Diocese de Afogados da Ingazeira debate desmatamento e exploração de recursos naturais no Pajeú

Seminário, com o título "A Caatinga, Guardiã da Água", ocorreu dentro da 13ª Semeia (Semana do Meio Ambiente).

Diocese de Salgueiro inicia preparativos para Assembleia Diocesana de Pastoral

Preparativos têm início com Assembleia na Área Pastoral São Marcos.

Na solenidade de Corpus Christi, dom Fernando Saburido convida fiéis a serem “Eucaristia” para o próximo

Celebração foi realizada na quinta-feira, 04, na Igreja do Santíssimo Salvador do Mundo – Sé de Olinda/PE.

Dom Antônio Muniz, arcebispo de Maceió, recebe alta médica

Dom Antônio foi internado para cirurgia cardíaca realizada dia 20 de maio.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Natal e natais - Dom Genival Saraiva

O Natal é visto sob várias óticas e com muitas lentes. Visto no tempo, há o Natal das origens, há o Natal em suas manifestações genuínas, em diversas nações e culturais, e há o Natal instrumentalizado de muitas maneiras. O Natal das origens, sem dúvida, tem a marca da simplicidade porque remonta à sua fonte mais autêntica que é a Bíblia. Com efeito, o relato do nascimento de Jesus, em seu Natal em Belém da Judeia, chama a atenção, pela dignidade de suas personagens centrais – Jesus, Maria e José, pela sobriedade do cenário de seu nascimento - uma manjedoura e animais e pela pobreza dos primeiros adoradores - os pastores. (cf. Lc 2,20) No período do Advento e Natal, a leitura do relato bíblico, os rituais litúrgicos e as encenações teatrais falam à razão e tocam o coração das pessoas. De fato, quando visto, compreendido e celebrado nessa ótica, o Natal aprofunda o vínculo da relação divino-humana porque, com a humanização de Jesus no seu Natal, a divinização do homem é alcançada, mediante as graças dos Sacramentos. O Natal também é acolhido hoje através de sinais muito concretos, em relação a causas que dizem respeito a direitos humanos e a conquistas sociais. A celebração do Natal, comumente, é marcada pela nota da solidariedade, como “Natal sem fome”, “Natal da Solidariedade” e outras expressões, nas comunidades.

 Na compreensão do Natal, dentre muitas manifestações culturais, destaca-se o presépio, por seu caráter simbólico. “O presépio é talvez a mais antiga forma de caracterização do Natal. Sabe-se que foi São Francisco de Assis, na cidade italiana de Greccio, em 1223, o primeiro a usar a manjedoura com figuras esculpidas formando um presépio, tal qual o conhecemos hoje. A ideia surgiu enquanto o santo lia, numa de suas longas noites dedicadas à oração, um trecho de São Lucas que lembrava o nascimento de Cristo. Resolveu então montá-lo em tamanho natural, em uma gruta de sua cidade. O que restou desse presépio encontra-se atualmente na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma. Presépio significa em hebraico ‘a manjedoura dos animais’, mas a palavra é usada com frequência para indicar o próprio estábulo. Jesus ao nascer foi reclinado em um presépio que provavelmente seria urna manjedoura, como as muitas que existiam nas grutas naturais da Palestina, utilizadas para recolher animais. Outra versão é que o presépio de Jesus era feito de barro, aproveitando-se uma saliência da rocha e adaptando-a para tal finalidade. Esta é, sem dúvida, a versão mais aceita. (...) No Brasil, em muitos estados do Nordeste, até hoje a montagem dos presépios é acompanhada de danças e festejos conhecidos como Pastorinhas, versões brasileiras dos autos de Natal, que eram encenações do nascimento de Jesus típicas de algumas regiões da Europa, como a Provença, na França. (...) O pastoril é um dos autos natalinos mais animados e cheios de ternura encenados no sertão nordestino. As pastorinhas cantam músicas de homenagem ao ‘Deus Menino’, que chega no dia de Natal.”

Com o passar do tempo, o Natal passou a ser compreendido e tratado como evento social e daí, como corolário, as numerosas comemorações de alcance coletivo, em praças e casas de show. Do Natal primitivo, restam o nome e qualquer coisa mais! Tudo isso contribui para uma crescente desvirtuação do sentido da comemoração do Natal de Cristo.

