Diocese de Afogados da Ingazeira debate desmatamento e exploração de recursos naturais no Pajeú

Seminário, com o título "A Caatinga, Guardiã da Água", ocorreu dentro da 13ª Semeia (Semana do Meio Ambiente).

Diocese de Salgueiro inicia preparativos para Assembleia Diocesana de Pastoral

Preparativos têm início com Assembleia na Área Pastoral São Marcos.

Na solenidade de Corpus Christi, dom Fernando Saburido convida fiéis a serem “Eucaristia” para o próximo

Celebração foi realizada na quinta-feira, 04, na Igreja do Santíssimo Salvador do Mundo – Sé de Olinda/PE.

Dom Antônio Muniz, arcebispo de Maceió, recebe alta médica

Dom Antônio foi internado para cirurgia cardíaca realizada dia 20 de maio.

sábado, 30 de junho de 2012

Pedro e Paulo, Apóstolos

O dia 29 de junho é o dia da solenidade dos apóstolos São Pedro e São Paulo, colunas da Igreja, que no Brasil é transferida para o domingo seguinte, quando esse dia ocorrer durante a semana, para que todos possam participar da celebração eucarística. O domingo é “Dia do Senhor ressuscitado”, do qual os apóstolos foram testemunhas qualificadas da ressurreição de Jesus Cristo; domingo também é dia de ouvir a Palavra de Deus e de celebrar a Eucaristia, transmitidas a todos pelos apóstolos, e de professar a fé que nos reúne na mesma Igreja fundada sobre o testemunho apostólico. Nesta solenidade, somos convidados a louvar a Deus pela vida e a missão de São Pedro e São Paulo. Duas figuras tão diferentes, que, no entanto se uniram no testemunho de Cristo até a morte. Pedro, o homem volúvel e frágil, mas ao mesmo tempo decidido, recebe uma atenção especial de Cristo.  Homem corajoso, que confessa sua fé em Cristo, disposto a acompanhá-lo em sua paixão, caminha sobre as águas, quer defender o seu Mestre, mas ao mesmo tempo tão frágil a ponto de trair o seu Mestre, negando conhecê-lo, por três vezes. Mas é sobre esta fragilidade fundamentada na fé que Cristo edifica sua Igreja. Paulo, homem zeloso, que passou de perseguidor da Igreja a apóstolo totalmente dedicado à pregação do Evangelho. Temperamento forte e difícil, mas cresce no amor de Cristo, a ponto de poder dizer: “Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim”. A Solenidade de Pedro e Paulo nos dá ocasião para aprofundar o nosso amor à Igreja e a nossa missão aos povos. Em ambos vemos a nossa missão de discípulos missionários. Eles se doam totalmente à causa da Igreja. A esta mesma vocação somos todos chamados. Importa confiar no Senhor, buscando n’Ele a sua força. Então ainda hoje Deus há de intervir e guiar a Igreja. A nossa fé em Jesus Cristo passa pelos Apóstolos, passa pela Igreja. Cremos numa Igreja una, santa, católica e apostólica. Se Pedro é a coluna da unidade da Igreja e da comunhão na mesma fé, Paulo representa a dimensão missionária da Igreja, enviada para o meio dos povos para lhes comunicar sem cessar o Evangelho. “Ai de mim, se eu não evangelizar!”. Por ocasião desta Solenidade, celebramos o Dia do Papa. Unidos ao atual Sucessor de Pedro, o Papa Bento XVI, a exemplo dos primeiros cristãos que estavam unidos a Pedro, em oração, de modo especial, no momento em que ele mais sofria. “A Igreja rezava continuamente a Deus por ele” (At 12,5). Hoje, também, somos convidados a permanecer unidos ao Santo Padre, rezando por ele. Como sinal de comunhão e de partilha, oferecemos, nas missas da Solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo, o Óbolo de São Pedro, oferta a ser enviada ao Papa para atender às necessidades da Igreja no mundo inteiro. Em Roma, solenidade comemorada mesmo no dia 29 de junho, onde Pedro e Paulo deram a vida por Cristo e são patronos da cidade, o Papa entrega o pálio aos novos arcebisposdo mundo inteiro, isto é, um pano de lã branca confeccionado com a lã de cordeiros, adornado com seis cruzes e três cravos, símbolo da Paixão. O simbolismo da lã pura sobre os ombros recorda o Bom Pastor que leva as ovelhas consigo, e as cruzes bordadas em lã lembram as chagas de Cristo e sua Paixão salvadora. Revigoremos nossa vida cristã no testemunho no testemunho apostólico para realizarmos hoje a missão que Jesus confiou a eles e também a nós. Sigamos o exemplo destes dois Apóstolos que nos deram as primícias da fé.


Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena é Bispo da Diocese de Guarabira - PB e Secretário da Conferência Nacional de Bispos Regional Nordeste 2 (CNBB NE2).

Festa de São Pedro e São Paulo acompanha Igreja há 2 mil anos


Nesta sexta-feira, 29, o Papa Bento XVI fez a proclamação do Angelus, da janela de seu escritório, aos fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro, no Vaticano. A proclamação do Angelus é sempre feita aos domingos e em certos dias festivos para a Igreja.

Neste dia em que se celebra a solenidade de São Pedro e São Paulo, o Papa ressaltou que os apóstolos são chamados colunas da Igreja nascente e que a festa acompanha a história de mais de dois mil anos do povo cristão.

"Testemunhas distintas da fé, eles expandiram o Reino de Deus com seus diversos dons e, no exemplo do Mestre divino, selaram com sangue sua pregação evangélica. O martírio deles é sinal de unidade da Igreja", destacou Bento XVI.

A cidade de Roma escolheu os dois santos como seus padroeiros e a devoção é vista por toda cidade, especialmente na Basílica e na Praça São Pedro e na Basílica de São Paulo Fora dos Muros. 

"Mas os Santos Pedro e Paulo brilham não só no céu de Roma, mas no coração de todos os que creem e que, iluminados pelos seus ensinamentos e exemplos, em cada parte do mundo, andam sobre o caminho da fé, da esperança e da caridade”, disse o Papa.

Bento XVI salientou ainda que neste caminho iniciado pelos apóstolos Pedro e Paulo, a comunidade cristã, sustentada pela presença do Espírito do Deus vivo, sente-se encorajada a prosseguir forte e serena sobre a estrada da fidelidade a Cristo e do anúncio do Seu Evangelho aos homens de cada tempo. 

IBGE apresenta dados, CERIS mostra "Igreja viva"


De acordo com o Censo Demográfico 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os católicos permanecem sendo maioria, embora haja uma maior diversidade religiosa da população brasileira. Os dados mostram que 64,6% da população professa a fé católica, havendo 72,2% de presença neste credo no Nordeste, 70,1% no Sul e 60,6% no Norte do país. A proporção de católicos foi maior entre as pessoas com mais de 40 anos, chegando a 75,2% no grupo com 80 anos ou mais.

A análise mostra que outros 22,2% da população são compostos por evangélicos, 8% por pessoas que se declaram sem religião, 3% por outros credos e 2% por espíritas.

CERIS mostra “Igreja Viva”

O Censo Anual de 2010 realizado pelo Centro de Estatística e Investigações Sociais (CERIS) — entidade brasileira de pesquisa religiosa fundada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) — revelou uma “Igreja Viva”. É o que afirma a análise sociológica da evolução numérica da presença da Igreja no Brasil, feita pelo sociólogo Padre José Carlos Pereira, que também é colaborador do CERIS:

De acordo com o sociólogo, os dados apontam para o aumento do número de paróquias e para a criação de novas dioceses, mostrando uma Igreja em constante crescimento:

“Os teóricos da secularização dizem que a religião está fadada ao fracasso, mas o que vemos é o contrário, pois à medida que surge a necessidade da criação de mais paróquias e estas de serem setorizadas, ampliando, assim, o seu alcance, supõe-se que os resultados são de uma maior adesão religiosa, inclusive de pessoas afastadas”, especifica o texto.

O centro de estatísticas também apontou um crescimento considerável em relação às vocações sacerdotais e religiosas, confirmando no Brasil a tendência do aumento do número de sacerdotes diocesanos e religiosos no mundo — conforme divulgou o Setor Estatístico do Vaticano, na semana passada, ao afirmar que o número passou de 405 mil para 413 mil.

