Diocese de Afogados da Ingazeira debate desmatamento e exploração de recursos naturais no Pajeú

Seminário, com o título "A Caatinga, Guardiã da Água", ocorreu dentro da 13ª Semeia (Semana do Meio Ambiente).

Diocese de Salgueiro inicia preparativos para Assembleia Diocesana de Pastoral

Preparativos têm início com Assembleia na Área Pastoral São Marcos.

Na solenidade de Corpus Christi, dom Fernando Saburido convida fiéis a serem “Eucaristia” para o próximo

Celebração foi realizada na quinta-feira, 04, na Igreja do Santíssimo Salvador do Mundo – Sé de Olinda/PE.

Dom Antônio Muniz, arcebispo de Maceió, recebe alta médica

Dom Antônio foi internado para cirurgia cardíaca realizada dia 20 de maio.

quarta-feira, 30 de abril de 2014

domingo, 27 de abril de 2014

Canonização dos Papas João Paulo II e João XXIII




sábado, 26 de abril de 2014

Papa envia mensagem aos poloneses pela canonização de JPII



Cidade do Vaticano – O Papa Francisco enviou uma vídeomensagem ao povo da Polônia, transmitida na noite desta quinta-feira, em rede nacional, pela televisão polonesa e a rádio nacional, por ocasião da canonização de João Paulo II, que se realizará, no Vaticano, no próximo domingo, dia 27.

O Santo Padre iniciou a sua mensagem, dizendo: “Aproxima-se a canonização daquele grande homem e papa, que passou à história com o nome de JPII. Estou feliz por poder proclamar a sua santidade, no próximo Domingo da Divina Misericórdia. Em nome de todo o Povo de Deus, expresso a minha gratidão a JPII pelo seu incansável serviço e direção espiritual, por introduzir a Igreja no III Milênio da Fé e pelo seu extraordinário testemunho de santidade”.

O Papa recordou o premente apelo que JPII fez no início do seu pontificado a “não ter medo” e a “escancar as portas a Cristo”. E ele foi o primeiro a dar exemplo e a praticar isto. De fato, ele abriu, a Cristo, as portas da sociedade, da cultura, dos sistemas políticos e econômicos, invertindo, com a força que lhe vinha de Deus, uma tendência que parecia irreversível”.

Com seu testemunho de fé, amor e coragem apostólica, este filho exemplar da Nação polonesa ajudou os fiéis do mundo inteiro a não terem medo de ser cristãos, de pertencer à Igreja e de falar do Evangelho. Enfim, ele nos ajudou a não ter medo da verdade, porque ela é garantia da liberdade”.

Todos nós sabemos, continua a mensagem, que “antes de percorrer as estradas do mundo, Karol Wojtyla desenvolveu sua ação apostólica a serviço de Cristo e da Igreja na sua pátria, a Polônia”. Por isso, o Papa Francisco agradeceu o povo polonês e a Igreja na Polônia pelo dom deste grande homem ao mundo. Todos nós ficamos enriquecidos com este precioso dom, que ainda continua a nos inspirar, mediante suas palavras, escritos, gestos, serviço eclesial e, sobretudo, através do seu sofrimento, vivido com esperança heróica.

O Bispo de Roma concluiu sua vídeomensagem convidando todos a viverem, profundamente, a canonização dos beatos JPII e JXXIII, da qual muitos participarão, pessoalmente. Outros, ao invés, terão a oportunidade de seguir este grande evento em seus respectivos países, através dos meios de comunicação social, aos quais o Santo Padre, desde já, agradeceu! 

Rádio Vaticana

sexta-feira, 25 de abril de 2014

CPT lança relatório sobre "Conflitos no Campo Brasil 2013"

A Comissão Pastoral da Terra, organismo vinculado à CNBB, divulgará na próxima segunda-feira, 28, às 14h, na sede da CNBB, em Brasília, a 29ª edição do relatório “Conflitos no Campo Brasil”. O texto apresenta dados sobre os conflitos e violências sofridos pelos trabalhadores e trabalhadoras rurais no país, entre eles indígenas, quilombolas e outros povos tradicionais, no ano de 2013.
Estarão presentes no evento o presidente da CPT, dom Enemésio Lazzaris, o secretário da coordenação nacional do organismo, Antônio Canuto, o professor da Universidade Federal Fluminense, Carlos Walter Porto-Gonçalves, entre outros.
Segundo dados da Comissão, em 2013, foram assassinadas 34 pessoas em situação de conflitos no campo, sendo 15 indígenas. Houve 15 tentativas de assassinatos registradas no relatório, também 10 se referem a indígenas. Além disso, 33 indígenas foram ameaçados de morte, de um total de 241 pessoas.
A CPT informa, ainda, que a Amazônia permanece como palco principal dos conflitos. Dos 34 assassinatos, 20 ocorreram na região.
Informações sobre o lançamento do relatório "Conflitos no Campo Brasil 2013" pelos telefones: (62) 4008-6406 ou (62)  4008-6412.  

Artigo: Páscoa



Talvez muitos cristãos não saibam explicar o sentido da Páscoa da ressurreição, porquanto, ainda que batizados, sequer são evangelizados. Se faltar o acompanhamento na fé, as mil atrações da sociedade de consumo encampam os nossos interesses em busca de realização e felicidade. Por outro lado, muita gente procura pelas mensagens evangélicas, hoje veiculadas pelo rádio e pelas redes sociais. Muitos são impulsionados a cultivar valores espirituais em seu interior, ainda que não se identifiquem com esta ou com aquela instituição religiosa. A espiritualidade do amor e da esperança é divulgada em formas diversas por pastores, padres e lideranças. A partir da Palavra de Deus muitos tentam dar um sentido à sua vida e à vida da família, do trabalho e da sociedade.

É fato que o povo procura o sentido da vida, além da procura pela própria sobrevivência, diante do mundo violento e inseguro, com a sensação indefinida de se caminhar pelo incerto. O Evangelho mostra Jesus realizando gestos de ressurreição em favor dos doentes, deficientes físicos, discriminados e rejeitados. Os Evangelhos referem-se à ressurreição de Cristo em forma breve. Entanto, os gestos e as pregações de Cristo são uma permanente participação de sua ressurreição aberta a todos, no caminho da conversão e do compromisso de transformação interior e exterior. A purificação interior se faz necessária, pois nos leva a buscar a iluminação vinda do Senhor. À luz da sua morte e ressurreição, conseguimos assumir uma atitude construtiva ao nosso redor, diante das situações adversas e das circunstâncias desafiantes.