Como se vê, há o natal do 13º salário, das compras, dos presentes, das viagens, da confraternização, da solidariedade; por sua importância litúrgica, destaque-se o Natal do Senhor na vida dos cristãos!

Dom Genival Saraiva de França é Bispo da Diocese de Palmares - PE; Presidente da Conferência Nacional de Bispos Regional Nordeste 2 (CNBB NE2), Responsável pela Comissão Regional de Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz; Diretor presidente do Conselho de Orientação do Ensino Religioso do Estado de Pernambuco (CONOERPE); Membro efetivo do Conselho Econômico da CNBB NE2.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Nota do Regional Nordeste 2 da CNBB sobre a Nomeação do novo Arcebispo de Natal

Ao ser nomeado pelo Papa Bento XVI para assumir a Arquidiocese de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha, além da expressão de alegria, conta com as preces de seus irmãos Bispos do Regional Nordeste 2, ante o novo horizonte  que se descortina  em sua vida. As experiências acumuladas em seu pastoreio nas Dioceses de Caicó e Campina Grande lhe abrem as portas para o exercício de seu ministério episcopal, diante do extenso campo de trabalho que vai encontrar na Igreja Particular de suas origens. O CONSER-NE 2, o Conselho Episcopal Pastoral (CEP) e a Presidência do Regional Nordeste 2, tendo-o como Bispo referencial da Comissão Regional de Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, desejam-lhe frutuoso pastoral, ao tomar posse, como Arcebispo de Natal – RN, no dia 26 de fevereiro de 2012.

            Ao tornar-se Arcebispo Emérito de Natal, nos termos do Código de Direito Canônico, Dom Matias Patrício de Macedo tem o reconhecimento do Regional Nordeste 2, por sua identificação com a causa da Evangelização que abraçou, com espírito missionário, nas Dioceses de Cajazeiras e Campina Grande e na Arquidiocese de Natal. O Conselho Episcopal Regional, o Conselho Episcopal Pastoral e a Presidência do Regional expressam-lhe sua gratidão, em razão de sua generosa participação em instâncias e momentos diversos da vida pastoral do Regional. Sua presença fraterna e sua participação pastoral continuarão tendo linguagem enriquecedora para todos que fazem o Regional Nordeste 2.
 
 
Recife, 21 de dezembro de 2011
 
Dom Genival Saraiva de França
Bispo de Palmares - PE
Presidente do Regional Nordeste 2
 
Dom Manoel Delson Pedreira da Cruz
Bispo de Caicó -RN
Vice-Presidente
 
Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena
Bispo de Guarabira - PB
Secretário

Papa nomeia novo Arcebispo para Natal


O Papa Bento XVI aceitou a renúncia do Arcebispo Metropolitano de Natal, Dom Matias Patrício de Macêdo, nesta quarta-feira, dia 21 de dezembro, em conformidade com o Código de Direito Canônico, que recomenda que todo Bispo que complete 75 anos de idade deve apresentar renúncia ao cargo. Dom Matias completou 75 anos em 14 de abril de 2011, mês em que apresentou o pedido de renúncia.

O Santo Padre, Papa Bento XVI, nomeou o Bispo de Campina Grande-PB, Dom 
Foto: José Bezerrao

Dom Jaime, nomeado Arcebispo da Arquidiocese de Natal
Jaime Vieira Rocha, como o novo Arcebispo Metropolitano de Natal. A data da posse dia 26 de fevereiro, na Catedral Metropolitana de Natal.

A partir de hoje até o dia da posse, Dom Matias será administrador apostólico de Natal. Nas missas, na oração eucarística, os padres dirão: "pelo nosso bispo eleito Jaime e pelo nosso administrador apostólico Matias".

Dom Jaime Vieira Rocha é natural da Cidade de Tangará-RN, paróquia da Arquidiocese de Natal, onde nasceu em 30 de março de 1947, filho de José Patrício de Melo e Maria Nini Rocha. Fez os estudos de Filosofia e Teologia na Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, em São Paulo-SP. É formado em Ciências Sociais, pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, e IBRADES, no Rio de Janeiro-RJ. Também fez o curso de Atualização para Formadores de Seminários, em Roma, Itália.

