em latitude, como um laboratório da cidadania, o mesmo, salienta a terminologia de Fé Política”, como uma ação militante, de complementariedade e não dissociada, como muitos pregam.

Rita de Assis, membro da coordenação local, destacou o pioneirismo desta iniciativa, que é a única no país a ter como patrona uma mulher, índia e nordestina, já que, a grande maioria das escolas homenageiam religiosos e homens. 

A cerimônia contou com representantes das turmas passadas e da turma 2015, além do Setor Pastoral Social da CNBB NE 2, que parabenizou a iniciativa em certificar os alunos e alunas, afirmando a importância em favorecer o dialogo entre fé e política, educação formal e educação popular para a formação cidadã.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

CNBB e Cáritas prosseguem com Campanha SOS Nepal

Após mais de dois meses dos terremotos que atingiram o Nepal, a Campanha de Solidariedade, lançada no Brasil em 30 de abril, já arrecadou mais de um milhão de reais, respondendo aos apelos de solidariedade da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e da Cáritas Brasileira.
A iniciativa visa ajudar cerca de 8 milhões de pessoas atingidas pelo desastre. “Até o mês de junho, a Caritas Internacional distribuiu mais de 5 mil itens alimentares, quase 34 mil kits abrigo e cerca de 15 mil kits de higiene, abrangendo um total de 269.610 pessoas”, informou o assessor de gestão de riscos e emergências da Cáritas Brasileira, João Paulo Couto.
No entanto, informações da Caritas Internacional apontam que ainda existem 2,8 milhões de pessoas necessitando de assistência na região. Perdas na agricultura e indústria afetam em torno de um milhão de pequenos familiares, enquanto a saúde pública sofreu graves perdas, com a destruição de mais de 450 instalações públicas e 16 centros privados, tendo ainda 765 estruturas parcialmente danificadas.
A diretora executiva nacional da Cáritas, Cristina dos Anjos, reitera que o cenário ainda inspira apoio. “Dado esse cenário, a CNBB, a Cáritas Brasileira e a Caritas Internacional continuam com o Apelo Emergencial, na perspectiva da aquisição de lonas e kits de abrigo para mais 20 mil domicílios, além de cobertores, cordas, tapetes plásticos, folhas de plásticos, entre outros materiais e objetos necessários. Todos nós podemos contribuir”, pede a diretora.
Com informações da Cáritas Brasileira

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Artigo: A pastoral de Jesus

         
Tudo quanto temos para gritar ao mundo é Jesus, o Bom Pastor! Ele é a Palavra viva do Pai, o Salvador e a Salvação. É a ele que a Igreja dirige seu olhar e seu coração, para contemplá-lo, escutá-lo e nele beber das fontes da vida e da paz.

Em Israel, pastores do povo eram seus dirigentes: reis, sacerdotes, escribas, profetas. Infelizmente, de modo frequente, esses eram pastores maus e infiéis (cf. Jr 23,1-6), pois não faziam o que era de se esperar de quem apascenta: não amavam o rebanho, dele não cuidavam, com ele não se preocupavam. Faziam como a maioria dos políticos brasileiros de agora, sem terem outra preocupação que o próprio bem-estar, poder e prestígio. Assim dizia Santo Agostinho:“procuram somente o leite e a lã das ovelhas, sem com elas se preocuparem”.

Os pastores do povo de Deus, que é a Igreja, os ministros de Cristo,  também o Senhor repreende e a eles exorta a que se convertam e sejam pastores de verdade. Mas, quem é pastor de verdade na Igreja? Quem se deixa plasmar pelo verdadeiro Pastor, pelo único Pastor, aquele que é a própria justiça, a própria santidade de Deus: "Este é o nome com que o chamarão: 'Senhor, nossa Justiça'", Jesus Cristo (cf. Jr 23,6). 

Jesus: "Ao desembarcar, viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor. Começou, pois, a ensinar-lhes muitas coisas" (cf. Mc 6,34).Que cena sublime! Jesus cansado, pensando em algo tão legítimo: um dia de descanso em companhia dos Doze. E quando chega ao local escolhido para o merecido repouso, lá estava a multidão cansada, sedenta de luz, de vida, de verdes pastagens, desorientada, como ovelhas sem pastor. E Jesus, Bom Pastor, esquece de si mesmo, deixa de lado seu cansaço e, cheio de compaixão, vai cuidar das ovelhas. Por isso mesmo, ele é o Pastor por excelência. Ele ama o rebanho, preocupa-se com ele, dele se compadece e por ele vai derramando, diariamente, a própria vida. Nunca se viu Jesus poupar-se, nunca se testemunhou Jesus fazendo um milagre em benefício próprio, nunca se apanhou o Senhor buscando algum favor para si. Toda a sua vida foi para o rebanho, por amor ao Pai, vida doada, entregue de modo total até a morte e morte de cruz. Tem razão São Paulo: "Agora, em Jesus Cristo, vós que outrora estáveis longe, vos tornastes próximos, pelo sangue de Cristo. Ele, de fato, é a nossa paz!"(Ef 2,13s). O Bom Pastor, entregando a vida pela humanidade, nos atraiu, abrindo um novo caminho, suscitando uma nova esperança, reunindo-os todos no seu aconchego, no seu coração de Pastor, dando-nos a paz e fazendo de nós a sua Igreja. No mundo de hoje, marcado por tantas divisões e violências, necessitamos anunciar que Cristo “é a nossa paz” (Ef 2,14), promovendo a reconciliação e a unidade. “Somos da paz” é o lema deste Ano da Paz, vivido pela Igreja Católica no Brasil, nos motivando a promover a paz hoje.

O exemplo de Cristo é motivo de questionamento e chamado à conversão. Sejamos como ele, sejamos presença dele no mundo, tendo seus sentimentos, suas atitudes, participando de sua entrega total. Confiemos totalmente no Senhor, ainda mesmo que passe pelo vale tenebroso, porque sabe que o pastor é fiel (cf. Sl 22). Sigamo-lo, nele coloquemos a nossa existência. A pastoral de Jesus é cuidar das multidões e dos futuros pastores (cf. Mc 6,30-34). Ninguém é na Igreja somente pastor, mas também ovelha, e ninguém é somente ovelha, mas também pastor, isto é, responsável pelos irmãos. Sejamos, hoje, solidários e acolhedores.


Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena – Bispo de Guarabira(PB)

No Vaticano, encontro com prefeitos aborda mudanças climáticas e escravidão moderna

O papa Francisco participou nesta terça-feira, 21, no Vaticano, do encontro sobre “Escravidão Moderna e Mudanças Climáticas”. O evento reuniu cerca de 40 prefeitos de cidades do mundo todo, para tratar da temática que está em sintonia com a encíclicaLaudato si’, sobre o cuidado do meio ambiente.
Sete prefeitos brasileiros estiveram presentes no evento, promovido pela Pontifícia Academia das Ciências, com a finalidade de partilhar as melhores práticas em busca de diminuir os problemas de mudanças climáticas e a escravidão moderna. Também participaram do encontro governadores locais e representantes das Nações Unidas (ONU). 
Na ocasião, o papa Francisco falou que as Nações Unidas precisam assumir uma "forte posição" com relação a esses problemas, sobretudo o tráfico de pessoas.  
A respeito da Laudato Si, disse que não se trata de uma encíclica verde, mas de uma encíclica social, "porque dentro da vida social do homem não se pode separar o cuidado com o ambiente". Para o papa, o problema ambiental é uma atitude social. 
Na abertura do encontro, o chanceler da Pontifícia Academia das Ciências, dom Marcelo Sánches Sorondo, recordou que mais de 30 milhões de pessoas são vítimas da escravidão moderna, feitas de mercadoria de troca em um volume de negócio que movimenta cerca de 150 bilhões de dólares ao ano.
O bispo apontou também que pobres e excluídos incidem minimamente nas alterações do clima, embora sejam os mais expostos às mudanças climáticas provocadas por ações do homem.
Em seguida, dom Sorondo reiterou a posição clara de Francisco contra a escravidão moderna e convidou os presentes a rejeitarem qualquer forma de privação da liberdade pessoal ou de partes do corpo para fins de exploração.

3ª edição do Bote Fé Recife abriu contagem para JMJ 2016

Em Recife (PE), milhares de jovens que participaram da terceira edição do Bote Fé abriram no  sábado, 18, a contagem regressiva de um ano para a Jornada Mundial da Juventude, que será realizada em Cracóvia, na Polônia. O evento aconteceu no Colégio Salesiano).
Inicialmente, os participantes foram acolhidos na Basílica do Sagrado Coração de Jesus pelo presidente da Comissão para a Juventude da arquidiocese de Olinda e Recife (PE), padre Antônio Gomes.
O evento de evangelização da juventude da arquidiocese contou com atrações como a banda Rosa de Saron, Diego Fernandes e Dupla DDDV, que animaram os cerca de 5 mil jovens.
Esta terceira edição do Bote Fé  homenageou o escritor Ariano Suassuna. No próximo dia 23, completará um ano da morte do escritor paraibano, que adotou Pernambuco no coração. Um boneco gigante do autor de diversas obras consagradas da literatura nacional estava no local.
Para o coordenador geral do evento e presidente da Comissão da Juventude da arquidiocese, padre Antônio Gomes, o encontro de jovens atende aos pedidos do papa Francisco. “Recentemente, o papa convocou os jovens para que eles façam uma bagunça, que nos deem um coração livre, solidariedade, esperança, uma bagunça que nasça de ter conhecido Jesus. Isso é o Bote Fé”, afirma.
O público pode contar ainda com barracas de lanches, das quais a renda será revertida para a continuidade do Bote Fé. Assim como na JMJ, houve uma Feira Vocacional, com grupos e congregações apresentando os carismas.
Bote Fé
O evento “Bote Fé” foi idealizado pela Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para divulgar a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Rio 2013 e acolher a Cruz Peregrina e o Ícone de Nossa Senhora. A primeira edição em Recife foi realizada em janeiro de 2012 e atraiu milhares de jovens para o Santuário de Nossa Senhora de Fátima e Marco Zero. .
Com informações da Comissão para a Juventude da Arquidiocese de Olinda e Recife

CNBB abre inscrições para Encontro de Jornalistas

Estão abertas as inscrições para o VIII Encontro de Jornalistas das arquidioceses, dioceses, regionais, pastorais e organismos da Igreja no Brasil. Com o objetivo de fortalecer os laços entre os assessores de imprensa e comunicação que prestam serviço à Igreja no país, o evento será realizado de 11 a 13 de setembro, na sede da Cáritas Brasileira, em Brasília (DF).
Desde 2008, o encontro tem sido um espaço para a troca de experiências, formação e articulação da comunicação do setor.
Poderão participar os profissionais ou mesmo os não profissionais, mas que atuam na assessoria de imprensa e comunicação de dioceses, regionais, pastorais ou organismos. Para efetuar a inscrição, é necessária uma carta de recomendação do arcebispo, bispo, ou superior religioso, que deve ser encaminhada ao e-mail:imprensa@cnbb.org.br
As inscrições prosseguirão até o dia 10 de agosto, pelo site da CNBB, e as vagas são limitadas.
Mais informações: imprensa@cnbb.org.br ou pelo telefone (61) 2103-8313.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Diocese de Guarabira sedia Encontro Estadual da Infância e Adolescência Missionária


Nos dias 03 e 05 de julho de 2015, no Santuário Padre Ibiapina – Santa Fé – Solânea – PB, foi realizado o Encontro Estadual da Infância e Adolescência Missionária (IAM). Com a finalidade de aprofundar e fortalecer a caminhada da Obra da Infância e Adolescência Missionária, nas paróquias, dioceses e Estado. Este aprofundamento da caminhada acontece uma vez por ano sempre numa diocese diferente. Marcaram presença no encontro Dom Lucena, Bispo Diocesano, Pe. Gaspar Rafael e o Pe. José Arimateia. O Encontro foi assessorado pelo Pe. André Luiz de Negreiro (Secretário Nacional da IAM).
O tema "Exploração e o abuso sexual de crianças e adolescentes" também foi abordado, alertando os assessores que a IAM também tem o compromisso de se envolver nas questões sociais, principalmente naquelas que lutam pelos direitos e em defesa das crianças e adolescentes.

Participaram do encontro as Dioceses de Guarabira, Patos, Cajazeiras e Campina Grande. 

Artigo: A Missão Evangelizadora

Deus chama os profetas e apóstolos e os envia em missão. Ele também nos chama e nos envia. A iniciativa é do Senhor e não depende de critérios nossos. É dom gratuito do Senhor. O chamado e o envio dos apóstolos acontecem por iniciativa de Jesus Cristo.  Deus chama, envia e sustenta na missão. Necessita, simplesmente, da resposta de cada um na fé e na disponibilidade em caminhar e servir.

Amós (Am 7,12-15), pastor e agricultor foi chamado e enviado por Deus em missão como profeta. Este surpreende porque age livremente no Espírito do Senhor. O Senhor o tirou de trás do rebanho, tirou-o da sua vida, e o mandou ao povo de Israel. Os Apóstolos foram chamados e enviados por Jesus em missão (Mc 6,7-13): sem levar nada, confiando somente em Deus, correndo o risco de serem incompreendidos e rejeitados, eles deveriam ir, anunciando o Reino de Deus, que exige mudança de vida, conversão de pensamento, atitudes e modo de agir.