A mensagem da morte de cruz e da ressurreição de Cristo cada um de nós poderá se defrontar com a oportunidade de crescer na fé e na atitude propositiva, ao nos voltarmos aos semelhantes, tendo sempre em vista o bem da coletividade humana. Há muita gente que, por falta de orientação e testemunho dos cristãos de verdade, desconhece a espiritualidade, seu valor e sua atualidade. Ao se encontrar com Cristo crucificado e ressuscitado, passamos do egoísmo ao amor. Se deixarmos que o Senhor nos ame, percebemos que também é mais fácil amar e servir do que culpar os outros pela sorte, julgar mal, vomitar impropérios, desferir fel e ódio.

A mensagem da morte e ressurreição de Cristo nos leva à coresponsabilidade de anunciar e testemunhar a fé e os gestos construtivos que brotam da fé ao nosso redor. A páscoa cristã celebra a presença viva do ressuscitado ao redor da mesa da Palavra e da Eucaristia, memorial de sua morte e ressurreição, conforme Ele pediu: fazer presente a sua memória, testemunhando a sua presença viva, até o final dos tempos (Lc. 24,48).

Dom Aldo Pagotto

Arcebispo Metropolitano da Paraíba

Professor de português de JPII recorda cotidiano com o Papa

Dom Fernando Guimarães foi professor de português de João Paulo II; a partir da convivência mais íntima, ele revela pequenas grandes ações do Santo Padre

Jéssica Marçal
Da Redação - cancaonova.com 


 Dom Fernando Guimarães, professor de português do Papa João Paulo II / Foto: Arquivo

Já imaginou ser professor do Papa? Mais ainda, de um Papa que se torna santo? Isso aconteceu com Dom Fernando Guimarães, bispo brasileiro que deu aulas de português para o Papa João Paulo II. “É pra mim motivo de alegria e de graça dizer que tive um aluno que é santo”, diz o bispo da diocese de Garanhuns (PE).
Tudo começou no final de janeiro de 1980, quando o Vaticano pediu que Dom Fernando, na época sacerdote, fosse para Roma para trabalhar nos preparativos da primeira viagem que o Papa faria ao Brasil, na metade daquele ano. A indicação foi feita pelo então núncio apostólico no Brasil, Dom Cármine Rocco, que já conhecia o trabalho de Dom Fernando e sabia que ele falava um pouco de italiano e de outros idiomas.
De fevereiro a julho de 1980, Dom Fernando trabalhou na Secretaria de Estado, sendo encarregado dos preparativos dessa terceira viagem internacional do Papa, o que incluía ensinar língua portuguesa ao Santo Padre. As aulas aconteciam três vezes por semana, normalmente no período da manhã.
Dom Fernando conta que João Paulo II tinha uma grande capacidade de percepção e facilidade para idiomas. Ele já sabia o espanhol, então isso serviu de base para o aprendizado do português. Já durante a viagem ao Brasil, era possível ver o empenho do Papa em se comunicar na língua local.
“Quando o Papa se recolhia, normalmente a gente repassava ao final da noite os discursos que ele ia fazer no dia seguinte. Eu sempre pude perceber essa grande energia com que o Papa, mesmo cansado de um grande dia de trabalho e viagens, se preparava para lançar a sua mensagem ao povo, o seu testemunho de fé. Realmente era um homem de Deus em todo o pleno sentido da palavra”, testemunha o bispo.
As marcas do Papa
A dedicação do Santo Padre no aprendizado impressionava. Dom Fernando considera que não só isso, mas tudo em João Paulo II era centrado no exercício de seu ministério.
“Ele era um padre, ele era um bispo em pleno sentido e quando foi chamado a exercer o ministério de Pedro como bispo da Igreja do mundo inteiro ele assumiu esse mundo inteiro como sua diocese, com muito zelo, amor e dedicação. A personalidade humana nele estava plenamente absorvida e a serviço dessa grande missão que ele tinha consciência de ter recebido de Deus”.
Além dessa característica de João Paulo II, o bispo revela outro detalhe, algo que ele pôde perceber a partir da convivência, ao acompanhar o Papa em momentos mais íntimos e domésticos. A marca profunda que ele guarda é a recordação das Missas celebradas na capela particular do Pontífice, logo pela manhã.

Essas celebrações não contavam com grande público. Eram apenas seis ou sete freiras brasileiras, as quatro freiras polonesas que cuidavam do apartamento papal, os dois padres secretários e Dom Fernando.
João Paulo II mantinha imersão profunda com Deus, em especial nas Missas, como conta Dom Fernando / Foto: Arquivo
“Quando a gente chegava de manhã cedo na capela do Papa, ele já estava ajoelhado, no seu lugar, diante do sacrário, completamente absorvido pela presença de Deus e essa absorção continuava durante toda a celebração (…) Nessa capelinha pequena, eu sempre tive a impressão de ver um homem em diálogo com Deus o tempo inteiro da Missa”.
Ao mesmo tempo, essa imersão em Deus não distanciava o Papa das pessoas, ressalta Dom Fernando. João Paulo II era um homem que acolhia, um amigo, um pai, alguém que tinha grande coração. “A gente se sentia acolhido e amado por ele e, através dele, a gente se sentia acolhido e amado por Deus. Essa é a grande recordação que eu guardo desses anos de convivência com o Papa João Paulo II”.
Episódios curiosos nas aulas
Tendo ministrado tantas aulas a João Paulo II no período de quase seis meses, o bispo vivenciou com ele várias situações curiosas. Uma delas foi logo no início das aulas, uma época em que estava acontecendo a visitaad limina dos bispos do Brasil.
Dom Fernando conta que, em determinado momento após a Missa, o Papa lhe disse sorrindo: “Padre Fernando, os bispos brasileiros não querem que o Papa fale português”. Ele, curioso, perguntou: “Mas por que, Santo Padre?” e João Paulo II respondeu: “Por que os bispos chegam para a audiência particular e têm os que me falam em italiano, têm os que me falam em francês, têm até quem me fale em polonês, mas ninguém fala comigo em português”.
“Ele queria praticar a língua. Então eu telefonei imediatamente para o reitor do colégio brasileiro em Roma, onde os bispos normalmente se hospedam, para dizer: ‘recomendem aos bispos que, quando forem até o Papa, falem em português, devagar, mas falem. O Papa quer ouvir a língua portuguesa’”.
Um segundo detalhe foi que, uma vez, Dom Fernando usou uma palavra em português (palavra da qual não se recorda) que o Papa não entendeu e, então, pediu explicações. O então professor traduziu o sentido da palavra em italiano e João Paulo II disse ter entendido.
Dois dias depois, ao final da Missa em português, o Papa olhou fixo pra ele (em tom de brincadeira) e falou uma frase em português completa usando aquela palavra. Ao terminar a frase, franziu os olhos para Dom Fernando e deu um sorriso esperando a reação de seu professor. “É como se ele quisesse me dizer: ‘vê que eu entendi a palavra, que sei usá-la daqui em diante?’”, recorda aos risos.
Dom Fernando não irá a Roma para a canonização, mas diz que acompanhará tudo daqui do Brasil com muita felicidade. “… com uma alegria muito grande e um grande sentimento de gratidão a Deus por ter vivido com um santo e ter tido a oportunidade de ter esse contato mais pessoal e mais direto com o Papa”.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Nota da CNBB sobre a viagem do índio Tupinambá ao Vaticano