“O quadro geral mostra uma vitalidade da religião católica, por meio de um borbulhar de novas modalidades, ou novas formas de viver a fé católica, por meio das novas comunidades, novos movimentos eclesiais e da volta às origens dos ideais das primeiras comunidades cristãs, que tem refletido outro quadro estatístico, que é da evolução do número de presbíteros entre os anos de 1970 e 2010, conforme vemos na atual planilha do CERIS.Isso indica um retorno ao catolicismo dos afastados, mas também uma identificação maior daqueles que já praticavam o catolicismo, mas não se sentiam muito firmes, identificados com a doutrina católica. Sendo assim, por mais que se diga que houve aumento no número dos que se dizem sem religião, ou que cresceu o interesse e as adesões a novos grupos religiosos e a novas igrejas, a Igreja Católica se revela ainda mais estruturada e em franca expansão, com seus empreendimentos missionários como, por exemplo, os que foram propostos pela Missão Continental”, destaca a redação da análise.

Alguns números da pesquisa

Paróquias

Os dados revelam um crescimento vertiginoso no número de paróquias entre os anos de 1994 a 2010, em diversos Regionais da CNBB, com destaque para os regionais Leste 2 (de 1.263 para 1.722) e Sul 1 (de 1.651 para 2.431) , que correspondem ao Estado de Minas Gerais e Espírito Santo (Regional Leste 2) e ao Estado de São Paulo (Regional Sul 1), que são os dois maiores Regionais em número de paróquias e de contingente populacional.

Padres

Em 2000 eram 16.772 padres. Em 2010 chegou a 22.119 padres. A distribuição de padres por habitantes é outro fator levantado pela pesquisa. Em 2000 havia pouco mais de 169 milhões de habitantes e para cada sacerdote eram 10.123,97 habitantes. Dez anos depois havia aproximadamente 190 milhões de habitantes e cada padre teria o número de 8.624,97 habitantes.

A concentração do clero por regiões brasileiras, segundo a pesquisa do CERIS, mostrou que havia uma concentração maior na região sudeste em detrimento das outras regiões. Do total de padres no país a região sudeste concentrava quase metade dos sacerdotes, com 45%. O sul ficava com um quarto da população de padres, 25%, o nordeste 16%, o centro-oeste apenas 9%. Já o norte seria a região com menos padres, apenas 3%.

Fonte: CNBB

Papa irá a Loreto, a 4 de outubro, rezar pelo Sínodo e pelo Ano da Fé


No dia 4 do próximo mês de Outubro, o Santo Padre deslocar-se-á em peregrinação ao santuário de Nossa Senhora do Loreto, no centro de Itália, para invocar a intercessão da Virgem para a assembleia do Sínodo dos Bispos sobre a nova evangelização e o Ano da Fé, que terão início uma semana depois. 

Bento XVI realiza esta viagem precisamente a 50 anos de idêntica deslocação do Papa João XXIII, que desejava deste modo confiar a Nossa Senhora os trabalhos do Concílio Ecuménico Vaticano II que estavam para iniciar a 11 de outubro de 1962. Se o Papa Roncalli viajou de comboio, o atual pontífice deslocar-se-á de helicóptero.

A notícia dada nesta sexta-feira, em Loreto, pelo bispo local, foi confirmada pelo diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé. 

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Pescadores de Noronha preparam festa para São Pedro


Nesta sexta (29) é dia de festa em Fernando de Noronha. Os pescadores da ilha vão homenagear São Pedro, o padroeiro da categoria. As comemorações iniciam com a queima de fogos na alvorada, às 06h. Os fiéis também participam de uma missa, procissão, barqueata e ainda vão poder saborear uma peixada. As celebrações religiosas vão ser comandadas pelo padre José Leôncio (de João Pessoa – Paraíba) com a missa campal em frente à capelinha do Porto, que começa as 9h.

Depois da missa, a imagem do santo segue em procissão até o Porto para o início da barquetata. O cortejo marítimo segue pelas praias do chamado “mar de entro” (área da ilha voltada para o litoral brasileiro). A expectativa é que cerca de 20 embarcações participem da barqueta. No retorno ao Porto, é hora da peixada. O prato é preparado com cerca de 200 kg de peixe fresco e é servido acompanhado de pirão. A peixada é distribuída para os moradores e os turistas na festa. A iguaria sempre foi preparada por Maria do Carmo Dias Barbosa, de 80 anos e idade, conhecida como Dona Pituca, mas por problemas de saúde a moradora não vai comandar as panelas este ano. Uma colaboradora da Administração da ilha , que dá apoio as comemorações, vai preparar o almoço. Para encerrar as comemorações, tem show com o cantor Felipe França e o grupo de samba Depois da Missa .

Fonte: G1 - Pernambuco 

Grande solenidade na celebração romana de São Pedro e São Paulo, "colunas da Igreja".


Máxima solenidade na celebração de São Pedro e São Paulo, neste 29 de junho, de manhã, na basílica do Vaticano. Foi ainda antes da Missa propriamente dita que Bento XVI entregou o pálio, símbolo da honra e autoridade dos metropolitas, a 43 arcebispos nomeados nos últimos doze meses, incluindo um angolano, D. Benedito Roberto, de Malanje. Momento prévio, mas prolongado, pois o Papa deteve-se com cada um deles, num breve colóquio. A dimensão ecuménica desta celebração, desde sempre marcada pela presença de uma delegação do Patriarcado de Constantinopla, contou também, desta vez, com a participação do Coro da Abadia de Westminster, em Londres, que cantou lado a lado com a Capela Sistina. 

Na homilia, Bento XVI começou por sublinhar o especial significado que assume o facto de a Igreja de Roma desde sempre associar numa única festa a memória dos dois Apóstolos, Pedro e Paulo, verdadeiras “colunas da Igreja”, “inseparáveis”, até porque “representam, juntos, todo o Evangelho de Cristo”. “Pedro e Paulo, apesar de humanamente bastante diferentes, e não obstante os conflitos que não faltaram no seu mútuo relacionamento, realizaram um modo novo e autenticamente evangélico de ser irmãos, tornado possível precisamente pela graça do Evangelho que neles operava. Só o seguimento de Cristo conduz a uma nova fraternidade.” “Esta é, para cada um de nós, a primeira e fundamental mensagem da solenidade de hoje, cuja importância se reflete também na busca da plena comunhão, à qual anelam o Patriarca Ecuménico e o Bispo de Roma, bem como todos os cristãos” – sublinhou ainda o Papa. 

Comentando o Evangelho desta celebração – episódio conhecido como a “entrega das chaves” a São Pedro, depois da confissão de fé da parte deste, que proclama Jesus como o Filho do Deus vivo, o Papa observou o facto de, logo depois, o Senhor ter anunciado a sua paixão, suscitando a reação negativa do Apóstolo e a dura réplica de Jesus… “O discípulo que, que, por dom de Deus, se pode tornar numa rocha firme (observou Bento XVI), surge aqui como ele é na sua fraqueza humana: uma pedra no caminho, uma pedra onde se pode tropeçar (em grego, skandalon). Por aqui, se vê claramente a tensão que existe entre o dom que provém do Senhor e as capacidades humanas”. Nesta cena de Jesus com Simão Pedro – sublinhou o Papa - aparece de alguma forma antecipado o drama da história do próprio Papado…
“o drama da história do próprio papado, caracterizada precisamente pela presença conjunta destes dois elementos: graças à luz e força que provêm do Alto, o Papado constitui o fundamento da Igreja peregrina no tempo, mas, ao longo dos séculos assoma também a fraqueza dos homens, que só a abertura à acção de Deus pode transformar.”

Na parte final da homilia, Bento XVI deteve-se sobre o símbolo das chaves e a expressão correspondente “ligar e desligar”, cujo significado converge e se reforça reciprocamente: “é claro que a autoridade de «desligar e ligar» consiste no poder de perdoar os pecados. E esta graça, que despoja da sua energia as forças do caos e do mal, está no coração do ministério da Igreja. Esta não é uma comunidade de seres perfeitos, mas de pecadores que se devem reconhecer necessitados do amor de Deus, necessitados de ser purificados através da Cruz de Jesus Cristo”. “Os ditos de Jesus sobre a autoridade de Pedro e dos Apóstolos deixam transparecer precisamente que o poder de Deus é o amor: o amor que irradia a sua luz a partir do Calvário” – insistiu o Papa.

Ao meio-dia, como habitualmente nos domingos e dias santos, Bento XVI assomou à janela dos seus aposentos sobre a praça de são Pedro para saudar os fiéis e turistas ali congregados. O Papa recordou, naturalmente, os dois padroeiros de Roma: “Roma tem inscritos na sua história os sinais da vida e da morte gloriosa do humilde Pescador da Galileia e do Apóstolos dos gentios, que justamente escolheu como Protetores. Fazendo memória do seu luminoso testemunho, recordamos os venerandos inícios da Igreja que em Roma crê, reza e anuncia Cristo Redentor.”