Deus continua falando, dirigindo seu chamado ao mundo e a cada pessoa. Se escutarmos com atitude de fé a Palavra do Senhor, se na oração nos abrirmos aos seus apelos, se estivermos atentos ao que ele nos fala no nosso coração, descobriremos que o Senhor também nos envia! Todo cristão, pelo Batismo e pela Crisma, participa da missão de Jesus, a missão de anunciar o Reino, que Ele nos veio mostrar! Não podemos nos calar nem sufocar a Palavra do Senhor, da qual o mundo tanto necessita.

Quantas oportunidades temos de falar, de anunciar e de testemunhar o amor e apresença de Jesus em nosso meio. Jamais podemos omiti-lo. Não podemos ser cristãos cansados, omissos, acomodados!Nós somos chamados e enviados pelo Senhor! Aqui e agora somos as testemunhas do Senhor nosso! Um dia, certamente seremos cobrados por isso; o Senhor nos pedirá contas!

Somos enviados por Jesus ao mundo para testemunhar o plano, o sonho de amor para toda a humanidade, que o Pai desde toda eternidade acalentou e realizou em Cristo Jesus, tornando-o presente para nós pelo ministério da Igreja! Estejamos certos de uma coisa: somos parte desse sonho, somos cooperadores desse sonho! Que nossa vida, nossas palavras, nosso compromisso, testemunhem e tornem presente esse sonho de Deus!

Olhemos a cruz, consequência do nosso pecado, e tomemos consciência do quanto somos queridos, preciosos, amados por Deus e chamados a amá-lo e participar da Sua vida! É este o chamado do Senhor! Não sejamos surdos! Um cristão e uma comunidade ‘surdos’ à voz do Espírito do Senhor, que impulsiona a levar o Evangelho a todos, torna-se um cristão e uma comunidade de ‘mudos’ que não falam e não evangelizam. Coloquemos sob a ação do Espírito Santo a nossa vida de cristãos e a missão, que todos recebemos em virtude do Batismo e da Crisma, significa encontrar a coragem profética e apostólica necessária para superar as acomodações mundanas. Sejamos sementes do Reino de Deus no mundo. É necessário contribuir para a construção do mundo novo, querido por Deus, no qual “a verdade e o amor se encontrarão, a justiça e a paz se abraçarão” (Sl 85,11).  Que o Senhor nos ajude a vivermos sempre como verdadeiros cristãos,chamados e enviados em missão para anunciar e testemunhar o Evangelho da alegria.

Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena – Bispo de Guarabira(PB)

Setor Pastoral Social divulga nota sobre Encontro Regional de Articuladores do 21º Grito dos Excluídos


O Setor Pastoral Social realizou, nos dias 03 a 05 de julho, em Caruaru-PE, o Encontro Regional dos Articuladores e Articuladoras do 21º Grito dos Excluídos e Excluídas. O coordenador do setor, Marcos Bezerra, divulgou uma nota a respeito do evento. 

Confira a nota na íntegra a seguir:

"Que País é este, que mata gente,
que a mídia mente e nos consome?"

Neste último fim de semana (03 a 05/07), vinte e oito agentes pastorais e militantes sociais do Regional NE 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), estiveram reunidos no Santuário das Comunidades, em Caruaru-PE, para participarem do Encontro Regional dos Articuladores e Articuladoras do 21º Grito dos Excluídos e Excluídas.

Este momento de discussão e preparação desta atividade serve para avaliar e subsidiar as comunidades nos aspectos organizacional e metodológico, proporcionando aos articuladores/as ferramentas para a construção dos diversos gritos anônimos, silenciosos que ecoam em nossas localidades.

O 21º Grito dos Excluídos/as nos chama a refletir sobre o nosso país e suas contradições, dando ênfase ao quarto poder, o poder da mídia. No Brasil, concentrado na mão de poucas famílias, que ditam os temas centrais e valores, incentivando massivamente o consumo acima de tudo através de sua programação, por muitas vezes escondendo a verdade dos fatos ou evidenciando apenas o lado que lhe convém. 


 Contamos com a grata participação de quatro representantes de Igreja Batista de Coqueiral, que animam a organização do Grito em Recife, partilhando a sua experiência nesta grande mobilização social, ratificando Tiago 2,17:Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma.        

Em visita a presídio, arcebispo de Olinda e Recife lamenta condições precárias



O arcebispo de Olinda e Recife e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - Regional Nordeste 2 (CNBB NE2), dom Fernando Saburido, realizou visita pastoral à Penitenciária Juiz Antônio Luiz Lins de Barros (PJALLB), no Complexo do Curado, Zona Oeste da Capital, na última quarta-feira, 8. O religioso participou da atividade realizada semanalmente pelos agentes da Pastoral Carcerária nas 11 unidades prisionais no território arquidiocesano.

Dom Fernando entrou em alguns pavilhões e enfermaria, rezou e ouviu relatos dos reeducandos. O coordenador de Pastorais da Arquidiocese, padre Josenildo Tavares, o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, o superintendente de Segurança  e o juiz titular da Vara de Execuções Penais Luiz Rocha acompanharam a ação.

O número de detentos superior à capacidade de acomodação do local, as condições precárias das instalações e a falta de atividades educacionais e profissionalizantes foram alguns dos problemas constatados e que afligem o arcebispo a cada visita.

“Sempre me choca a maneira desumana como são tratados os presos. Reconheço que cometeram graves atos ilícitos, mas toda criatura humana deve ser tratada com dignidade. A superlotação dos presídios é algo preocupante. É igualmente preocupante a ociosidade dos presos. A defensoria pública deveria ser reforçada para dar condições de dar contas da grande demanda de processos. 
Muita gente, com problemas mais simples, poderiam já ter os seus problemas resolvidos. Faz-se necessário investir na educação e profissionalização dos reeducandos, para que eles tenham, de fato, condições de ressocialização”, lamentou dom Saburido.

A inquietação do religioso se tornou ainda mais visível quando ele teve contato com os presos enfermos e constatou a assistência insatisfatória que recebem. “Fiquei muito emocionado com aqueles que estavam na super precária enfermaria. Havia carência de tudo e cada um que quisesse falar de suas angústias e necessidades”, contou.

Muitos buscavam uma palavra de esperança ou mesmo ter alguém que ouvisse e intercedesse por eles. “Perguntaram-me se gostaria de visitar as enfermarias onde se encontravam os presos soropositivos e Tuberculose. Afirmei que sim e estive lá para rezar com eles e dá-lhes uma palavra de conforto espiritual”, revelou o arcebispo.

A Pastoral Carcerária promove celebrações em datas litúrgicas importantes como a Páscoa e o Natal. Dom Fernando celebra a cada ano uma Missa Natalina com os presos. O último a ter a cerimônia com a presidência do religioso foi realizada em janeiro no Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), na cidade de Abreu e Lima, Região Metropolitana do Recife. A partir da visita à PJALLB, o arcebispo pretende ir aos presídios com mais frequência para dar assistência espiritual e reforçar as ações da pastoral. A ideia é que a cada dois meses, ele possa se integrar à missão com os agentes da Pastoral Carcerária.