A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou hoje, 24, nota sobre a viagem do índio Tupinambá ao Vaticano. O texto, assinado pelo bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, explica que o cacique Babau Tupinambá viajaria ao Vaticano junto com o arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da CNBB, cardeal Raymundo Damasceno Assis, para participar da missa de ação de graças pela canonização do padre José de Anchieta, que esteve presente entre o povo Tupinambá. "A representação do povo Tupinambá teria um significado especial na celebração em Roma", afirma dom Leonardo. Leia, na íntegra, a nota: 
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB lamenta a impossibilidade da viagem ao Vaticano do índio Rosivaldo Ferreira da Silva, conhecido como cacique Babau Tupinambá.
Babau foi convidado pela CNBB para participar da missa de ação de graças pela canonização do Padre José de Anchieta, celebrada hoje, 24 de abril, na Igreja de Santo Inácio de Loyola, em Roma. A missa foi presidida pelo Papa Francisco.
O índio viajaria à Itália junto com o arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da CNBB, Cardeal Raymundo Damasceno Assis, no último dia 23. São José de Anchieta esteve entre o povo Tupinambá. O cacique Babau pretendia apresentar ao Santo Padre documentos sobre as violações dos direitos indígenas no Brasil, sobretudo com relação ao povo Tupinambá.
Com o passaporte suspenso, Babau foi impedido de viajar devido a um mandado de prisão temporária, expedido, no dia 20 de fevereiro, pelo juiz substituto da Vara Criminal de Una, na Bahia. O mandado não foi executado, tendo o cacique Babau moradia fixa.
Hoje, 24, cacique Babau participou da audiência unificada das comissões de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, em Brasília, e, em seguida, apresentou-se à Polícia Federal, em Brasília.
Esperamos que as acusações sejam investigadas de modo justo, sem mais prejuízos ao povo Tupinambá, que sofre com a questão da regularização das terras no sul do Bahia.
A representação do povo Tupinambá teria um significado especial na celebração em Roma.

Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB

Papa: evitar ser "cristãos morcegos", que têm medo da alegria da Ressurreição



Cidade do Vaticano  – Existem cristãos que têm medo da alegria da Ressurreição e a vida deles parece um funeral, mas o Senhor ressuscitado está sempre conosco: foi o que afirmou o Papa Francisco durante a Missa presidida na Casa Santa Marta.

O Evangelho proposto pela liturgia do dia narra a aparição de Cristo ressuscitado aos discípulos. Na saudação de paz, ao invés de se alegrarem, eles ficam tomados de “espanto e temor”, imaginando ver um espírito. Jesus tenta explicar a eles que o que veem é a realidade, convidando-os a tocarem o seu corpo. Mas – observou o Papa – os discípulos, por causa da alegria, não podiam acreditar:

“Esta é uma doença dos cristãos. Temos medo da alegria. É melhor pensar: ‘Sim, sim, Deus existe, mas está lá; Jesus ressuscitou, mas está lá’. Um pouco de distância. Temos medo da proximidade de Jesus, porque isso nos dá alegria. E assim se explicam os muitos cristãos de funeral, não? Aos quais parece que a vida é um funeral contínuo. Preferem a tristeza, e não a alegria. Movem-se melhor não na luz da alegria, mas nas sombras, como aqueles animais que só conseguem sair à noite, mas à luz do dia não veem nada. Como os morcegos. E com um pouco de senso de humor, podemos dizer que existem cristãos morcegos, que preferem as sombras à luz da presença do Senhor”.

Mas “Jesus, com a sua Ressurreição – prosseguiu o Papa – nos dá a alegria: a alegria de ser cristãos; a alegria de segui-lo de perto; a alegria de caminhar nas estradas das Bem-aventuranças; a alegria de estar com Ele”:

“E nós, tantas vezes, ficamos perturbados ou repletos de medo, acreditamos ver um fantasma ou pensamos que Jesus é um modo de agir: ‘Mas nós somos cristãos e devemos fazer assim’. Mas onde está Jesus? ‘Não, Jesus está no Céu’. Você fala com Jesus? Você diz a Ele: ‘Eu acredito que o Senhor está vivo, que ressuscitou, que está perto de mim, que não me abandona’? A vida cristã deve ser isso: um diálogo com Jesus, porque – isso é verdade – Jesus está sempre conosco, está sempre com os nossos problemas, com as nossas dificuldades, com as nossas boas obras”.

Quantas vezes – disse por fim o Papa Francisco – nós cristãos “não somos felizes porque temos medo!”. Cristãos que foram “derrotados” na Cruz:


“Na minha terra há um ditado que diz: ‘Quando alguém se queima com leite quente, depois, quando vê uma vaca leiteira, chora’. E estes se queimaram com o drama da cruz e disseram: ‘Não, vamos parar por aqui; Ele está no Céu; mas tudo bem, ressuscitou, mas que não venha outra vez aqui porque não aguentaremos’. Peçamos ao Senhor que faça com todos nós o que fez com os discípulos, que tinham medo da alegria: que abra a nossa mente e nos faça entender que Ele é uma realidade viva, que Ele tem corpo, que Ele está conosco e nos acompanha e que Ele venceu. Peçamos ao Senhor a graça de não ter medo da alegria”.

Artigo: Páscoa: vida nova



Cristo morreu e ressuscitou de uma vez por todas e para todos. Venceu o amor! Venceu a misericórdia. O amor é mais forte que o mal, o pecado. Ele pode transformar a nossa vida e encher o nosso coração de alegria e esperança.

Páscoa é passagem da morte à vida, da terra ao céu, da pessoa da escravidão do pecado, do mal à liberdade do amor, do bem. Jesus vence o pecado e a morte, ressuscitou dos mortos! Ele está no meio de nós! A Igreja celebra a Páscoa de Cristo e dos cristãos católicos durante cinquenta dias. São cinquenta dias de festa pascal, cinqüenta dias de aleluia. A Páscoa é a festa mais importante do Cristianismo. É a festa da vida; da vida de Cristo e da vida nova dos cristãos.