Foi ordenado padre no dia 01 de fevereiro de 1975, em Natal-RN. Foi nomeado Bispo da Diocese de Caicó-RN, em 29 de novembro de 1995. A ordenação episcopal aconteceu no dia 06 de janeiro de 1996, na Basílica de São Pedro, em Roma, na Itália, pelo então Papa João Paulo II. Escolheu como lema: “Scio Cui Crediti” (Sei em quem acreditei). Dom Jaime governou a Diocese de Caicó por nove anos – de 1996 a 2005. Em 2005 foi transferido para a Diocese de Campina Grande-PB, onde permaneceu até agora.

No período de 1997 a 2003, Dom Jaime foi o Bispo Referencial da Comissão Episcopal Regional para a Vida e a Família; de 2007 a 2008, acumulou o cargo de Bispo da Diocese de Campina Grande com o de Administrador Apostólico da Diocese de Guarabira-PB. Atualmente é o Bispo Referencial da Comissão Episcopal Regional para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, do Regional Nordeste 2; e membro da Comissão Episcopal para a Amazônia, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Natal em Família - Dom Genival Saraiva

No Advento, a prática pastoral da Igreja no Brasil vivencia a “Novena do Natal” que se incorporou ao calendário e ao coração de milhares de famílias, porque é gerada na força da oração, sustentada pela comunhão fraterna e testemunhada em gestos de partilha solidária. O Natal em família é uma experiência de evangelização da família pela família. Nessas reuniões, marcadas pelo tom da gratuidade, da alegria e da solidariedade, a família fala a si mesma e às outras famílias. Os subsídios da Novena do Natal confrontam a vida da família, da comunidade local e da sociedade com os valores revelados pela Palavra de Deus que Jesus encarnou, plenamente, em sua vinda à terra e em sua missão; há valores também visíveis na realidade revelada nos “fatos da vida” de muitas pessoas, nos mais diversos lugares; a estrela da espiritualidade que, de muitas maneiras, fica ofuscada por muitas práticas, ao longo do ano, fala com o brilho especial da autenticidade.

            É sumamente importante que a Novena do Natal seja vivida com o olhar de Deus sobre a família porque Jesus, ao humanizar-se, nasceu numa família. A santificação dos membros de uma família acontece, primeiramente, no interior do lar, como ensina a Igreja, ao propor à sua imitação o exemplo de um casal italiano, beatificado há dez anos. “Quando um homem e uma mulher se tornam um só no matrimônio, eles deixam de ser vistos como criaturas terrestres: tornam-se a própria imagem de Deus. (...) Nunca houve uma personificação mais plástica destas palavras de São João Crisóstomo do que os cônjuges Luigi e Maria Beltrame Quattrocchi, o primeiro casal beatificado na história da Igreja. Beatos não ‘apesar do casamento’, mas precisamente por causa dele. O casal não foi elevado aos altares por ter fundado alguma congregação missionária, mas simplesmente porque viveu o casamento como um caminho concreto para a santidade e para Deus.” Esse casal é um exemplo de inserção da família na sociedade, mediante presença e atuação responsáveis, porque sua missão “se concretizou no engajamento civil, no respeito pela democracia, pelas instituições, pela cidade, no próprio trabalho (Luigi era advogado e Maria era escritora e enfermeira) em benefício da sociedade, particularmente dos pobres, doentes e aflitos.” Dentre os muitos participantes da Novena de Natal, há advogados, escritores, enfermeiros, professores e muitos outros profissionais que também podem se santificar, através do exercício ético e competente de seu trabalho. “Luigi Beltrame Quattrocchi nos oferece uma imagem do advogado, talvez menos comum hoje em dia, mas essencial para a compreensão da função de quem é ad-vocatus, ‘chamado com’, ‘chamado junto de’, para aqueles que precisam de assistência. Esta belíssima profissão se transforma em serviço puro, humanidade, santidade para a Igreja, se for acompanhada de um inclinar-se diante do homem para compartilhar, para carregar os fardos juntos com os oprimidos, para alegrar-se com aqueles que estão em festa.”