Missão
A Pastoral Carcerária da Arquidiocese de Olinda e Recife assiste cerca de 19,5 mil presos entre homens e mulheres. Desse total, mais de 13 mil sequer foram julgados. Inspirados no Evangelho de Cristo, os agentes da pastoral trabalham para garantir a dignidade dos encarcerados, combatendo a violência praticada pelo Estado, e ajudando-os na reinserção social.

Como resultado, mais recente, desse trabalho feito em parceria com o Serviço Ecumênico de Militância nas Prisões (SEMPRI), da Justiça Global e da Clínica Internacional de Direitos Humanos da Universidade de Harvard, o Brasil terá que adotar, urgentemente, medidas provisórias para proteger a vida e integridade dos presos, visitantes e agentes penitenciários do Complexo Penitenciário de Curado. A determinação é da Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA).

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Papa chega ao Equador


Após um voo de quase 13 horas desde Roma até a capital do Equador, o Papa Francisco voltou a pisar na América Latina depois de quase 2 anos.  Ao chegar a Quito, em seu primeiro discurso, Francisco afirmou agradecer a Deus por poder voltar à América Latina e vir como “testemunha de misericórdia e fé... na linda terra do Equador”.

“Visitei o Equador em diferentes ocasiões por motivos pastorais; e também hoje venho como testemunha da misericórdia de Deus e da fé em Jesus Cristo”, disse Francisco.

Ao recordar santos e beatos da história equatoriana, o Pontífice fez uma exortação: “Hoje, também nós podemos encontrar no Evangelho as chaves que nos permitam enfrentar os desafios atuais, avaliando as diferenças, fomentando o diálogo e a participação sem exclusões, para que as realizações alcançadas no progresso e desenvolvimento possam garantir um futuro melhor para todos, prestando especial atenção aos nossos irmãos mais frágeis e às minorias mais vulneráveis que é a dívida que toda a América Latina tem”.

Metáfora da Igreja

Ao recordar que no Equador está o ponto da Terra mais próximo ao espaço exterior – o Chimborazo – o Papa Francisco fez uma metáfora sobre a Igreja. 

“O Chimborazo, é chamado por essa razão o lugar ‘mais próximo do sol’, da lua. A Igreja é a lua. E a lua não tem luz própria. E se a lua se esconde do sol, se escurece. O sol é Jesus Cristo, e se a Igreja se aparta ou se esconde de Jesus Cristo, se escurece e não dá testemunho”, advertiu Francisco improvisando.  (RB)

Fonte: Rádio Vaticano

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Artigo: A justiça dos homens e a fé nas pessoas

Brasão_Dom_Saburido
(A respeito da PEC 171 que trata da redução da maioridade penal)
Dom Fernando Saburido,Arcebispo de Olinda e Recife
A Comissão especial da Câmara dos Deputados aprovou no último dia 17 de junho a medida para reduzir a idade penal de 18 para 16 anos nos casos de crimes hediondos. De nada adiantou a recente nota pública da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) afirmando que reduzir a maioridade penal é uma medida imoral, além de inócua. Também a OAB e outras entidades se pronunciaram na mesma linha da CNBB. Foi ainda inútil argumentar que tal decisão viola a Constituição Brasileira de 1988 e, segundo a UNICEF, organismo da ONU, desrespeita a Convenção Internacional das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança e do Adolescente, que o Brasil assinou em 1989.
Infelizmente, no nosso país, percebe-se que no lugar de argumentos sólidos, as pessoas se deixam envolver pelo clima emocional criado por alguns meios de comunicação de massa e por preconceitos de classe que acabam sempre penalizando a pobreza e condenando a maioria de nossos jovens à marginalidade.  Afinal, como afirmou a nota da CNBB: “Para a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Ideli Salvatti – antes de discutir a violência cometida pelos adolescentes, precisamos tomar providências efetivas em relação à violência cometida contra os jovens. Hoje, os casos em que os adolescentes cometem atos infracionais que provocam a morte de alguém representam o percentual de apenas 0,1%, enquanto os adolescentes se constituem como 36% das vítimas de homicídio”… “É, portanto, imoral querer induzir a sociedade a olhar para o adolescente como se fosse o principal responsável pela onda de violência no país”.
Todos sabem da situação do sistema prisional brasileiro. Prisões superlotadas, condições carcerárias desumanas, insegurança total de vida e da integridade dos prisioneiros. Conforme os agentes da Comissão Nacional da Pastoral Carcerária, os presídios e cadeias servem como instrumentos de punição e vingança da sociedade e não, como deveriam ser, centros de reeducação das pessoas e reintegração social. Por isso, acabam se tornando mais escolas do crime do que meios de reabilitação. Uma pesquisa feita em São Paulo revela que 60% das pessoas que estiveram em presídios brasileiros acabam voltando. Desses, quase todos são pobres e de periferia e a maioria negros.
Muitos têm escrito sobre as falhas jurídicas e sociológicas que um tipo de iniciativa como a redução da maioridade penal acarreta. Como ministro da Igreja, prefiro apontar a aberração que é o fato de que muitos parlamentares que levantam esse tipo de propostas se dizem cristãos.  É um insulto ao Evangelho o fato de que, no Congresso atual, os que se dizem da “bancada da Bíblia” se unam aos da bancada da Bala (defensores da violência como solução dos problemas sociais) e do Boi (antipáticos à reforma agrária e indiferentes aos pequenos lavradores e índios). Todos esses, em geral, a serviço dos seus interesses ideológicos ou partidários, não ligam minimamente a fé com a ética. Ainda não entenderam que na Bíblia, o nome de Deus é “O Senhor, nossa justiça” (Jr 23, 6). Essa justiça divina não é como a dos homens – simplesmente punitiva e até vingativa. Ela é como defende a Pastoral Carcerária, uma justiça restaurativa. Torna o presidiário responsável por sanar de todos os modos possíveis os prejuízos causados por seu crime, mas de modo que o objetivo seja a redenção da pessoa e a libertação tanto dos culpados, como das vítimas. O anúncio do reino de Deus propõe ao pecador a conversão e inclui o perdão, baseado na justiça restaurativa, capaz de refazer laços sociais solidários. Evangélicos ou católicos, que apresentam de Deus a imagem de um carrasco cruel e vingativo não merecem o nome de cristãos. A mensagem fundamental de Jesus é o amor e a não violência. Sua proposta é a solidariedade como principio de vida, sobretudo com os mais pequeninos e frágeis da sociedade. Por isso, como declara a citada nota da CNBB: “A Igreja no Brasil continua acreditando na capacidade de regeneração do adolescente, quando favorecido em seus direitos básicos e pelas oportunidades de formação integral nos valores que dignificam o ser humano”.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Artigo: O Testemunho dos Apóstolos Pedro e Paulo

Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena – Bispo de Guarabira(PB)

Celebramos a festa dos Apóstolos Pedro e Paulo (28.06.2015) que muito tem marcado a Igreja, especialmente pelo testemunho de fidelidade a Cristo. Mortos na perseguição de Nero pelo ano 64. Através destes dois apóstolos a Igreja celebra sua apostolicidade: Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica. 