O sepulcro está vazio, transformado em lugar de esperança, de vida. Jesus dá-se a conhecer ressuscitado, onde se realizam gestos concretos de amor, de serviço ao Corpo de Cristo. Lembremos Maria Madalena vai ver o sepulcro ao raiar do sol. Torna-se a primeira mensageira do sepulcro vazio e do Cristo ressuscitado. João, o discípulo amado, vê os sinais e acredita. Os discípulos de Emaús voltam a Jerusalém, anunciando que Cristo ressuscitou. Eles, que experimentaram o convívio de Cristo, agora tornam-se testemunhas do Cristo ressuscitado. E nós somos testemunhas de tudo o que Cristo fez: Deus o ressuscitou ao terceiro dia. O amor é que faz reconhecer a Jesus Cristo no mistério pascal. Faz-se Páscoa, surge a vida, onde as pedras são retiradas dos sepulcros, onde se vive a caridade no serviço do próximo. Estes são os sinais que anunciam a ressurreição de Jesus e suscitam nova vida, pois retiram todas as barreiras que atentam contra a vida.

Jesus fez sua Páscoa. Eis a Páscoa de Cristo e nossa! Na certeza desta vida nova, renovemos nossa própria vida. Vivamos uma vida nova em Cristo. Crer na sua ressurreição, viver sua vida de ressuscitado é, já agora, viver numa perspectiva nova, viver com o olhar a partir da Eternidade.

O Apóstolo São Paulo nos diz que “Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado. Celebremos a festa, não com o velho fermento, nem com o fermento da maldade ou da perversidade, mas com os pães sem fermento, de pureza e de verdade”. O pão é o próprio Cordeiro imolado, Cordeiro pascal, Cordeiro que tira o pecado do mundo! Entremos em comunhão com Ele, vivo e vencedor. Pela Páscoa, hoje, acolhamo-nos e demo-nos a paz!

Em cada Domingo – “Dia do Senhor” – celebramos a Páscoa de Cristo. Por isso, valorizamos o Domingo, como dia santificado em honra de Deus e do Senhor Ressuscitado no meio de nós. O Senhor ressuscitou verdadeiramente! Alegremo-nos e em Cristo Ressuscitado exultemos, Aleluia! A todos uma Feliz e Santa Páscoa!

Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena

Bispo de Guarabira e Secretário do Regional NE2

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Diocese de Pesqueira: Comissão do Dízimo prepara Jornada Diocesana com encontros regionais


A Comissão Diocesana do Dízimo está trabalhando no projeto de organização e consolidação da Pastoral do Dízimo em todas as paróquias e comunidades da Diocese dentro do grande projeto de celebração dos 100 anos da Diocese em 2018.  Um dos grandes momentos deste projeto será a celebração da Jornada Diocesana do Dízimo nos dias 28 de julho a 3 de agosto, sob a assessoria de Aristides Madureira, da Editora Partilha.  Para preparar a Jornada, acontecerão encontros nas regiões pastorais nas seguintes datas: 
Região Arcoverde – 22/03, às 9h  no Colégio Cardeal, em Arcoverde.
Região Brejo – 28/03, às 19h salão Paroquial da Paróquia São José, em Brejo.
Região Belo Jardim – 04/04, às 19h Colégio Diocesano, em Belo Jardim.
Região Pesqueira – 26/04, às 9h Convento dos Franciscanos, em Pesqueira.
Fonte: Secretariado de Pastoral

Últimos preparativos para 52ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil

A 52ª Assembleia Geral (AG) dos Bispos do Brasil começa no próximo dia 30 e a preparação para o maior encontro episcopal do ano, que reúne mais de 300 bispos de todo Brasil, chega em sua reta final. No encontro, que prosseguirá até 9 de maio, no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida, em Aparecida (SP), serão debatidos sete temas prioritários, dez temas diversos e o tema central “Comunidade de comunidades: uma nova paróquia”. A pauta conta também com retiro, reuniões, celebrações especiais e comunicações.
Na última reunião do Conselho Episcopal Pastoral (Consep), do qual participam os presidentes das doze comissões episcopais pastorais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a presidência da entidade, a preparação da AG teve destaque.
O  arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da CNBB, cardeal Raymundo Damasceno Assis, elencou os principais assuntos que serão tratados. “Durante o evento, os bispos irão refletir sobre temas importantes como a renovação paroquial. Depois nós vamos também iniciar uma reflexão sobre os cristãos leigos na Igreja e na sociedade. Teremos um tema a ser aprovado sobre a questão agrária, assim como um documento sobre a realidade nacional, referente à situação atual, num momento que estamos nos aproximando das eleições”, disse o cardeal.

Dentro dos temas diversos, haverá análises de conjuntura político-social e eclesial; a preparação para a 3ª Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos, que debaterá os novos desafios da família para a nova evangelização; a exortação sobre a nova evangelização, do Papa Francisco; a avaliação e encaminhamento das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora (DGAE) de 2015 a 2018; as consequências e desafios pastorais da Jornada Mundial da Juventude. Os Regionais da CNBB e a Amazônia também estão na pauta da AG.
Nos dias da Assembleia haverá reuniões dos Conselhos Episcopais dos Regionais e dos bispos referenciais. Outros momentos estão reservados para comunicações das Comissões Episcopais, dos organismos do povo de Deus, do grupo de trabalho sobre o Concílio Vaticano II e das dioceses. Os desdobramentos e aplicações do acordo do Brasil com a Santa Sé, a administração do Pontifício Colégio Pio Brasileiro, a fala do presidente do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) sobre a situação dos indígenas no Brasil, a Pastoral do Dízimo e os 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida fazem parte das comunicações.
Os bispos são convocados para a Assembleia Geral de acordo com as disposições regimentais da CNBB. A participação dos bispos eméritos não é obrigatória, mas eles são convidados para partilhar suas experiências, como destacou o subsecretário adjunto de pastoral da CNBB, padre Francisco Wloch. “Os bispos eméritos são numerosos no Brasil e dão uma rica contribuição para a Assembleia, o que ajuda muito na caminhada da Igreja do Brasil”, disse o padre.
Programação
Algumas atividades já têm data definida no calendário da 52ª AG. No dia 1º de maio, às 20h30, haverá a entrega dos Prêmios de Comunicação, no Auditório da TV Aparecida. No dia 4 de maio, às 8 horas, os bispos celebrarão missa solene, no Santuário de Aparecida,  em honra a São José de Anchieta, o “Apóstolo do Brasil”, canonizado no último dia 3 pelo papa Francisco.
Haverá, ainda, o retiro dos bispos, no dia 3, com o tema “Caminhando na Fé”. O pregador este ano será o arcebispo de Chieti, em Vasto (Itália), dom Bruno Forte. No dia 6, os bispos participarão de uma celebração ecumênica, no Centro de Eventos.
Durante a Assembleia serão divulgadas, ainda,  mensagens sobre o Dia dos Trabalhadores e sobre as eleições.
Fonte: CNBB

Diocese de Mossoró: Participe do Prêmio Rural de Comunicação.