O Papa evocou a entrega, nesta manhã, aos novos arcebispos do símbolo da sua responsabilidade… “Um rito sempre eloquente, que sublinha a íntima comunhão dos Pastores com o Sucessor de Pedro e o elo profundo que os liga à tradição apostólica. Trata-se de um duplo tesouro de santidade, em que se fundem conjuntamente a unidade e a catolicidade da Igreja: um tesouro precioso que há que redescobrir e viver com renovado entusiasmo e empenho constante”. 
Não faltou uma saudação especial à delegação do Patriarcado de Constantinopla, vinda como todos os anos a tomar parte nas celebrações deste dia. “Que a Virgem Santa conduza todos os crentes em Cristo à meta da plena unidade”.
De entre as saudações aos diversos grupos linguísticos presentes, Bento XVI não esqueceu os lusófonos:
“Uma saudação especial para os Arcebispos do Brasil e de Angola que acabaram de receber o pálio e também para os familiares e amigos que os acompanham: À Virgem Maria confio vossas vidas, famílias e dioceses, para todos implorando o dom do amor e da unidade sobre a rocha de Pedro”.

Fonte: Rádio Vaticano

JMJ é a grande convocação aos jovens, diz bispo

No próximo mês, começa a contagem regressiva para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no Brasil, que será realizada de 23 a 28 de julho do ano que vem, no Rio de Janeiro. Já está em curso uma enorme movimentação da força jovem pelo mundo afora, especialmente aqui. A Jornada Mundial está na cadeia dos grandes eventos que estão sendo realizados em nosso país: Rio+20 (concluída recentemente), a Copa das Confederações, em 2013, a Copa do Mundo, 2014, e, por último, as Olimpíadas, em 2016.

A JMJ vai congregar, no mínimo, dois milhões de jovens, do Brasil e de todos os cantos do mundo. O caminho que está sendo percorrido no processo preparatório guarda uma riqueza educativa de expressiva significação. A Cruz peregrina da Jornada Mundial chegou ao Brasil, em São Paulo, no mês de setembro do ano passado, passou por Minas Gerais, no mês de novembro, e continua percorrendo todo o Brasil. Em cada lugar uma festa da fé, uma consolidação dos brios da juventude, uma reafirmação da melhor proposta aos jovens, aquela de firmar-se no seguimento de Jesus Cristo, o jovem de Nazaré. Um programa de vida iluminado pela convicção, como disse o Papa Bento XVI, de que “se não conhecemos a Deus em Cristo e com Cristo, toda a realidade se torna um enigma indecifrável; não há caminho, não há vida nem verdade”.

Antecedendo a JMJ, antes da chegada ao Rio de Janeiro, teremos a celebração da Semana Missionária, em todas as dioceses do Brasil, de 16 a 21 de julho de 2013, quando hospedaremos milhares e milhares de jovens peregrinos. Será a oportunidade para aproximar-se mais de Jesus Cristo, o melhor presente que qualquer pessoa pode receber. Encontrá-lo é o melhor que pode ocorrer na vida de cada um. E fazê-lo conhecido, por palavras e obras, é a mais gostosa e duradoura alegria. Quando o jovem assume Cristo como mestre, fazendo-se discípulo, aprende sobre o sentido profundo da existência, substitui o desalento pela esperança que não engana, conforme sublinha o importante Documento de Aparecida, fruto da 5ª Conferência dos Bispos Latino-americanos e Caribenhos.

Esse documento também alerta para as várias situações que afetam muitos jovens significativamente, como as sequelas da pobreza, limitando o crescimento harmônico de suas vidas, gerando exclusão. Também a falta de socialização e transmissão de valores nas instituições tradicionais, substituídas por ambientes não isentos de forte carga de alienação. Não raramente, muitos jovens são presas fáceis de novas propostas religiosas e pseudo-religiosas, bem como vítimas da dizimação produzida pela dependência química.

A Jornada Mundial da Juventude é a grande convocação dos jovens para uma vivência autêntica da fé, o despertar para uma participação na esfera política, equilíbrio na dinâmica de suas vidas, superação de práticas e usos abusivos. Para a Igreja Católica é uma reafirmação e o comprometimento na sua opção preferencial pelos jovens. É também oportunidade para que os governos invistam nos jovens. Para a sociedade de um modo geral, que deve participar e colaborar, a JMJ é um momento histórico para avançar em direção ao novo, necessário à própria sobrevivência. Especificamente para os jovens, os grandes protagonistas, a Jornada Mundial já está sendo a experiência de uma nova consciência de sua dignidade e força, uma aposta exitosa para o futuro, com Cristo como centro de suas vidas.

Nesse contexto de preparação para a JMJ, Belo Horizonte sediará o Congresso Mundial de Universidades Católicas, uma riqueza dos muitos tesouros desse caminho missionário. A capital mineira receberá milhares de peregrinos. Os números, a programação, os conteúdos e metas desses eventos todos são emoldurados pelo entendimento de que os jovens são uma força incontestável e indispensável. Merecem ser apoiados, conhecidos nas suas experiências, ajudados nas suas demandas. Para além de diversão, turismo, lazer, outros ganhos importantes, os jovens são o tesouro precioso que conta mais. É hora da convocação aos jovens!

Papa autoriza decretos da Congregação da Causa dos Santos


O Papa Bento XVI recebeu em audiência privada, nesta quinta-feira, 28, o prefeito da Congregação das Causa dos Santos, Cardeal Angelo Amato. Durante o encontro, Bento XVI autorizou a Congregação a promulgar 18 decretos.

Além do reconhecimento do milagre de Nhá Chica, também foi reconhecido o milagre do venerável Luca Passi, Fundador da Congregação das Irmãs Mestres de Santa Doroteia. Em breve, as datas das beatificações de ambos devem ser divulgadas.

Martírios

O Papa reconheceu os seguintes martírios:

- Dos Servos de Deus Emanuele Borras Ferre, bispo auxiliar de Tarragona e Agapito Modesto, do Instituto dos Irmãos das Escolas Cristãs e 145 companheiros mortos por motivo de ódio à Fé, na Espanha, entre 1936 e 1939.

- Do Servo de Deus Giuseppe Puglisi, sacerdote diocesano, nascido em Palermo (Itália) e morto, por motivo de ódio à Fé, em 1993.

- Do Servo de Deus Ermenegildo da Assunção e cinco companheiros da Ordem da Santíssima Trindade mortos por motivo de ódio à Fé, em 1936 na Espanha.

- Da Serva de Deus Vitória de Jesus, Religiosa do Instituto Pio Calasanziano da Divina Pastora, morta em 1937, na Espanha, por motivo de ódio à Fé.

- Do Servo de Deus Devasahayam Pillai, leigo indiano morto por motivo de ódio à Fé em 1752.

Virtudes Heróicas

O Papa reconheceu ainda as seguintes virtudes heróicas:

- Do Servo de Deus Sisto Riario Sforza, arcebispo de Nápoles, Cardeal da Santa Romana Igreja, morto em 29 de setembro de 1877.

- Do Servo de Deus Fulton Sheen, arcebispo de Newport (EUA) morto em Nova Iorque em 1979.

- Do Servo de Deus Álvaro del Portillo y Diez de Sollano, bispo de Vita e Prelado da Prelatura Pessoal da Santa Cruz e da Opus Dei, nascido em Madri e morto em Roma em 1994.

- Do Servo de Deus Ludovico Tijssen, Sacerdote Diocesano, holândes, morto em Sittard (Holanda) em 1929.

- Do Venerável Servo de Deus Cristóvão de Santa Catarina, sacerdote, fundador da Congregação e o Hospital Jesus de Nazaré de Córdoba, morto na mesma cidade em 1690.

- Da Serva de Deus Maria do Sagrado Coração (Maria Giuseppa Fitzbach), viúva, fundadora das Servas do Coração Imaculado de Maria, chamadas Irmãs do Bom Pastor de Québec, morta no Canadá em 1885.

- Da Serva de Deus Maria Agelina Teresa, Fundadora da Congregação das Irmãs Carmelitanas para os idosos e enfermos, nascida na Irlanda do Norte e morta nos EUA em 1984.

- Da Serva de Deus Maria Margherita (Adelaide Bogner). Monja professa da Ordem das Visitações, nascida e morta na Hungria em 1933.

- Da Serva de Deus Ferdinanda Riva, Irmã professa do Instituto das Filhas da Caridade, nascida na Itália e morta na Índia em 1956.