A Igreja não pode ser fundada por ninguém, a não ser pelo próprio Senhor, que a estabeleceu sobre o testemunho daqueles Doze primeiros que ele mesmo escolheu. Seu alicerce, sua origem, seu fundamento são o ministério e a pregação apostólicas que, na força do Espírito Santo, deverão perdurar até o fim dos tempos, graças à sucessão apostólica dos Bispos católicos, transmitida na Consagração episcopal. Dizer que nossa fé é apostólica significa crer firmemente que a fé não pode ser inventada nem tampouco deixada às modas de cada época. Não somos nós, mas o Cristo no Espírito Santo, quem pastoreia e santifica a Igreja.

Apóstolo não é somente aquele que anuncia Jesus, mas, sobretudo, aquele que, escolhido pelo Senhor, com ele conviveu, nele viveu e, por ele, entregou sua vida. Os apóstolos testemunharam Jesus não somente com a palavra, mas também com o modo de viver e com a própria morte. Por isso mesmo, seu martírio é uma festa para a Igreja, pois é o selo de tudo quanto anunciaram. O próprio São Paulo reconhecia: “Não pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor. Trazemos, porém, este tesouro em vasos de argila, para que esse incomparável poder seja de Deus e não nosso” (2Cor 4,5.7).

Jesus fundamenta sua Igreja sobre a fé de Pedro. Mesmo a ação missionária de Paulo submete-se à autoridade de Pedro. Em Pedro e Paulo reflete-se a Igreja de Cristo. Uma Igreja que imita a Cristo (At 12,1-11). Uma Igreja que dá testemunho de Cristo.

Iluminados pela Palavra de Deus, somos motivados a imitar os exemplos que Pedro e Paulo nos deixaram.  Eles não foram cristãos apenas por palavras, mas pelo testemunho corajoso até à morte.
Quando Pedro se encontrava na prisão, por anunciar o Evangelho,  não lhe faltaram a oração da Igreja e o auxílio do Senhor naquela situação tão difícil (cf. At 12,5). A solidariedade por meio da oração é uma atitude a ser sempre cultivada em nossas comunidades. Não pode faltar apoio fraterno aos que sofrem perseguições por causa da fé em Cristo e da participação na Igreja. Paulo, também perseguido e preso por causa da pregação do Evangelho, ressalta a sua serenidade e confiança em Deus: “o Senhor esteve a meu lado e me deu forças” (2Tm 4,17).  

O testemunho dos Apóstolos continua a ecoar na Igreja, nos estimulando a repetir, com os lábios, o coração e a vida, a profissão de fé de Pedro diante de Jesus: “Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo” (Mt 16,16). É feliz quem professa esta mesma fé, pela graça de Deus, especialmente nos momentos mais difíceis da vida. Fazemos isso, em profunda comunhão com o sucessor do Apóstolo Pedro, comemorando nesta festa o Dia do Papa. A palavra de Jesus dirigida a Pedro fundamenta a missão exercida na Igreja, por ele e seus sucessores: “Tu és Pedro e sobre esta pedra construirei a minha Igreja e o poder do inferno nunca poderá vencê-la” (Mt 16,19).

Rezemos pelo Papa Francisco, seguindo o exemplo da Igreja nascente que estava unida ao apóstolo Pedro em oração. O Senhor, nosso Deus, que o escolheu para o Episcopado na Igreja de Roma, o conserve são e salvo à frente da sua Igreja confirmando os irmãos e irmãs.

Macrorregião Norte e Nordeste tem encontro para leigos nascidos de congregações religiosas

Os leigos e leigas nascidos dos carismas de congregações religiosas das macrorregiões Norte e Nordeste participarão, no próximo final de semana, dias 26,27 e 28 de junho, do Encontro de Representantes das Associações Laicais Nascidas a partir dos Carismas das Congregações Religiosas. O encontro tem o objetivo de organizar cada vez mais o setor, a partir da vivência de seus carismas específicos, a fim de fortalecer o trabalho. Esta edição é voltada aos membros dos cinco regionais do Nordeste e quatro regionais do Norte da CNBB.
 O evento será realizado em Caucaia (CE), iluminado pelo tema “A missão das associações laicais na vivência dos carismas das congregações religiosas frente aos desafios atuais”. A proposta do tema consta do Estudo 107 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que trata sobre os cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade.
Cientes do importante papel exercido na evangelização, desde 2008, a Comissão Episcopal para o Laicato da CNBB, a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) e o Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB) buscam conjuntamente articular as associações ou entidades equivalentes  desta categoria de leigos.

Diocese de Cajazeiras encerra comemorações de Centenário Jubilar com Celebração Eucarística


Encerrando as comemorações do Centenário Jubilar da Diocese de Cajazeiras, na Paraíba, será realizada neste sábado, 27, uma concelebração eucarística presidida pelo presidente da CNBB Nordeste 2 e arcebispo de Olinda e Recife, Dom Antônio Fernando Saburido. O evento, que contará com a presença dos 20 (arce)bispos  do nordeste 2 e bispos de outros regionais, acontecerá ao ar livre, à partir das 17h, na Av. Juvêncio Carneiro na cidade de Cajazeiras, sede da Diocese.

Durante o ano do centenário foram realizados vários eventos comemorativos, entre eles, o Congresso Mariano no Zonal de São João do Rio do Peixe; a Celebração dos Cinquenta Anos de Ordenação Sacerdotal de Dom José González; o III Congresso Eucarístico Diocesano no Zonal de Sousa; a Romaria Diocesana ao Cristo Rei no Zonal de Itaporanga; o Congresso Bíblico Diocesano no Zonal de Catolé do Rocha e o Congresso  Missionário no Zonal de Pombal. A imagem de Nossa Senhora da Piedade, padroeira da Diocese, peregrinou todas as paróquias e municípios da Diocese, incluindo também todas as comunidades rurais. Nesta sexta-feira, 26, será realizada a recepção da Imagem Peregrina e uma Vigília Mariana na Catedral da Piedade.


A celebração eucarística poderá ser acompanhada ao vivo pela Tv e Rádio Verdade e Vida, através dos links diocajazeiras.com.br/tv-verdade-e-vida e diocajazeiras.com.br/radio-verdade-e-vida/. A programação ao vivo terá início às 15h com programa informativo, flashs ao vivo, bastidores e cobertura em tempo real nas redes sociais. 