Por ocasião dos 51 anos da Rádio Rural de Mossoró, vai acontecer no próximo mês de maio a II Edição do Simpósio Monsenhor Américo Simonetti, que este ano vai discutir sobre a transição das rádios AM para FM.

A novidade este ano é a realização do Prêmio Rádio Rural de Comunicação”.

Os ouvintes podem acessar o site da Rádio Rural, e votar nos melhores profissionais e melhores empresas de comunicação da cidade de Mossoró.

Os mais votados de cada categoria vão receber um prêmio simbólico no dia do Simpósio, que está previsto para o dia 23 de maio.  O site da Rádio Rural para que o ouvinte possa votar em nossa enquete é:

domingo, 20 de abril de 2014

ARTIGO: A SEMANA SANTA

A “semana maior” é a Semana Santa que iniciamos com o Domingo de Ramos, e, no qual, celebramos a 29ª jornada mundial da juventude. Jesus entra em Jerusalém com a multidão O acompanhando em festa e gritando: “Bendito seja o Rei, que vem em nome do Senhor! Paz no céu e glória nas alturas” (Lc 19,38). Os ramos são sinais de alegria e vitória. Jesus desperta tantas esperanças no coração, especialmente das pessoas simples, humildes e abandonadas; compreendendo as misérias humanas, mostrando o rosto misericordioso de Deus e inclinando-Se para curar o corpo e a alma de todos. O coração de Jesus vê a todos. Grande é o amor de Jesus! Acompanhemos os passos de Jesus na sua humilhação, sofrimento e condenação à morte, para participarmos do triunfo de sua ressurreição gloriosa.
            Na segunda, terça e quarta-feira da Semana Santa, contemplamos o Servo sofredor. Os textos bíblicos e as orações nos introduzem, aos poucos, no mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo.
Na Quinta-feira Santa, pela manhã, a Missa do Crisma ( Bênção dos santos Óleos e consagração do Crisma) e da Renovação das Promessas Sacerdotais nos recorda que somos o povo sacerdotal, que Jesus reúne todos em torno de si. Ao mesmo tempo, Jesus institui o sacerdócio ministerial, para que os sacerdotes, ungidos, continuem a ser para o povo sacerdotal aquilo que ele foi e continua a ser através deles: sacerdote, profeta e pastor. À tarde, na missa (Ceia do Senhor), sentamos à mesa pascal com Cristo. Ele institui a Eucaristia, sacramento da “vida doada” em sacrifício amoroso pela salvação da humanidade. No “lava-pés”, ele nos deixou o exemplo, para que o imitemos no serviço humilde e dedicado aos irmãos. É um dia de alegria, amor e gratidão; compromisso, partilha e missão.
Na Sexta-feira da Paixão, não há celebração de Missa, apenas a comemoração da paixão e morte do Senhor. A atitude de respeito pelo jejum, abstinência, tristeza e silêncio é feita na Esperança. Pela morte vem a vida. Só entende a vida quem compreende o Mistério da Dor e do Sofrimento. Comprometamo-nos com o Cristo, Verdade e Vida. Como o Cirineu, ajudemos a carregar a cruz, que pesa nos ombros de tantos irmãos sofredores. Arrependidos dos nossos pecados, estendamos a nossa mão à mão misericordiosa de Deus. Jesus nos convida a seguir seus passos, que levam à vida.
No Sábado Santo somos conduzidos à sepultura de Jesus, aguardando na esperança a ressurreição do Senhor. Sábado de vigília e de certeza que a vida já venceu a morte. Celebrar esta noite é ressuscitar com Cristo. A vitória de Cristo é a vitória de todo cristão.
Com firme fé, com nossas velas acesas, à espera que o Senhor da Vida nos comunique a plenitude da sua vida, já manifestada no mistério Pascal. Corramos ao seu encontro, professemos nossa fé no Senhor ressuscitado. Jesus Cristo, o Cordeiro imolado, tirou o pecado do mundo; morrendo destruiu a morte, ressurgindo deu-nos nova vida. Jesus está sempre conosco.
Peçamos a intercessão da Virgem Maria. Que ela nos ensine a alegria do encontro com Cristo, o amor com que O devemos contemplar, o entusiasmo do coração que O devemos seguir nesta “semana maior” e por toda a vida.


                    Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena – Bispo de Guarabira(PB)

Papa celebra Vigília Pascal e pede aos cristãos: retornem à Galileia

“A Galileia é o lugar do primeiro chamado, onde tudo iniciara”, disse o Papa. (Reprodução/CTV)
A cerimônia da Vigília Pascal no Vaticano, foi presidida pelo Papa Francisco neste sábado, 19, e concelebrada por centenas de sacerdotes, bispos e cardeais, na Basílica de São Pedro. A celebração teve início às 20h30 (horário italiano).
Refletindo acerca do Evangelho proposto pela liturgia de hoje, o Papa Francisco destacou a frase de Jesus que ordena às mulheres: “Não tenham medo. Ide anunciar aos meus irmãos que se dirijam para a Galileia. Lá eles me verão. (cf. Mt, 28, 10)”.
“Não tenha medo, é a voz que encoraja”, disse o Papa. “O anúncio das mulheres chegava como uma luz na escuridão. Não tenham medo e vão à Galileia”, enfatizou Francisco.
Segundo o Pontífice, a Galileia é o lugar do primeiro chamado, onde tudo iniciara. “Voltar à Galileia significa reler tudo a partir da cruz e da vitória, sem medo. Não temer. Reler tudo. A pregação, a comunidade, até a traição. Reler tudo a partir do fim que é um novo início”.
Francisco recordou também que, para todos os cristãos existe uma Galileia, trata-se do principio do caminho com Jesus. O Batismo, conforme explicou o Papa, é também este início de caminhada.
“Ir à Galileia significa redescobrir o nosso Batismo como fonte viva; tirarmos energia nova para nossa vivência da fé. Retornar onde a Graça de Deus me tocou e levar calor e luz aos outros irmãos”.
Crianças, jovens e adultos recebem o Sacramento do Batismo na Vigília Pascal. (Reprodução/CTV)
O Santo Padre também explicou que, na vida do cristão, depois do Batismo, existe outra Galileia, uma existencial, a do encontro pessoal com Jesus Cristo. “Ir à Galileia é recordar quando o Senhor nos chamara, disse meu nome e pediu-me para segui-lo. O momento em que Ele me fez sentir que me amara”, esclareceu o Papa.
“Hoje cada um de nós pode recorda-se: qual é a minha Galileia? Eu me recordo? Lembro-me dela? Eu me esqueci? Procure-a, e encontrarás. Diga-me, Senhor, qual é a minha Galileia. Quero voltar lá para encontrar-te e deixar-me abraçar pela Sua misericórdia. Não ter medo!”, refletiu.