Em 10 de maio, Bento XVI havia autorizado a Congregação das Causas dos Santos a promulgar o Decreto sobre o martírio do Servo de Deus Giovanni Huguet y Cardona, sacerdote diocesano, nascido na Espanha e morto, por motivo de ódio à Fé, na Espanha em 1936.

Campanha de ajuda às famílias cristãs na Síria

A fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) anunciou na quarta-feira, 27, o lançamento de “uma campanha de emergência” para ajudar 500 famílias cristãs refugiadas da Síria.

Segundo os responsáveis portugueses da organização, são necessários 800 mil euros para assegurar alimentação, agasalhos e cuidados médicos durante um mês no campo de refugiados onde se encontram.

Em comunicado, a AIS lamenta a situação de “famílias que perderam tudo, vítimas de uma guerra desumana”.

“A Síria continua a ferro e fogo, com cidades inteiras a serem palco de ferozes combates entre partidários e opositores do regime de Bashar al-Assad. No meio desta onda de violência, os cristãos são como que o elo mais fraco, o alvo de todas as desconfianças”, indica o documento.

D. Nicolas Sawaf, bispo de Marmarita, localidade junto da fronteira com o Líbano, refere à fundação católica que “enquanto os refugiados muçulmanos são apoiados por países árabes, como a Arábia Saudita ou o Qatar, a Igreja representa a única esperança para os refugiados cristãos”.

Portal de notícias do Vaticano inaugura página em português


Nesta quinta-feira, 28, o portal web de notícias dos meios de comunicação da Santa Sé, news.va, comemora um ano no ar. Completando esses doze meses de atividades, o site inaugurou uma página em português.

"Foi um ano rico porque após a língua italiana criamos a página também em espanhol, inglês e francês. Agora tenho a alegria de anunciar que nesta quinta-feira abrimos também em português”, disse o presidente do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, Dom Cláudio Maria Celli. 

O portal news.va foi criado em 2011 e inaugurado pelo Papa Bento XVI que, com um "tweet", anunciou a iniciativa do referido Pontifício Conselho. 

quinta-feira, 28 de junho de 2012

CNBB assina Carta das Religiões sobre cuidado da Terra


A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil é signatária de uma Carta das Religiões sobre o cuidado da Terra. O documento  foi elaborado e aprovado por iniciativa da Comisssão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Interreligioso no espaço da Coalizão Ecumênica Interreligiosa "Religiões por Direitos" durante a Cúpula dos Povos na Rio + 20.

Leia a Carta na íntegra:

CARTA DAS RELIGIÕES E O CUIDADO DA TERRA

No Espaço da Coalizão Ecumênica e Inter-religiosa "Religiões por Direitos", no quadro da Cúpula dos Povos na Rio+20 para a Justiça Social e Ambiental, contra a mercantilização da vida e em defesa dos bens comuns, os líderes religiosos do Brasil signatários, por iniciativa da Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Interreligioso da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e de Religiões pela Paz, reuniram-se para debater a relação entre as religiões e as questões ambientais.   Como resultado do diálogo, concordou-se que a agenda das religiões na atualidade não deve desconsiderar a agenda do cotidiano da vida das pessoas na sociedade e das exigências da justiça ambiental.

A agenda das religiões deve incluir os elementos que traçam os projetos do ser humano na busca de realização da sua existência e afirmar compromissos efetivos com a defesa da vida no planeta.  Religiões, sociedade e meio ambiente não são realidades distanciadas, mas estreitamente correlatas.  As tradições religiosas contribuem para a ampliação da consciência dos seus seguidores sobre os valores fundamentais da vida, pessoal, social e ambiental, orientando para a convivência pacífica e respeitosa entre os povos, culturas e credos, e destes com toda a criação.

Assim, é fundamental na agenda das tradições religiosas hoje:

a)      Apresentar ao mundo o sentido da existência humana.  A humanidade vive momentos de pessimismo, com sensação de fracasso e desânimo, sobretudo nas situações e ambientes de crises econômicas, de injustiças, de violência e de guerras.

Comprometemo-nos em fazer com que as nossas tradições religiosas afirmem de modo concreto o valor da vida de cada pessoa, independente da sua condição social, religiosa, cultural, étnica e de gênero, ajudando-as na superação dos problemas que lhes afligem no cotidiano, sejam eles de caráter sócio-econômico-cultural e político, sejam eles de caráter pisíquico-espiritual.

b)      Afirmar juntos o valor sagrado da vida, sobretudo do ser humano, considerando as diferenças nas formas de compreensão e de explicitação desse valor.

Comprometemo-nos em promover um efetivo respeito pela dignidade da pessoa e dos seus direitos acima de interesses econômicos, culturais, políticos e religiosos.  Afirmamos que crer em um Ser Criador implica em desenvolver uma espiritualidade que tenha compromisso com a promoção e defesa da vida human, pois o ser humano é a razão do serviço religioso que nossas tradições de fé oferecem ao mundo.

c)      Promover a educação e a prática do respeito mútuo, do diálogo, da convivência pacífica e da cooperação entre as diferenças, fundamental no mundo plural em que vivemos.

Assumimos o compromisso de trabalhar para a convergência dos diferentes paradigmas culturais e religiosos dos povos, como uma possibilidade para melhor entendermos o mundo dentro de suas inter-relações e a convivência entre todos os seres humanos.

d)      Explicitar mais e melhor o que já possuímos em comum.  Nossas tradições já condividem valores religiosos, como a fé em um Ser Criador, o cultivo da relação com Ele, a compreensão da origem e do fim de cada pessoa.

Comprometemo-nos a partilhar as riquezas que possuímos para fortalecer as relações inter-religiosas que possibilitam a cooperação entre os credos na solução dos problemas que afligem o nosso país e o mundo em que vivemos.

e)      Discernir juntos os valores que constroem a paz no mundo.  Sabemos que a paz não é simples ausência da guerra, mas é fruto da justiça e da prática da caridade.

Comprometemo-nos na promoção da convivência pacífica entre os povos e o desenvolvimento do sentido da fraternidade e da solidariedade universal, superando todo fundamentalismo e exclusivismo, bem como o consumismo irresponsável que causam conflitos entre as pessoas e os povos.

f)       Viver a compaixão para com os mais necessitados, empobrecidos e excluídos da sociedade. 

Assumimos realizar juntos projetos sociais que fortalecem a solidariedade nas comunidades religiosas e na família humana.

g)      Promover o valor e o cuidado da criação. Tomamos conhecimento das ameaças à vida do planeta, conseqüências dos interesses econômicos que constroem uma cultura utilitarista e consumista na sociedade em que vivemos.

Comprometemo-nos com o desenvolvimento de uma nova ética na relação com o meio ambiente, capaz de orientar novas atitudes defensoras de todas as formas de vida, sustentadas em políticas públicas de justiça ambiental e numa mística/espiritualidade que explicite a gratuidade e o dom da vida na criação.

h)      Contribuir efetivamente para com as iniciativas ligadas à construção e promoção da cidadania.

Comprometemo-nos na qualificação de uma vivência religiosa dos membros de nossas tradições que favoreça o convívio social dos credos, a afirmação da tolerância e da liberdade religiosa.

i)        Solicitar à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável Rio+20 reconhecer que os imperativos morais de todas as religiões, convicções e crenças exigem o cuidado da Terra, e que a cooperação inter-religiosa é uma dimensão imprescindível para alcançarmos o desenvolvimento sustentável de toda a humanidade.

Enfim, propomos-nos a desenvolver novos comportamentos, com prevalência da ética da tolerância, da liberdade, do respeito, da dignidade, da convivência da diversidade cultural e religiosa, dos direitos humanos.  São elementos de uma ética mínima que  devemos afirmar tanto a partir de uma consciência ética secular, como da consciência das convicções religiosas que possuímos.