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Em evento inédito no Nordeste, imagem de Nossa Senhora de Nazaré é acolhida em Pernambuco

nazaréPela primeira vez no Nordeste, a imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré desembarcou na manhã desta sexta-feira, 19, no Aeroporto Internacional de Recife/Guararapes – Gilberto Freyre. Vinda de Belém, onde acontece o tradicional Círio de Nazaré, a santa seguiu para o interior, onde foi acolhida pelos fiéis da cidade de São Bento do Una, no Agreste do Estado. Uma programação especial mobilizou cerca de 15 mil devotos até domingo, 21.
Na sede da Comunidade Católica Chama de Amor, um grande louvor dará as boas-vindas à imagem de Nossa Senhora de Nazaré e a comitiva formada por dois guardiões e quatro sacerdotes que a acompanham. Às 20h, está programada a celebração da Santa Missa, seguida de vigília que se estenderá durante toda a madrugada.
No sábado, 20, a programação começa às 6h com o Tríduo de Nossa Senhora de Nazaré, recitação do Ofício e da Ladainha. Às 10h, será celebrada Missa. As homenagens seguem durante à tarde com louvor, a partir das 14h, seguida de Adoração ao Santíssimo Sacramento. À noite, Missa, às 19h, e vigília a partir das 23h.
O tríduo será concluído, no domingo, 21, quando as celebrações começam às 6h com um momento de oração acrescido da recitação do Ofício e da Ladainha. A missa de encerramento está marcada para às 10h. Nos três dias, haverá mutirão de confissão para os participantes.
Círio de Nazaré
cirioRealizado em Belém, no Pará, há mais de dois séculos, o Círio de Nazaré é uma das maiores e mais belas procissões católicas do Brasil e do mundo. Reúne, anualmente, cerca de dois milhões de romeiros numa caminhada de fé pelas ruas da capital do estado, num espetáculo grandioso em homenagem a Nossa Senhora de Nazaré, a mãe de Jesus.
No segundo domingo de outubro, a procissão sai da Catedral de Belém e segue até a Praça Santuário de Nazaré, onde a imagem da virgem fica exposta para veneração dos fiéis durante 15 dias. O percurso é de 3,6 quilômetros e já chegou a ser percorrido em 9 horas 15 minutos, como ocorreu no ano de 2004, no mais longo Círio de toda a história.
Na procissão, a Berlinda que carrega a imagem da Virgem de Nazaré é seguida por romeiros de Belém, do interior do Estado, de várias regiões do país e até do exterior. Em todo o percurso, os fiéis fazem manifestações de fé, enfeitam ruas e casas em homenagem à Santa. Por sua grandiosidade, o Círio de Belém foi registrado, em setembro de 2004, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial.
Além da procissão de domingo, o Círio agrega várias outras manifestações de devoção, como a trasladação, a romaria fluvial e diversas outras peregrinações e romarias que ocorrem na quadra Nazarena.
Devoção
imagemnazaréA devoção a Nossa Senhora de Nazaré teve início em Portugal. A imagem original da Virgem pertencia ao Mosteiro de Caulina, na Espanha, e teria saído da cidade de Nazaré, em Israel, no ano de 361, tendo sido esculpida por São José. Em decorrência de uma batalha, a imagem foi levada para Portugal, onde, por muito tempo, ficou escondida no Pico de São Bartolomeu. Só em 1119, a imagem foi encontrada. A notícia se espalhou e muita gente começou a venerar a Santa. Desde então, muitos milagres foram atribuídos a ela.
No Pará, foi o caboclo Plácido José de Souza quem encontrou, em 1700, às margens do igarapé Murutucú (onde hoje se encontra a Basílica Santuário), uma pequena imagem da Senhora de Nazaré. Após o achado, Plácido teria levado a imagem para a sua choupana e, no outro dia, ela não estaria mais lá. Correu ao local do encontro e lá estava a “Santinha”. O fato teria se repetido várias vezes até a imagem ser enviada ao Palácio do Governo. No local do achado, Plácido construiu uma pequena capela.
Em 1792, o Vaticano autorizou a realização de uma procissão em homenagem à Virgem de Nazaré, em Belém do Pará. Organizado pelo presidente da Província do Pará, capitão-mor Dom Francisco de Souza Coutinho, o primeiro Círio foi realizado no dia 8 de setembro de 1793. No início, não havia data fixa para o Círio, que poderia ocorrer nos meses de setembro, outubro ou novembro. Mas, a partir de 1901, por determinação do bispo Dom Francisco do Rêgo Maia, a procissão passou a ser realizada sempre no segundo domingo de outubro.

Arquidiocese de Maceió sedia encontro regional das Novas Comunidades


A Comissão Regional Nordeste II para as Novas Comunidades promove mais uma edição do encontro regional com representantes das Novas Comunidades. O evento ocorreu em Maceió-RN, entre os dias 19 e 21 de junho. 

O bispo de Caruaru-PE e referencial no Regional NE2 para as Novas Comunidades, Dom Bernardino Marchió, presidiu a Santa Missa de abertura, na Catedral de Maceió, na noite desta sexta, 19/06, concelebrada pelo pe. Marcio Roberto.

Dom Bernardino destacou a alegria de sua missão em acompanhar as Novas Comunidades no Regional Nordeste 2. “Há muitos anos estamos nos encontrando. Eu estou vendo muita coisa bonita. A Igreja me colocou para ajudar vocês, estou aqui em nome das 21 dioceses do nosso Regional e eu estou muito contente com vocês. Tudo melhora, avança e cresce, porém o que é mais importante é crescer no amor e na beleza das coisas de Deus. Ele fez variedades de flores, variedade de carismas. Tudo isso é muito bom para a Igreja essa variedade”.

No final da Eucaristia a missionária Girleide, consagrada da Comunidade Trindade Santa de Maceió e articuladora do Regional Nordeste 2 e da FRANCAL, saudou os presentes destacando um sentimento particular em seu coração durante a celebração. “Olhando para esses andaimes de reforma que estão aqui no altar principal, desta Catedral, eu refletia que podemos até pensar que somos belos, mas sempre precisamos de uma reforma. Coloquemo-nos diante do Senhor como alguém que precisa de uma arrumação em sua estrutura pessoal. Nesses dias Deus quer nos reformar, que seja assim o sentimento do nosso coração”.