Matéria - Canção Nova - Portal ; Vídeo - SBT Brasil

Expectativa para as Canonizações de João Paulo II e João XXIII





O Vaticano anunciou que vai fazer uma cerimônia sem extravagâncias para a canonização dos papas João Paulo II e João XXIII. A cerimônia será no dia 27.
A cerimônia será bem mais simples que a de beatificação de João Paulo II, ocorrida em 2011. Desta vez, não haverá vigília dos fiéis. O cardeal Agostino Vallini, vigário de Roma, disse que as igrejas do centro de Roma permanecerão abertas durante a noite antes da canonização para proporcionar um retiro espiritual para os peregrinos.
São esperadas entre 5 milhões e 7 milhões de pessoas em Roma para os dias prévios e posteriores à canonização, que incluem a semana da Páscoa até o 1º de maio.
Peregrinos poloneses devem chegar em grande número para a canonização que vai fazer João Paulo II ser considerado santo.
O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, disse que a Praça São Pedro comporta somente 250 mil pessoas. Em 2011, a missa de beatificação reuniu 1,5 milhão de fieis na praça e arredores, segundo a polícia de Roma.
Lombardi não confirmou se o papa emérito Bento XVI vai participar da canonização. "Ele foi convidado", afirmou.



 Créditos - Foto:Domenico Stinellis/AP; Vídeo: Canção Nova (notícias); Portal G1. 

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Procissão da Via Sacra no Centro do Recife faz alerta para tráfico humano




Fiéis acompanharam, na manhã desta sexta-feira (18), a Via Sacra encenada no bairro da Boa Vista, Centro do Recife. Tradição portuguesa do século 18, a procissão chegou a ser proibida nos anos 1960 e foi restaurada pelo arcebispo emérito Dom Hélder Câmara. Este ano, o evento religioso se alinhou à Campanha da Fraternidade, alertando para o tráfico humano.


A Via Sacra teve início na Igreja Matriz da Boa Vista, por volta das 9h. As imagens de Bom Jesus do Passo e Maria foram levadas em andores. Sob o sol quente, fiéis procuravam se proteger nas poucas sombras ao longo caminho, com a emoção do louvor escorrendo em cada gota de suor. Algumas pessoas ainda encaravam o sofrimento de andar descalço no asfalto para pagar promessas.



Liana e Linalva Mourão acompanharam a Via Sacra (Foto: Luna Markman/G1)

Os mais prevenidos levaram sombrinhas, como o técnico em sistemas Ricardo Barbosa.

Com a filha Sinara, 4 anos, nos ombros, a família mais uma vez acompanhou a procissão. "Já faz mais de 15 anos que eu e meus irmãos participamos. Daqui, vamos direto almoçar juntos. Nesse dia, peço união e amor para nós", disse.


Para a enfermeira Liana Mourão também é tradição começar a celebração da Semana Santa com a Via Sacra. "Eu venho aqui desde criança e você vê que são as mesmas pessoas que participam desde sempre", comentou. Liana caminhou ao lado da tia Linalva Mourão, 87 anos. "Eu nunca faltei um ano", orgulha-se a aposentada.


São 15 estações simbolizando os momentos da caminhada de Jesus até a Ressureição. A Capela de Nossa Senhora das Graças é um dos pontos de parada. "Para nós é muito importante essa atenção porque dá força à nossa comunidade", apontou a irmã Rosa Maria Vieira, da Instituição das Filhas de Maria Servas da Caridade, responsável pela capela.

Padre Cícero reforçou o combate ao tráfico humano, tema da campanha da fraternidade (Foto:Luna Markman/G1)
É a aposentada Cleide de Jesus quem ajuda a organizar a estação que ocorre em frente ao prédio Morada da Boa Vista, há 26 anos. A cada ano, ela aumenta o estoque de água para dar de graça aos fiéis que acompanham o cortejo. Um gesto de delicadeza em forma de 120 copinhos. "Eu fico muito feliz de recebê-lo [a imagem de Jesus] em casa e aproveito para pedir proteção", disse.

A cada estação, o padre Cícero Ferreira fazia uma leitura relacionada ao tema da Campanha da Fraternidade. "Infelizmente, temos um número grande de pessoas desaparecidas em Pernambuco. Então, a Igreja busca chamar a atenção da sociedade para refletir o problema. Há uma máfia escondida por aí, tirando a liberdade dos seres humanos, tornando-os escravos pelo dinheiro. É bom lembrar ainda que, durante a Copa, muita gente estará na nossa cidade com interesses alheios ao do bem", alertou.


A procissão terminou na Igreja de Santa Cruz, onde o padre cortou os discursos previstos alegando o calor que fazia e apenas agradeceu a presença dos fiéis.

Do G1 PE

Maceió vai sediar o 19º Encontro de Marketing Católico

Com o tema “Brilhe vossa luz diante dos homens” (Mt 5,16), vai acontecer de 28 de abril a 1° de maio o 19° Encontro de Marketing Católico no Hotel Hitz Lagoa da Anta, em Maceió, reunindo pessoas interessadas em discutirem sobre o marketing católico.
Conforme o Instituto Brasileiro de Marketing Católico é um encontro que propicia uma troca de experiências bem sucedidas de dioceses, paróquias, instituições e empresas católicas que se utilizam de técnicas e ferramentas de marketing com bom senso e sob a ética cristã, para atingir objetivos predeterminados e, principalmente, atender a necessidade de seus clientes: satisfazendo-os e encantando-os para que se fidelizem, sejam eles fiéis ou consumidores de produtos e serviços católicos.
Dentre os palestrantes convidados estão: dom Orani João Tempesta, cardeal arcebispo do Rio de Janeiro; dom Cláudio Hummes, cardeal arcebispo emérito de São Paulo; Antonio Miguel Kater, consultor de marketing e diretor executivo do IBMC; João Monteiro de Barros, diretor da Rede Vida de Televisão; Augusto Mariotto, gerente de marketing da Editora Santuário; e Marcos Agostinho, professor de empreendedorismo em Campinas.
O investimento da participação por pessoa (já inclusos três almoços nos dias 29/04, 30/04 e 01/05 no restaurante do hotel) é de R$ 495,00. Os participantes que não se hospedarem no Hotel deverão pagar, além da inscrição do evento, o valor adicional de R$ 75,00 pelo uso do Centro de Convenções do hotel e pelo direito aos coffe-breaks oferecidos durante o evento.
Maiores informações: www.ibmc.com.br / ibmc@ibmc.com.br / (19) 3242-2128.