Rio de Janeiro, 19 de junho de 2012



Exmo. e Revmo. Dom Francisco Biasin
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso daConferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)

Rev. Pe. Peter Hughes
Secretário Executivo do Departamento de Justiça e Solidariedade do Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM)

Revmo. Dom Francisco de Assis da Silva
Primeiro Vice-presidente do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC)

Rev. Dr. Walter Altmann
Moderador do Comitê Central do Conselho Mundial de Igrejas (CMI)

Rev. Nilton Giese
Secretário Geral do Conselho Latino-americano de Igrejas ( CLAI)

Rabino Sergio Margulies
Representante da Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro (FIERJ)


Sami Armed Isbelle
Diretor do Departamento Educacional e de Divulgação da Sociedade Beneficente Mulçumana do Rio de Janeiro (SBMRJ)

Ialorixá Laura Teixeira
Coordenadora Estadual do Instituto Nacional da Tradição e Cultura Afro-Brasileiras - Rio de Janeiro (INTECAB)

Irmã Jayam Kirpalani
Direitora Européia da Universidade Espiritual Mundial Brahma Kumaris

Elias Szczytnicki
Secretário Geral e Diretor Regional de Religiões pela Paz América Latina e o Caribe

Fonte: CNBB

Delegação da Igreja Ortodoxa no Vaticano. Papa auspicia "partilhar a mesa eucarística"


Na manhã desta quinta-feira, 28, o Papa Bento XVI recebeu no Vaticano uma delegação ecumênica, que veio a Roma para participar também, no dia de São Pedro e São Paulo, 29 de junho, da celebração eucarística que o Papa presidirá na Basílica Vaticana. 

A delegação era composta pelo Metropolita da França, Emmanuel Adamakis, o Bispo de Philomelion, nos EUA, Ilias Katre; e o Rev. Diácono Paisios Kokkinakis, do Santo Sínodo do Patriarcado Ecumênico. 

Esta visita é uma tradição: desde 1969, o Patriarcado Ecumênico de Constantinopla envia uma comitiva a Roma na festividade dos Santos Pedro e Paulo. A Igreja de Roma, por sua vez, retribui enviando um grupo de representantes a Istambul em 30 de novembro, dia em que os Ortodoxos celebram seu Patrono, Santo André. 

O Papa saudou a delegação ecumênica com um discurso em que lembrou que a pregação dos Apóstolos, selada pelo testemunho do martírio, é o principal e perene alicerce sobre o qual a Igreja se edifica. 

“Confiamos à intercessão dos gloriosos Apóstolos e mártires Pedro e Paulo a nossa oração para que o Senhor, rico em misericórdia, nos conceda em breve chegarmos ao dia abençoado em que poderemos partilhar a mesa eucarística. Elevemos nossas vozes no hino a Deus pelo caminho da paz e da reconciliação que nos faz caminhar juntos”.

Bento XVI disse à delegação ecumênica que a seu ver, o Concílio Vaticano II, cujo cinquentenário decorre este ano, marcou o início de uma fase importante do relacionamento entre as Igrejas Católica e Ortodoxa. E lembrou que sucessivamente, progressos foram feitos também pela Comissão Mista Internacional para o Diálogo Teológico. 

O Papa quis recordar também a atividade do Patriarca Athénagoras, falecido há 40 anos, que trabalhou junto com os Papas Paulo VI e João XXIII promovendo ‘iniciativas arrojadas’ que pavimentaram o caminho para uma nova relação entre o Patriarcado Ecumênico de Constantinopla e a Igreja Católica.

“É motivo de alegria especial constatar que Sua Santidade Bartolomeu I seguiu com renovada fidelidade e criatividade fecunda o caminho traçado por seus antecessores, distinguindo-se internacionalmente por sua abertura ao diálogo entre os cristãos e no compromisso na proclamação do Evangelho no mundo contemporâneo”.

Finalizando, Bento XVI agradeceu novamente a presença da delegação ecumênica, assegurando suas orações para que o Senhor conceda saúde e força a Sua Santidade Bartolomeu I, e prosperidade ao Patriarcado de Constantinopla. 

“Que Deus todo-poderoso nos conceda o dom de uma comunhão cada vez mais completa de acordo com sua vontade, de modo que “com um só coração e uma só alma” (At 4, 32), possamos sempre louvar o Seu nome”. 

Sete arcebispos brasileiros recebem o pálio das mãos do Papa


A Sala de Imprensa da Santa Sé publicou uma nota explicando a nova forma da imposição do pálio aos arcebispos metropolitanos, que se realiza anualmente no dia 29 de junho, Solenidade dos Santos Pedro e Paulo Apóstolos. Na lista dos que receberão o pálio, nesta sexta-feira, estão 7 arcebispos brasileiros e Dom Filippo Santoro, que foi bispo de Petrópolis no Brasil e é atualmente Arcebispo de Taranto, Itália. 

“O rito vai permanecer substancialmente o mesmo”, diz a nota, “porém este ano, seguindo uma lógica de desenvolvimento na continuidade, foi decidido simplesmente mover de lugar o próprio rito, que agora será realizado antes da celebração eucarística”. “A modificação foi aprovada pelo Santo Padre e é motivada pelos seguintes motivos:

"1. Para tornar o rito mais curto. A lista dos novos arcebispos metropolitanos será lida imediatamente antes da abertura da procissão da entrada e o canto de" Tu es Petrus " não fará parte da celebração. O rito do Pálio terá lugar logo que o Santo Padre chegar ao altar.
"2. Para garantir que a celebração eucarística não seja "interrompida" por um rito de um tempo relativamente longo (o número de arcebispos metropolitanos agora é de cerca de 45 por ano), o que poderia tornar a participação atenta e enfocada na Missa mais difícil."3. Para fazer o rito de imposição do pálio mais de acordo ao" Cerimoniale Episcoporum ", e para evitar a possibilidade de que, sendo após a homilia (como aconteceu no passado), possa ser interpretado como um rito Sacramental . Na verdade, os ritos que ocorrem durante uma celebração eucarística após a homilia, são normalmente ritos sacramentais: o Batismo, a Confirmação, a Ordem, o Matrimônio e a Unção dos Enfermos. A imposição do pálio, por outro lado, não é de natureza sacramental".

Entre os 44 arcebispos que receberão o pálio em Roma no dia 29 estão os seguintes brasileiros:
Arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira
Dom Wilson Tadeu Jonck S.C.I., de Florianópolis (SC).
Dom Jose Francisco Rezende Dias, de Niterói (RJ).
Dom Esmeraldo Barreto de Farias, de Porto Velho (RO).
Dom Airton Jose dos Santos, de Campinas (SP).
Dom Jacinto Furtado de Brito Sobrinho, de Teresina (PI).
Dom Paulo Mendes Peixoto, de Uberaba (MG).
Dom Jaime Vieira Rocha, de Natal (RN).

Dom Benedito Roberto C.S.Sp. de Malanje, Angola, conclui a lista dos arcebispos de países lusófonos.
Por sua vez, Dom Filippo Santoro, que foi bispo de Petrópolis (RJ) no Brasil e é atualmente arcebispo de Taranto, Itália, também estará na cerimônia. 

As boas-vindas da CNBB aos novos bispos brasileiros


Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) saudou as nomeações episcopais que o Papa Bento XVI fez esta quarta-feira para a Igreja brasileira.

O Secretário-Geral da CNBB, Dom Leonardo Ulrich Steiner, expressou satisfação com aa notícia da nomeação feita de Dom José Eudes Campos do Nascimento, da Arquidiocese de Mariana (MG), como Bispo de Leopoldina (MG).

e Dom Sérgio de Deus Borges, do clero de Cornélio Procópio (PR), nomeado pelo papa Bento XVI como Bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo (SP). 

“Desejamos que Dom José Eudes tenha êxito em sua nova missão na exigente realidade da ação evangelizadora da Igreja no Brasil”, escreveu Dom Leonardo, que, por sua vez, fez votos ao DomSérgio de Deus que ele se sinta feliz e entusiasmado com a nova missão que lhe foi confiada na Arquidiocese de São Paulo.

Esta nomeação atende um pedido feito pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer de poder contar com a colaboração de mais um auxiliar.

Dom Jaime receberá pálio das mãos do Papa

No próximo dia 29, Solenidade de São Pedro e São Paulo, o Arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha estará entre  os arcebispos, de várias partes do planeta, que receberão o pálio, das mãos do Papa Bento XVI. A cerimônia acontecerá na Basílica de São Pedro, no Vaticano. Receberão o pálio os arcebispos pelo Papa nomeados entre julho do ano passado até agora.

Dom Jaime viajará a Roma, na próxima sexta-feira dia 22, e retornará a Natal nos dias primeiros dias de julho. Também viajarão à capital italiana, para participar da celebração, o Arcebispo emérito de Natal, Dom Matias Patrício de Macêdo, e um grupo de mais de vinte sacerdotes, além de fiéis leigos, entre os quais familiares de Dom Jaime.

O que é o pálio?

É uma espécie de colarinho de lã branca, com cerca de cinco centímetros de largura e dois apêndices, sendo um na frente e outro nas costas. Neste, são bordadas seis cruzes.