Participaram da celebração os pregadores convidados do encontro: Alessandra Freitas Dantas de Sousa e Ronaldo José de Sousa, fundadora e co-fundador da Comunidade Católica Remidos no Senhor, de Campina Grande-PB.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Artigo: A casa comum

No último dia 18 de junho, quinta-feira, foi publicada uma nova encíclica do Papa Francisco com o título “Laudato si (=Louvado seja), sobre o cuidado da nossa casa comum”, palavras contidas no Cântico das Criaturas, de São Francisco de Assis. Nas 192 páginas, divididas em seis capítulos, são abordadas as questões do cuidado com a criação, a ecologia humana e a proteção do meio ambiente. É um forte convite à nossa responsabilidade com a natureza humana.

Pergunta: “Que tipo de mundo queremos deixar a quem vai suceder-nos, às crianças que estão a crescer?” "Esta pergunta não toca apenas o meio ambiente de maneira isolada, porque não se pode pôr a questão de forma fragmentária. E isso conduz a interrogar-se sobre o sentido da existência e sobre os valores que estão na base da vida social: Para que viemos a esta vida? Para que trabalhamos e lutamos? Que necessidade tem de nós esta terra? Se não pulsa nelas esta pergunta de fundo. Não creio que as nossas preocupações ecológicas possam surtir efeitos importantes".

O texto apresenta eixos temáticos sobre o que está a acontecer à nossa casa - as mudanças climáticas - «a falta de reações diante destes dramas dos nossos irmãos e irmãs é um sinal da perda do sentido de responsabilidade pelos nossos semelhantes”,«o acesso à água potável e segura é um direito humano essencial”, a preservação da biodiversidade e a dívida ecológica, existem «responsabilidades diversificadas». O Papa Francisco se mostra profundamente impressionado com a «fraqueza das reações» diante dos dramas de tantas pessoas e populações. Embora não faltem exemplos positivos, falta uma cultura adequada.

Em seguida, o Papa Francisco relê as narrações da Bíblia - «o Deus que liberta e salva é o mesmo que criou o universo”. A narração da criação é central para refletir sobre a relação entre o ser humano e as outras criaturas e sobre como o pecado rompe o equilíbrio de toda a criação no seu conjunto. 

O ser humano não reconhece mais sua correta posição em relação ao mundo e assume uma posição autoreferencial, centrada exclusivamente em si mesmo e no próprio poder. O coração da Encíclica é a ecologia integral como novo paradigma de justiça; uma ecologia «que integre o lugar específico que o ser humano ocupa neste mundo e as suas relações com a realidade que o circunda». Esta ecologia integral «é inseparável da noção de bem comum». Um melhoramento integral na qualidade da vida humana: espaços públicos, moradias, transportes e outros.

Para o Papa Francisco é imprescindível que a construção de caminhos concretos não seja enfrentada de modo ideológico, superficial ou reducionista. Por isso, é indispensável o diálogo. As raízes da crise cultural agem em profundidade e não é fácil reformular hábitos e comportamentos. A educação e a formação continuam sendo desafios centrais:«toda mudança tem necessidade de motivações e dum caminho educativo»; estão envolvidos todos os ambientes educacionais, por primeiro « a escola, a família, os meios de comunicação, a catequese». «Uma ecologia integral é feita também de simples gestos quotidianos, pelos quais quebramos a lógica da violência, da exploração, do egoísmo». 

São Francisco de Assis expressou bem no seu Cântico: “louvado sejas, meu Senhor, pelo irmão sol, pela mãe terra, pela irmã água... e por todo ser!” No site: www.news.va, temos o texto completo da Encíclica sobre o cuidado da casa comum. Convido a todos(as) a acolherem e lerem a encíclica do nosso Papa Francisco com profundo interesse, alegria e esperança no coração.

Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena– Bispo de Guarabira(PB)

Dom Fernando Saburido participa de pré-lançamento do 3º Bote Fé Olinda e Recife


Após retornar do 3º Retiro Mundial de Sacerdotes em Roma, onde teve uma audiência com o Papa Francisco, o arcebispo metropolitano, dom Fernando Saburido, fará o pré-lançamento do 3º Bote Fé Olinda e Recife. Além de partilhar com a juventude a experiência dos encontros com o papa Francisco, o religioso também entregará um troféu para os Amigos da Juventude – o projeto homenageará pessoas e empresas que colaboram com os jovens da Arquidiocese. O evento ocorrerá nesta sexta-feira, 19, às 8h, na Casa da Juventude Padre Antônio Henrique, localizada na Cúria Metropolitana, bairro das Graças, Zona Norte do Recife.

O Bote Fé Olinda e Recife unirá cultura e fé com o objetivo evangelizar a juventude. A terceira edição será realizada no dia 18 de julho, no Colégio Salesiano, na Boa Vista, área central da capital. Este ano, o encontro fará homenagem especial ao escritor Ariano Suassuna. 


Histórico
O evento “Bote Fé” foi idealizado pela Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para divulgar a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Rio 2013 e acolher a Cruz Peregrina e o Ícone de Nossa Senhora. A primeira edição no Recife foi realizada em janeiro de 2012 e atraiu milhares de jovens para o Santuário de Nossa Senhora de Fátima e Marco Zero. Em 2013, o evento foi realizado no Chevrolet Hall.

CNBB divulga nota sobre a inclusão da ideologia de gênero nos Planos de Educação

No contexto dos debates e votações acerca dos Planos Municipais de Educação, o Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), reunido em Brasília (DF), entre 16 e 18 de junho, aprovou e divulgou nota a respeito da inclusão da ideologia de gênero nos textos em discussão. Para os bispos, a proposta de universalização do ensino e o esforço do Estado em estabelecer a inclusão social como eixo orientador da educação merecem "apoio e consideração". Por outro lado, "a introdução dessa ideologia na prática pedagógica das escolas trará consequências desastrosas para a vida das crianças e das famílias", diz a nota. Leia a nota na íntegra: 