Via Sacra: ao vivo

Na Celebração, Francisco repetiu o gesto de Jesus e lavou os pés de 12 pessoas atendidas pela instituição



O Papa Francisco presidiu a Celebração da Missa da Ceia do Senhor no Centro Santa Maria da Providência, em Roma. O local acolhe cerca de 200 pacientes para o tratamento de pessoas deficientes e idosos com doenças psicomotoras.
Nas breves palavras do Papa na homilia, o Santo Padre destacou que o gesto de Jesus ao lavar os pés dos discípulos na Última Ceia foi a herança que Ele nos deixou. “Ele que é Deus se fez servo, escravo, servidor nosso. E esta é a herança: também vós deveis ser servidores uns dos outros. E Ele fez este caminho por amor: também vocês deveis amar-vos e serdes servidores no amor”, explicou.
Francisco disse ainda que a Igreja, no dia de hoje comemora a Última Ceia, quando Jesus instituiu a Eucaristia, e durante a Celebração também se faz este gesto de lavar os pés. “Agora eu farei este gesto, mas todos nós, no nosso coração, pensemos nos outros e pensemos no amor que Jesus nos disse que devemos ter pelos outros, e pensemos também como podemos servi-los melhor, as outras pessoas. Porque isto Jesus quis de nós”, concluiu o Pontífice.
Concelebraram a Missa, o Presidente da Fundação, monsenhor Angelo Bazzari, e o Capelão do Centro, Padre Pasquale Schiavulli.
Após a homilia, o Santo Padre lavou os pés de 12 pessoas com deficiência atendidas pela instituição, com idades entre 16 e 86 anos, representando todos os assistidos pela instituição nos 29 centros espalhadas pela Itália.

Homilia do Papa na Quinta-Feira Santa



Queridos irmãos no sacerdócio!

No dia de hoje, Quinta-Feira Santa, quando Cristo nos amou até o extremo (cf. Jo 13,1), fazemos memória do dia feliz da instituição do sacerdócio e daquele da nossa Ordenação sacerdotal. O Senhor ungiu-nos em Cristo com óleo de alegria e esta unção nos convida a receber e a acolher este grande dom: a alegria, a letícia sacerdotal. A alegria do sacerdote é um bem precioso não somente para ele, mas também para todo o povo fiel de Deus: aquele povo fiel, em meio ao qual é chamado o sacerdote para ser ungido e ao qual é enviado para ungir.

Ungidos com óleo de alegria, para ungir com óleo de alegria. A alegria sacerdotal tem a sua fonte no Amor do Pai, e o Senhor deseja que a alegria deste Amor “esteja em nós” e “seja plena” (Jo 15,11).  Gosto de pensar na alegria, contemplando Nossa Senhora: Maria, a “mãe do Evangelho vivente, é fonte de alegria para os pequenos” (Exort. Apost. Evangelli gaudium, 288), e creio não exagerar ao dizer que o sacerdote é uma pessoa muito pequena: a incomensurável grandeza do dom que nos é dado para o ministério coloca-nos entre os menores dos homens. O sacerdote é o mais pobre dos seres humanos, se Jesus não o enriquece com a sua pobreza, é o mais inútil servo se Jesus não o chama amigo, o mais estulto dos homens se Jesus não o instrui pacientemente como Pedro, o mais indefeso dos cristãos se o Bom Pastor não o fortifica em meio ao rebanho. Ninguém é menor do que um sacerdote abandonado às suas próprias forças; por isso a nossa oração de defesa contra toda insídia do Maligno é a oração de nossa Mãe: sou sacerdote porque Ele olhou com bondade para a minha pequenez (cf. Lc 1,48). E a partir de tal pequenez acolhemos a nossa alegria. Alegria na nossa pequenez!

Eu encontro três características significativas na nossa alegria sacerdotal: é uma alegria que nos unge (não que nos torne afetados, suntuosos e presunçosos), é uma alegria incorruptível e é uma alegria missionária que se irradia a todos e atrai todos, começando ao contrário: pelos mais distantes.

Uma alegria que nos unge. Isto é: penetrada no íntimo do nosso coração, configurou-o e o fortaleceu sacramentalmente. Os sinais da liturgia da ordenação nos falam do desejo materno que tem a Igreja de transmitir e comunicar tudo aquilo que o Senhor nos deu: a imposição das mãos, a unção com o santo Crisma, o revestir com os paramentos sagrados, a participação imediata na primeira Consagração... A graça nos preenche e se efunde íntegra, abundante e plena para cada sacerdote. Ungidos até os ossos... e a nossa alegria, que brota de dentro, é o eco desta unção.

Uma alegria incorruptível. A integridade do Dom, ao qual ninguém pode tirar ou acrescentar nada, é fonte incessante de alegria: uma alegria incorruptível, que o Senhor prometeu que ninguém poderá tira-la de nós (cf. Jo 16,22). Pode ser adormecida ou sufocada pelo pecado e pelas preocupações da vida, mas, no profundo, permanece intacta como as brasas de um tronco queimado sob as cinzas, e sempre pode ser renovada. A recomendação de Paulo a Timóteo permanece sempre atual: Recorda-te de reavivar o fogo do dom de Deus que está em ti pela imposição das minhas mãos (cf. 2 Tm 1,6).

Uma alegria missionária. Esta terceira característica quero partilha-la e realçar de modo especial: a alegria do sacerdote é colocada em íntima relação com o santo povo fiel de Deus porque se trata de uma alegria eminentemente missionária. A unção é em ordem a ungir o santo povo fiel de Deus: para batizar e confirmar, para curar e consagrar, para abençoar, para consolar e evangelizar.

E porque é uma alegria que flui somente quando o pastor está no meio do seu rebanho (também no silêncio da oração, o pastor que adora o Pai está no meio de suas ovelhas) e por isso é uma “alegria guardada” por este mesmo rebanho. Também nos momentos de tristeza, em que tudo parece obscurecer-se e a vertigem do isolamento nos seduz, aqueles momentos apáticos e sem graça que às vezes nos colhem na vida sacerdotal (e através dos quais também eu passei), até mesmo nestes momentos o povo de Deus é capaz de guardar a alegria, é capaz de proteger-te, de abraçar-te, de te ajudar a abrir o coração e reencontrar uma alegria renovada.