O pálio é confeccionado com a lã de ovelhas, ofertadas ao Papa por jovens romanas, no dia 21 de janeiro de cada ano, data da festa de Santa Inês. A lã é, posteriormente, tecida pelas monjas beneditinas, do Mosteiro de Santa Cecília, em Roma. Depois, os pálios são abençoados pelo Papa e colocados sobre o túmulo do Apóstolo São Pedro, na Basílica Vaticana. Anualmente, no dia 29 de junho, os pálios são levados do túmulo de São Pedro para a celebração eucarística e colocados sobre o colarinho dos novos arcebispos.

Nos primeiros séculos da era cristã, o Pálio era usado somente pelos Papas. A partir do século sexto, a indumentária passou a ser usada também pelos arcebispos metropolitanos.

Fonte: Pascom da Arquidiocese de Natal

Parlamentares participam de missa na CNBB


Nesta quinta feira, 28, foi celebrada na capela de Nossa Senhora Aparecida, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) uma missa dedicada aos parlamentares do Brasil. A celebração foi presidida pelo assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família, padre Rafael Fornasier, e contou com a presença de deputados e senadores de diversos partidos.

A missa foi a última antes do recesso parlamentar, o que proporcionou a oportunidade de cada participante elevar a Deus ação de graças pelos trabalhos realizados no parlamento durante todo o semestre.

A celebração é organizada pela Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CBJP) e pela assessoria de política da CNBB. É celebrada tradicionalmente sempre na terceira quinta-feira de cada mês, às 8h.

Deputados, senadores, assessores parlamentares e familiares sempre participam da missa, e de uma pequena confraternização que ocorre após a celebração.

Fonte: CNBB

Autorrealização não é conquistada no poder, explica Bento XVI


A lógica humana busca muitas vezes a autorrealização no poder, no domínio, mas a Encarnação e a Cruz “nos recordam que a plena realização está no conformar a própria vontade humana àquela do Pai, no esvaziar-se do próprio egoísmo para encher-se do amor e da caridade de Deus” e, assim, ser capaz de amar os outros. Foi o que enfatizou o Papa Bento XVI na audiência geral desta quarta-feira, 27.

Na Sala Paulo VI, no Vaticano, o Pontífice deu continuidade ao ciclo de catequese sobre a oração segundo as Cartas de São Paulo. Desta vez, ele refletiu sobre a Carta aos Filipenses, escrita enquanto o apóstolo estava na prisão. Mesmo diante da morte iminente ele encontra força e alegria, pois o “Apóstolo nunca afastou seu olhar de Cristo, tornando-se semelhante a Ele na morte, ‘com a esperança de conseguir a ressurreição dentre os mortos'".

Assim, o Santo Padre destacou que o homem não consegue se encontrar fechado em si mesmo. "É necessário ter uma escala de valores na qual em primeiro lugar está Deus, para afirmar como São Paulo: ‘julgo como perda todas as coisas, em comparação com esse bem supremo: o conhecimento de Jesus Cristo, meu Senhor’ (Fl 3,8). O encontro com o Ressuscitado lhe fez compreender que é Ele o único tesouro pelo qual vale a pena gastar a própria existência", salienta Bento XVI.

Como rezar

O Papa também especificou qual a melhor maneira de rezar, ressaltando que a oração é feita de silêncio e palavra, de canto e de gestos que envolvem a pessoa inteira: da boca à mente, do coração ao corpo inteiro.

"O ajoelhar-se diante do Santíssimo Sacramento ou colocar-se de joelhos na oração expressa justamente a atitude de adoração diante de Deus, também com o corpo. Daí a importância de fazer isso não por hábito, com pressa, mas com profunda consciência. Quando nos ajoelhamos diante do Senhor, nós professamos a nossa fé Nele, reconhecemos que é Ele o único Senhor da nossa vida”, afirmou.

Por fim, o Santo Padre aconselhou os fiéis a fixar o olhar sobre o crucifixo durante a oração, colocar-se em adoração mais vezes diante da Eucaristia e entregar a própria vida ao amor de Deus, "que se inclinou com humildade para elevar-nos até Ele".

Brasil sem aborto: 5ª Marcha Nacional da Cidadania pela Vida

No dia 26 de junho, a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, foi palco de uma marcha que mobilizou diversos movimentos, religiosos e não religiosos, em prol da causa contra o aborto. A manifestação, organizada pelo Movimento Nacional da Cidadania pela Vida – Brasil sem aborto –, teve início em frente ao Museu Nacional da República e marchou até o gramado em frente ao Congresso Nacional. O objetivo dos organizadores e manifestantes, além de protestar contra o aborto, era também defender a aprovação do Projeto de Lei 478/2007, conhecido como Estatuto do Nascituro.

“A vida é um direito universal, o primeiro e mais fundamental de todos os Direitos Humanos. Em nosso país, a Constituição Federal diz que o direito à vida é inviolável”, disse Jaime Ferreira Lopes, um dos fundadores e vice-presidente do Movimento Brasil sem Aborto. Jaime explica que para surtirem resultados no sentido de coibir a prática de aborto, é necessária a participação da sociedade. “É importante mobilizar o povo e a população para que possamos impedir que o aborto seja legalizado em nosso país. Só com a participação popular que o Congresso Nacional entende o que o povo quer, por isso é importante a participação de todos”, afirmou.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) foi representada pelo o assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família, padre Rafael Fornasier. Sobre a ideia de que a causa contra o aborto é ligada à questão religiosa, padre Rafael diz que, além desta, o motivador é “fundamentado em dados filosóficos, antropológicos e jurídicos”. “O Estado é Laico, e respeita todas as expressões religiosas, no entanto, o Estado não é ateu. Defender a vida é um direito universal”, mencionou.

O vice-presidente da Federação Espírita Brasileira, Antônio César Perri, também manifestou a posição da entidade perante a causa. “Nós entendemos que a mobilização é importante para mostrar para a sociedade nosso pensamento em defesa da vida, em qualquer momento da existência física. Desde o momento da concepção já há um ser que deve ser respeitado”.

Pastor Elias Castilho, secretário-executivo da Frente Parlamentar Evangélica no Congresso, comentou sobre a posição dos evangélicos e a atuação junto ao governo. “A vida é o maior patrimônio dado por Deus, temos feito um trabalho muito grande nas comissões dentro do Congresso Nacional, inclusive em parceria com a CNBB, defensores da vida”.

Na marcha também há casos como o da manifestante Maria Aparecida Teles Felinto, que falou sobre a experiência de interromper uma gravidez. “Eu já provoquei um aborto, há 30 anos. Até hoje choro por esse filho que não tive. É muita angústia, muita dor, é um sentimento que não dá para superar”, descreve.

A Marcha contou a presença de muitos jovens, representantes de diversos movimentos. Cláudio de Almeida, da Associação desportiva Turma dos Ratos, que reúne jovens de diferentes religiões, acredita que desde a concepção há uma vida no ventre materno. “Acabar com a vida de um feto é uma injustiça porque essa vida não pode se defender. Não é justo fazer um aborto devido à falha de duas pessoas”, disse. “Hoje tenho quatro filhos, amo muito todos eles, e penso se algum deles não estivesse ali, como faria falta”, exemplificou.

“A juventude, às vezes, pode parecer minoria nessa causa, mas como cidadãos, também representa a luta pela vida”, declarou Eliana Machado, de 20 anos.

Uma das reivindicações do movimento é a aprovação do Estatuto do Nascituro, tido como um dos o mais importante projetos em defesa da vida. O projeto tramita na Câmara dos Deputados desde a apresentação, em 2005, do substitutivo do projeto de lei 1135/91, que propunha a total descriminalização da aborto, tornando a prática totalmente livre, por qualquer motivo durante os nove meses da gravidez.

A pediatra e homeopata Rosimere Oliveira Neves, participou das cinco marchas realizadas nos anos anteriores e disse ser radicalmente contra o aborto em qualquer situação. “É um atentado contra a vida. Mesmo que essa mãe não queira essa criança, há alternativas, além de cometer esse crime”, opina.

Rosimere também cita a necessidade de profissionais de saúde se posicionarem perante a causa. “Se a lei for aprovada vai obrigar esse profissional a fazer um aborto, e 80% são contra o aborto. É o caos ser obrigado a matar, é um absurdo um médico fazer um juramento milenar de Hipocrates, de defender a vida, e optar por extinguir uma vida, de um ser formado, geneticamente constituído”, declarou a pediatra.