  Nota da CNBB sobre a inclusão da ideologia de gênero nos Planos de Educação
“Homem e mulher ele os criou” (Gn 1,27)
O Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, reunido em Brasília, nos dias 16 a 18 de junho, manifesta seu reconhecimento pelo importante trabalho de elaboração dos Planos Estaduais e Municipais de Educação em desenvolvimento em todos os estados e municípios brasileiros para o próximo decênio. A proposta de universalização do ensino e o esforço de estabelecer a inclusão social como eixo orientador da educação merecem nosso apoio e consideração ao apontar para a construção de uma sociedade onde todas as pessoas sejam respeitadas.
A tentativa de inclusão da ideologia de gênero nos Planos Estaduais e Municipais de Educação contraria o Plano Nacional de Educação, aprovado no ano passado pelo Congresso Nacional, que rejeitou tal expressão. Pretender que a identidade sexual seja uma construção eminentemente cultural, com a consequente escolha pessoal, como propõe a ideologia de gênero, não é caminho para combater a discriminação das pessoas por causa de sua orientação sexual.
O pressuposto antropológico de uma visão integral do ser humano, fundamentada nos valores humanos e éticos, identidade histórica do povo brasileiro, é que deve nortear os Planos de Educação. A ideologia de gênero vai no caminho oposto e desconstrói o conceito de família, que tem seu fundamento na união estável entre homem e mulher.
 A introdução dessa ideologia na prática pedagógica das escolas trará consequências desastrosas para a vida das crianças e das famílias. O mais grave é que se quer introduzir esta proposta de forma silenciosa nos Planos Municipais de Educação, sem que os maiores interessados, que são os pais e educadores, tenham sido chamados para discuti-la. A ausência da sociedade civil na discussão sobre o modelo de educação a ser adotado fere o direito das famílias de definir as bases e as diretrizes da educação que desejam para seus filhos.
A CNBB reafirma o compromisso da Igreja em se somar aos que combatem todo tipo de discriminação a fim de que tenhamos uma sociedade sempre mais fraterna e solidária. Confia que a sociedade e o Estado cumpram seu direito e dever de oferecer a toda pessoa os meios necessários para uma educação livre e autêntica (cf. CNBB - Doc. 47, n. 73). Reafirma também o papel insubstituível dos pais na educação de seus filhos e primeiros responsáveis por introduzi-los na vida em sociedade.
Agradecemos a tantos que têm se empenhado na defesa de uma educação de qualidade no Brasil, opondo-se até mesmo a excessos do Estado que, muitas vezes, se sobrepõe ao papel dos pais e da família. A estes exortamos a que, juntamente com educadores e associações de famílias, assumam sua tarefa de protagonistas na educação dos filhos.
 Que Deus inspire os legisladores na responsabilidade que têm nesse momento e anime os educadores na nobre e sublime tarefa de colaborar com os pais em sua missão de educar.
Brasília, 18 de junho de 2015.

Dom Sergio da Rocha
Arcebispo de Brasília-DF
Presidente da CNBB

Dom Murilo S. R. Krieger
Arcebispo de São Salvador da Bahia- BA
 Vice-presidente da CNBB

 Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília-DF
Secretário Geral da CNBB

Para presidente da CNBB, Encíclica apresenta tema de “grande atualidade”

A presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) concedeu entrevista coletiva à imprensa na tarde desta quinta-feira, 18, em sua sede em Brasília, por ocasião do encerramento da primeira reunião do Conselho Permanente da entidade, que teve início na terça-feira, 16 e foi concluída na manhã de hoje. Aos jornalistas, foi apresentada a Encíclica do papa Francisco, "Laudato si - sobre o cuidado da casa comum”, divulgada pelo Vaticano nesta manhã. Para o arcebispo de Brasília (DF) e presidente da CNBB, dom Sergio da Rocha, o tema do documento “é de grande atualidade” e “os problemas são muito urgentes”.
 O texto trata da ecologia humana e o clima está no centro das preocupações apresentadas pelo pontífice. Na publicação, são apontadas as problemáticas e desafios de preservação e prevenção, como também aspectos da proteção à criação e questões como a fome no mundo, pobreza, globalização e escassez. Este é o primeiro documento escrito integralmente pelo pontífice, que buscou inspiração nas meditações de São Francisco de Assis, patrono dos animais e do meio ambiente. O título, inclusive, inspirado na invocação “Louvado sejas, meu Senhor”, que no Cântico das Criaturas recorda que a terra pode ser comparada com uma irmã e uma mãe.
Dom Sergio destacou a gratidão, o louvor, a esperança e a responsabilidade como as atitudes diante da apresentação do texto. Para o arcebispo, “louvor e gratidão” são o espírito da Encíclica, que “se completa com a esperança”.
“Nós temos a esperança de uma acolhida atenta da reflexão que é proposta, mas também das iniciativas, das propostas que aqui vamos encontrar. E é claro que essa atitude de gratidão e esperança também se manifesta como atitude de responsabilidade diante daquilo que o papa apresenta. Porque aqui são diversos níveis de atividades, propostas e consequentemente de responsabilidades”, afirmou dom Sergio.
Ainda teve evidência na fala do presidente da CNBB o quarto capítulo do texto, considerado significativo. “Ecologia Integral” é a proposta de Francisco em um dos seis capítulos da Encíclica. “Eu diria que aí se resume grande parte da maneira, da perspectiva como o papa aborda a temática. Aqui não se fala apenas da ecologia ambiental, mas uma ecologia mais humana, ou de uma visão mais integral da própria ecologia com os vários níveis, ambiental, econômico, social e cultural”, sintetizou.
Ainda sobre a abordagem da temática, dom Sergio analisa a visão de Francisco a respeito das “repercussões sociais” dos problemas ambientais, “sobretudo para os mais pobres, para as regiões mais pobres, mais sofridas”.

Conversão Ecológica
Ao longo do texto, o papa convida a ouvir os "gemidos da criação", exortando todos a uma “conversão ecológica”, a “mudar de rumo”, assumindo a responsabilidade de um compromisso para o “cuidado da casa comum”. Nesse trecho da Encíclica, o papa “pressupõe espiritualidade e mística, iluminada pela Palavra de Deus”, considera dom Sergio, que observa ainda que, embora haja apresentação da temática de forma especializada cientificamente, não faltou a “luz da fé”.
Para o arcebispo de Salvador (BA) e vice-presidente da CNBB, dom Murilo Krieger, o papa foi realista, proativo e corajoso em sua publicação, pois ela “não fica apenas em uma crítica, mas aponta caminhos na esperança de poder mudar a situação do mundo” e “propõe uma mudança de mentalidade”.
O bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, destacou os momentos de preparação do documento, quando o papa teve a “sensibilidade” de recolher as contribuições das conferências episcopais e até do patriarca ecumênico, a respeito do tema.
Dom Leonardo também comentou a proximidade da reflexão com os temas das próximas duas campanhas da Fraternidade, escolhidos antes da publicação da Encíclica. Em 2016, com a coordenação do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic), a CF propõe a temática “Casa comum, nossa responsabilidade”. No ano seguinte, “Vida e Biomas” serão os principais elementos de reflexão.
Conselho Permanente
Nesta semana aconteceu a primeira reunião do novo Conselho Permanente da CNBB após a 53ª Assembleia Geral, realizada no mês de abril. Constituem o Conselho Permanente a Presidência da CNBB, os presidentes das Comissões Episcopais Pastorais e os membros dos Conselhos Episcopais Regionais. Durante a reunião os bispos aprovaram uma mensagem sobre a redução da maioridade penal, uma nota sobre a inclusão da ideologia de gênero nos Planos Municipais de Educação, avaliaram a 53ª Assembleia Geral e elegeram os bispos membros das doze comissões episcopais pastorais.
 Encíclica do papa Francisco, "Laudato si - sobre o cuidado da casa comum” já está disponível nasEdições CNBB e para download em português
 fonte: cnbb