“Alegria guardada” pelo rebanho e guardada também por três irmãs que a circundam, a protegem e a defendem: irmã pobreza, irmã fidelidade e irmã obediência.

A alegria do sacerdote é uma alegria que tem como irmã a pobreza. O sacerdote é pobre de alegria meramente humana: renunciou a tanta coisa! E porque é pobre, ele, que dá tantas coisas aos outros, a sua alegria ele deve pedi-la ao Senhor e ao povo fiel de Deus. Não deve procura-la por si. Sabemos que o nosso povo é generosíssimo em agradecer os sacerdotes pelos mínimos gestos de benção e, de modo especial, pelos Sacramentos. Muitos, falando da crise de identidade sacerdotal, não levam em consideração que identidade pressupõe pertença. Não existe identidade – e portanto alegria de viver – sem pertença ativa e comprometida ao povo fiel de Deus (cf. Exort. Apost. Evangelli gaudium, 268). O sacerdote que pretende encontrar a identidade sacerdotal indagando introspectivamente na própria interioridade talvez não encontre outra coisa que sinais que pedem “saída”: sai de ti mesmo, sai à procura de Deus na adoração, sai e dá ao teu povo aquilo que te foi confiado, e o teu povo terá o cuidado de te fazer sentir e provar quem tu és, como te chamas, qual é a tua identidade, e te fará alegre com o cem por um que o Senhor prometeu aos seus servos. Se não sais de ti mesmo, o óleo torna-se rançoso e a unção não pode ser fecunda. Sair de si mesmos exige despojar-se de si, traz consigo pobreza.

A alegria sacerdotal é uma alegria que tem como irmã a fidelidade. Não tanto no sentido de que seremos todos “imaculados” (oxalá o fossemos com a graça de Deus!) porque somos pecadores, mas antes no sentido de uma sempre nova fidelidade à única Esposa, a Igreja. Aqui está a chave da fecundidade. Os filhos espirituais que o Senhor dá a cada sacerdote, aqueles que ele batizou, as famílias que ele abençoou e ajudou a caminhar, os doentes que apoia, os jovens com quem partilha a catequese e a formação, os pobres que socorre.... são esta Esposa que ele é feliz de tratar como predileta e única amada e de ser-lhe sempre novamente fiel. É a Igreja viva, com nome e sobrenome, da qual o sacerdote cuida na sua paróquia ou na missão que lhe é confiada, é ela que lhe dá alegria, quando ele lhe é fiel, quando faz tudo aquilo que deve fazer e deixa tudo aquilo que deve deixar a fim de permanecer em meio às ovelhas que o Senhor lhe confiou: “Apascenta as minhas ovelhas” (Jo 21,16.17).

A alegria sacerdotal é uma alegria que tem como irmã a obediência. Obediência à Igreja na Hierarquia que nos dá, por assim dizer, não somente o âmbito mais externo da obediência: a paróquia à qual sou enviado, as faculdades do ministério, aquele encargo específico... mas também a união com Deus Pai, da qual deriva toda paternidade. Mas também a obediência à Igreja no serviço: disponibilidade e prontidão para servir a todos, sempre e no melhor modo, à imagem de “Nossa Senhora da prontidão” (cf. Lc 1,39: meta spoudes), que acorre a servir a sua prima e está atenta à cozinha de Caná, onde falta o vinho. A disponibilidade do sacerdote faz da Igreja a Casa das portas abertas, refúgio para os pecadores, lar para quantos vivem pelas estradas, casa de cura para os enfermos, acampamento para os jovens, aula de catequese para os pequenos da primeira comunhão... Onde o povo de Deus tem um desejo ou uma necessidade, lá está o sacerdote que sabe escutar (ob-audire) e sente um mandato amoroso de Cristo que o manda socorrer com misericórdia aquela necessidade ou apoiar aqueles bons desejos com caridade criativa.

Aquele que é chamado saiba que existe neste mundo uma alegria genuína e plena: a de ser tomado do povo que ama, para ser enviado a ele como dispensador dos dons e das consolações de Jesus, o único Bom Pastor que, pleno de profunda compaixão por todos os pequeninos e excluídos desta terra, cansados e oprimidos como ovelhas sem pastor, quis associar muitos ao seu ministério para permanecer e agir Ele mesmo, na pessoa dos seus sacerdotes, para o bem do seu povo.

Nesta Quinta-feira Santa peço ao Senhor Jesus que faça descobrir a muitos jovens aquele ardor do coração que faz arder a alegria tão logo alguém tenha a feliz audácia de responder com prontidão à sua chamada.

Nesta Quinta-feira Santa peço ao Senhor Jesus que conserve o brilho alegre nos olhos dos recém ordenados, que partem para se deixar consumir em meio ao povo fiel de Deus, que se alegram preparando a primeira homilia, a primeira Missa, o primeiro Batismo, a primeira Confissão... É a alegria de poder partilhar – cheios de maravilha – pela primeira vez como ungidos, o tesouro do Evangelho e sentir que o povo fiel torna a ungir-te de outra maneira: com os seus pedidos, apresentando-te a cabeça para que o abençoe, apertando-te as mãos, aproximando-te de seus filhos, pedindo por seus enfermos... Conserva, Senhor, nos teus sacerdotes jovens a alegria da partida, de fazer cada coisa como se fosse nova, a alegria de consumir a vida por ti.

Nesta Quinta-Feira sacerdotal peço ao Senhor Jesus que confirme a alegria sacerdotal daqueles que tem muitos anos de ministério. Aquela alegria que, sem desaparecer dos olhos, apoia-se sobre os ombros de quantos suportam o peso do ministério, daqueles padres que se consumiram no trabalho, recolhem as suas forças e se rearmam: “mudam de ar”, como dizem os esportivos. Conserva, Senhor, a profundidade e a sábia maturidade da alegria dos padres adultos. Saibam rezar como Neemias: a alegria do Senhor é a minha força (cf. Ne 8.10).

Enfim, nesta Quinta-Feira sacerdotal, peço ao Senhor Jesus que resplandeça a alegria dos sacerdotes anciãos, sãos ou enfermos. É a alegria da Cruz, que provém da consciência de ter um tesouro incorruptível em um vaso de barro que vai se desfazendo. Saibam estar bem em qualquer lugar, sentindo na fugacidade do tempo o gosto do eterno (Guardini). Sintam, Senhor, a alegria de passar a chama, a alegria de ver crescer os filhos dos filhos e de saudar, sorrindo e com mansidão, as promessas, naquela esperança que não desilude.