CNBB participa de Sessão Solene pró-vida

Em homenagem ao 6º aniversário do Movimento Nacional da Cidadania pela Vida (Brasil sem aborto), a presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) foi convidada a participar, no dia 25, de Sessão Solene da Câmara dos Deputados. A sessão foi proposta pela Frente Parlamentar em Defesa da Vida do Congresso. Em nome da presidência da Conferência, estava o assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família, padre Rafael Fornasier.

Na ocasião foram representadas, várias organizações religiosas espíritas, evangélicas e católica – representada pela CNBB –, que contribuem com a mobilização da sociedade brasileira e, e especial, no trabalho de articulação política. De acordo com o padre Rafael Fornasier, o “movimento é supra-religioso e suprapartidário” e visa impedir a aprovação de projetos de lei que atentem contra o direito à vida de uma criança por nascer, apoiando proposições legislativas de afirmação deste mesmo direito.

Durante a reunião o padre afirmou que o governo deve defender a vida concebida desde a concepção. “A questão da vida desde o ventre materno é uma questão de cidadania, a Constituição Federal e Código Civil, já garantem esse direito”. Ainda de acordo com Rafael, a maior parte da população é contra o aborto. “O governo tem que corresponder ao que a maioria do povo brasileiro defende. O povo não admite aborto”, alegou.

Fonte: CNBB

Pastoral da Criança realiza encontro na cidade de Brejo da Madre de Deus-PE

No ultimo dia 17 de junho, a Pastoral da Criança da cidade de Brejo da Madre de Deus que faz parte da Diocese de Pesqueira-PE, realizou o grande encontrão de lideres. Com o objetivo de fortalecer e animar a missão, a coordenadora diocesana Maria Adrianna e Silva falou da importância da força vocacional dos lideres diante de uma sociedade que prioriza a cultura do ter e do poder.

A coordenadora paroquial, Ivanice Nascimento fez uma bela abertura saudando a todos e falou com muita propriedade que precisamos enxergar sempre o lado positivo das coisas, lembrando as palavras de Dr. Zilda. O Padre Danilo falou da boa semente e reforçou que a pastoral da criança da sustentabilidade as famílias e evangeliza nas ações de saúde, educação, nutrição e cidadania.

Estiveram presentes, Deydson Araújo capacitador do guia do líder e Clécio Bezerra multiplicador do mesmo que são da equipe diocesana. Clécio com seu entusiasmo mostrou que é possível motivar com alegria e servir com perseverança nos dias atuais. Foram varias dinâmicas, apresentações e muitas reflexões motivadoras.

Pastoral da Criança - Diocese de Pesqueira-PE

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Mutirão reunirá comunicadores do Rio Grande do Norte



Participantes do 1° Mutirão, no ano de 2010, em Natal

Quarenta agentes da Pastoral da Comunicação, da Arquidiocese de Natal, se juntarão aos outros comunicadores das dioceses de Mossoró e de Caicó, no período de 6 a 8 de julho, no Colégio Sagrado Coração de Maria, em Mossoró. Será o 2° Mutirão Estadual de Comunicação, que tem como tema: “A comunicação a serviço da verdade na era digital”.

O evento começará na sexta-feira, às 19 horas, com uma conferência, sobre o tema do Mutirão, proferida pela Irmã Helena Corazza, de São Paulo. Ela é jornalista e mestra em Ciências da Comunicação, pela USP, autora de vários livros na área de comunicação, publicados pela Editora Paulinas, entre eles “Acolher é Comunicar”. No sábado, serão oferecidas, simultaneamente, sete oficinas: Pastoral da Comunicação, Como falar em Público, Ministério da Acolhida, Jornal Impresso, Linguagem Radiofônica, Mídias Digitais a serviço da evangelização, e Assessoria de Comunicação, e um grupo temático, que abordará o tema: “Rádio Comunitária: legislação e gerenciamento”.

No domingo, as atividades iniciarão às 7h30, com celebração eucarística. Em seguida haverá uma mesa redonda, cujo tema será: “A comunicação na vida e missão da Igreja”.

O 1° Mutirão Estadual de Comunicação foi realizado em agosto de 2010, em Natal.

Fonte: Pascom da Arquidiocese de Natal

Novo presidente do dicastério vaticano para Família: a família no centro da nova evangelização


O bispo de Terni-Narni-Amelia – norte da Itália –, Dom Vincenzo Paglia, foi nomeado por Bento XVI presidente do Pontifício Conselho para a Família, sucedendo no cargo ao Cardeal Ennio Antonelli, que renunciou por limite de idade. Com a nomeação, Dom Vincenzo foi elevado à dignidade de arcebispo.

Ordenado sacerdote em 1970, Dom Vincenzo foi pároco na Basílica romana de Santa Maria no Trasteve. Ordenado bispo no ano 2000, foi recentemente nomeado presidente da Federação Bíblica Católica Internacional e, posteriormente, presidente da Comissão Ecumenismo e Diálogo da Conferência Episcopal Italiana (CEI). O novo presidente do Pontifício Conselho para a Família é também conselheiro espiritual da Comunidade romana de Santo Egidio e postulador da Causa de beatificação do arcebispo salvadorenho Oscar Arnulfo Romero. 

Em entrevista sobre a referida nomeação com a qual é chamado a novas responsabilidades, Dom Vincenzo Paglia diz: "De fato, não há dúvida de que novamente, como outras vezes em minha vida, sou chamado a novas responsabilidades. Procuro, como sempre procurei fazer, responder com prontidão ao chamado do Senhor. Desta vez o Papa me pede para assumir o Pontifício Conselho que tem a família como tema, com todas os seus aspectos multifacetários, e para mim há um significado o fato de o Santo Padre me fazer esse pedido no dia no qual visita as famílias atingidas pelos abalos sísmicos verificados na região italiana da Emilia-Romanha. É como dizer que devo seguir esse exemplo: manter-me nessa fronteira com a mesma atenção que Bento XVI sempre teve. Penso também no que foi a experiência vivida em Milão na Jornada Mundial das Famílias. Ademais, sou grato ao Senhor. Faço um agradecimento ao Papa e também uma oração a fim de que esse ministério possa ser colocado a serviço da Igreja e das famílias."

Centenário de Dom Manoel Tavares é lembrado por igrejas de Natal

Cacilda Medeiros
Duas paróquias da Arquidiocese de Natal comemorarão os cem anos do nascimento de Dom Manuel Tavares de Araújo: Angicos, que teve o Pe. Manuel Tavares como vigário, por vários anos, e São José de Mipibu, sua terra Natal, em cuja Matriz está sepultado.

Em São José de Mipibu, haverá missa de homenagem póstuma, no dia 7 de julho, às 19 horas, na Matriz de Sant’Ana e São Joaquim, presidida pelo Arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha, e concelebrada pelo Pároco, Pe. Matias Soares, e vários outros padres da Arquidiocese. O próprio Arcebispo, Dom Jaime, fará a homilia.

Em Angicos, a programação também será no dia 7 de julho, porém mais extensa. Haverá alvorada, às 5 horas, e inauguração do Centro Pastoral Dom Manuel Tavares de Araújo, às 16 horas, com a presença de autoridades civis e eclesiásticas, além da Orquestra Sinfônica, que executará o hino da paróquia.

Estarão presentes, compondo a Mesa, na solenidade de inauguração, o Administrador Paroquial de Angicos, Pe. Severino da Silva Neto; o Arcebispo emérito, Dom Matias Patrício de Macêdo; o pároco emérito de Angicos, Mons. Francisco das Chagas Pereira Pinto; o vigário geral da Arquidiocese, Pe. Edilson Soares Nobre; o vigário episcopal norte, Pe. Bianor Francisco de Lima Júnior; o reitor do Seminário de São Pedro, Pe. Ajosenildo Nunes; o prefeito de Angicos, Ronaldo Teixeira; o presidente da Câmara Municipal, vereador Leonel Ribeiro Neto; e o comandante da Polícia Militar na cidade, Ten. Alexsandro do Amaral Fagundes.

As comemorações serão encerradas às 17h30, com celebração de missa, na Matriz de São José, de Angicos, em homenagem póstuma a Dom Tavares, pelo centenário de nascimento. 

Dom Manoel Tavares nasceu eu 7 de junho de 1912, em São José de Mipibu (RN). Foi ordenado sacerdote em 1936 e, por vários anos, assumiu a Paróquia de São José, de Angicos. Em 1959, quando era pároco de Angicos, foi nomeado bispo para a Diocese de Caicó (RN).

Foi ele quem empreendeu a campanha, junto ao povo de Caicó, para levantar os recursos e instalar a Emissora de Educação Rural. O objetivo da Rádio, em Caicó, era o mesmo das outras duas, instaladas em Natal e Mossoró: levar a educação e a catequese aos lugares mais distantes do Seridó, através das Escolas Radiofônicas e dos programas religiosos e a transmissão da missa dominical, que ele presidia na Igreja do Rosário.

Dom Tavares faleceu em 18 de fevereiro de 2006, em Natal, e está sepultado na Igreja Matriz de Santana e São Joaquim, em São José de Mipibu.


Fonte: Pascom da Arquidiocese de Natal

Formas de louvor

Numa de suas homilias no tempo da Páscoa, Santo Agostinho (séc. V), ensinou: “Toda a nossa vida presente deve transcorrer no louvor de Deus, porque louvar a Deus será também a alegria eterna de nossa vida futura. (...) Agora, pois, irmãos, vos exortamos a louvar a Deus. É isso o que todos nós exprimimos mutuamente quando cantamos: Aleluia. (...) Mas louvai-o com todas as vossas forças, isto é, louvai a Deus não só com a lingua e a voz, mas também com a vossa consciência, vossa vida, vossas ações. Na verdade, louvamos a Deus agora que nos encontramos reunidos na igreja. Mas logo ao voltarmos para casa, parece que deixamos de louvar a Deus. Deixas de louvá-lo quando te afastas da justiça e do que lhe agrada. Mas, se nunca te desviares do bom caminho, ainda que tua lingua se cale, tua vida clamará; e o ouvido de Deus estará perto do teu coração.” Santo Agostinho mostra aos cristãos as diversas formas e os muitos momentos em que pode ser feita a sua oração. A linguagem da oração de cada um, em seu encontro com Deus, compreende a consciência, a vida e a ação e em que lugar pode ser feita. Quem ora, em verdade, deve fazê-lo com a consciência mais genuína. Mostra, porém, que algumas atitudes distanciam a pessoa de Deus, mesmo quando faça sua oração. Esse ensinamento do Bispo de Hipona continua sendo plenamente útil para para cada pessoa que inclui a prática da oração em sua vida.

Todavia, esta pode ser feita de forma equivocada e, portanto, infrutífera, como aquela dos surrupiadores do dinheiro público, em Brasilia, que se deram as mãos para agradecer a Deus o resultado de sua corrupção, mediante a “oração da propina”, como ficou jornalisticamente conhecida, cujas imagens ainda estão vivas na mente das pessoas. “A flagrante corrupção destes parlamentares que se denominam evangélicos é gritante. Porém, a oração destes deputados, agradecendo a Deus pela propina recebida, reverbera ainda mais, causando repulsa e indignação em milhares de cristãos sinceros que foram gravemente ofendidos em sua fé, pela forma hipócrita em que estes senhores externam sua devoção. As câmeras ocultas da Polícia Federal oferecem prova contundente da vil atitude, bem como da religiosidade vã destes servidores de Mamom.” Nos tempos do nazismo, absurdamente, um hino pedia a proteção de Deus para Hitler; patrulhada, mentalmente, a juventude hitlerista invocava a ajuda de Deus para sua causa macabra: “Diante dessa bandeira de sangue, que representa nosso Führer, juro devotar todas as minhas energias e forças ao salvador da nossa pátria, Adolf Hitler. Estou disposto e pronto a dar a minha vida por ele, com a ajuda de Deus.” Esse tipo de oração a Deus e de invocação do nome de Deus contraria o segundo Mandamento: “Não tomar o seu Santo Nome em vão”. 

Santo Agostinho deixa bem claro ao fiéis que não basta fazer a oração com a lingua e os lábios (oração vem dessa palavra latina:  os, oris = boca) e que há necessidade de ser feita, coerentemente, além da Igreja. Esse ensinamento está respaldado na profecia de Isaias que Jesus proclama e assume: “Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim.” (Mt 15,8) Portanto, há uma responsabilidade muito grande para quem ora a Deus dessa forma, porque fazendo a oração equivocada e mal-intencionadamente, em alguns casos, pode deseducar outras pessoas com sua atitude orante. 

Se não revelar a verdade dos sentimentos, das palavras e das atitudes, a oração de louvor a Deus se esvazia,  por não conter a dimensão de eternidade que faz parte de sua natureza.
Dom Genival Saraiva de França é Bispo da Diocese de Palmares - PE; Presidente da Conferência Nacional de Bispos Regional Nordeste 2 (CNBB NE2), Responsável pela Comissão Regional de Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz; Diretor presidente do Conselho de Orientação do Ensino Religioso do Estado de Pernambuco (CONOERPE); Membro efetivo do Conselho Econômico da CNBB NE2.

Escolhida a música do Hino da Campanha da Fraternidade de 2013


Desde 2006, por decisão dos bispos do Conselho Episcopal Pastoral, o Consep, o CD da Campanha da Fraternidade traz o Hino da CF e o repertório quaresmal correspondente a cada ano. O hino poder ser executado em algum momento (mais adequado) da celebração, a critério da equipe de celebração e de quem preside. “Por exemplo, em algum momento da homilia – o que facilitará a vinculação da liturgia da palavra com a vida (tema da CF) – ou nos ritos finais, no momento do envio. Prioritariamente, o hino deve ser usado nos momentos de estudo e encontros de formação sobre a CF”, afirma o assessor de Música Litúrgica da CNBB, padre José Carlos Sala.

O hino da Campanha da Fraternidade de 2013 já foi escolhido. A CF 2013 terá como tema: “Fraternidade e Juventude”, e tem como lema: “Eis-me aqui, envia-me!” (Is 6,8). O processo de escolha do hino passou por dois momentos: concurso para a letra e concurso para a música.

Na segunda quinzena de dezembro de 2011, representantes das Comissões Episcopais Pastorais para a Liturgia, Juventude e Campanha da Fraternidade, juntamente com o secretário geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, escolheram a letra. Dentre as mais de 40 letras enviadas foi escolhida a do compositor Gerson Cezar Souza.

No final de maio deste ano, representantes das Comissões de Liturgia e Juventude, maestros convidados e o secretário geral da CNBB, escolheram a música.

“A CNBB recebeu mais de 100 contribuições e a equipe analisou cuidadosamente cada uma das composições levando em conta os critérios do concurso e as avaliações da CF deste ano”, disse o padre José Carlos Sala, ressaltando ainda a grande riqueza melódica, harmônica e rítmica em estilos, os mais variados, próprios da diversidade cultural do nosso país.

A música escolhida foi a dos compositores Gil Ferreira e Daniel Victor Santos.

Os bispos do Consep, reunidos em Brasília nos dias 19 e 20 de junho analisaram a composição e a aprovaram.


Fonte: CNBB

Bispos da Nigéria fazem apelo pela segurança dos cidadãos


“É uma tarefa primordial do governo garantir a segurança da vida e dos bens dos cidadãos em todo o país. Não há desculpas para não cumprir este dever primário”. É o alerta lançado pelos bispos da Nigéria às autoridades civis e militares, para que ajam com decisão para deter a onda de violência desencadeada em diferentes partes do país pela seita Boko Haram.

No comunicado da Conferência Episcopal da Nigéria, enviado à agência Fides, se recordam as vítimas dos recentes atentados cometidos pela seita Boko Haram: “as pessoas que morreram nas explosões das bombas e nos ataques de represália são todos filhos inocentes de Deus, homens, mulheres e crianças, cristãos e muçulmanos, de tribos diferentes, todos nigerianos, todos igualmente criados e amados por Deus”

Entre os objetivos atingidos estão diversas igrejas cristãs, e os bispos destacam: “Exista ou não uma estratégia, essas ações submetem a uma forte pressão as já frágeis relações entre as comunidades cristãs e muçulmanas na Nigéria. Os sentimentos de raiva e ódio estão crescendo dia a dia e atingiram um nível perigoso. Todos nós devemos agir imeditamente e com decisão para deter e baixar a tensão”.

Os bispos, por sua vez, se comprometem a pregar a paz e reconciliação, esforçando-se em apaziguar as pessoas, mas advertem que sem garantias de segurança, os seus pedidos correm o risco de “chegar a ouvidos surdos, e aqueles que buscam a represália como forma de dissuasão não poderão ser controlados. Há um perigo palpável no ar”.

Referindo-se à comunidade islâmica, os bispos afirmam: ”constatamos com satisfação que muitos líderes muçulmanos condenaram essas ações e violentas criminosas. Mas a condenação verbal não é suficiente. Precisamos de uma ação concreta e pró-ativa para fazer com que os autores das violências desistam de continuam a provocar o caos em nossa nação em nome da religião”. 

Fonte: Rádio Vaticano