A Novena do Natal revela que a santificação está ao alcance de qualquer casal e de sua família. “Cinquenta anos atrás, o Concílio Vaticano II lançou um apelo à santidade da família e ele se realizou graças aos dois beatos. Precisamos que todas as famílias do nosso tempo, a exemplo deles, também se tornem pequenas igrejas, verdadeiras escolas de oração”. Que a Novena de Natal seja muito proveitosa para os que dela participam e para quem for tocado pelo testemunho dessa experiência.

Dom Genival Saraiva de França é Bispo da Diocese de Palmares - PE; Presidente da Conferência Nacional de Bispos Regional Nordeste 2 (CNBB NE2), Responsável pela Comissão Regional de Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz; Diretor presidente do Conselho de Orientação do Ensino Religioso do Estado de Pernambuco (CONOERPE); Membro efetivo do Conselho Econômico da CNBB NE2.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Morre Monsenhor Assis Pereira


Monsenhor Francisco de Assis Pereira, da Arquidiocese de Natal, faleceu na manhã desta manhã desta terça-feira, 13 de dezembro, na Casa de Saúde São Lucas, onde estava internado desde ontem. O velório acontecerá a partir das 14 horas, na Catedral Metropolitana de Natal, onde haverá missa, amanhã, quarta-feira, às 8 horas. Após a missa, o corpo será conduzido até o Cemitério Vila Flor, na BR 304, onde será sepultado.

Ele nasceu em 12 de abril de 1935, em Santa Cruz (RN), e foi ordenado sacerdote em 13 de abril de 1958.  Em Roma, Itália, fez doutorado em Filosofia e em Teologia.

Na Arquidiocese de Natal, Monsenhor Assis desempenhou várias funções, entre elas pároco das Paróquias de Nossa Senhora Aparecida, em Neópolis, da Sagrada Família, nas Rocas, e de São João Batista, em Lagoa Seca, todas na capital; coordenador da cúria metropolitana, nos governos de Dom Alair Vilar e Dom Heitor Sales; Vigário Geral, no governo de Dom Heitor; Vigário Episcopal para o Clero; Coordenador Arquidiocesano de Pastoral;  diretor do Curso de Teologia do Seminário de São Pedro; coordenador do arquivo; Postulador das causas de beatificação e canonização dos Mártires de Cunhaú e Uruaçu; de beatificação de Dom Vital Maria Gonçalves de Oliveira (Arquidiocese de Olinda e Recife), do Padre Ibiapina (Diocese de Guarabira – PB) e da reabilitação do Padre Cícero. Até recentemente, era capelão da Igreja de São Judas Tadeu, situada na Av. Rodrigues Alves, no Tirol, em Natal. Ele escreveu e publicou dois livros, sendo um sobre a história os Protomártires do Brasil e outro sobre o Beato Mateus Moreira, patrono dos Ministros da Eucaristia. Monsenhor Assis foi também professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN.

               No início deste ano, vinha se submetendo a um tratamento para curar um câncer na garganta. 


Mais informações:
Cacilda Medeiros – assessoria de comunicação da Arquidiocese: 3615-2800 / 9968-6507
José Bezerra – assessoria de comunicação da Arquidiocese: 3615-2800 / 9982-9723

Diocese de Mossoró ganha dois padres


Brasão da Diocese de Mossoró
Neste mês de dezembro, serão ordenados pela imposição das mãos do Bispo Diocesano, Dom Mariano Manzana, os diáconos Francisco Jorge Pascoal e José Robério Holanda. Francisco Jorge será ordenado no dia 17 de dezembro, às 17h, na Capela de São Francisco das Chagas, comunidade da Maisa, em Mossoró. Já o diácono Robério Holanda será ordenado no dia 23 de dezembro, às 17h30, na Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, município de Potiretama, no CE.

Reportagem: Valéria Bulcão / Pascom da Diocese de Mossoró

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Arquidiocese de Natal prepara CF 2012


Pe. Luiz Carlos, assessor da CNBB

A Arquidiocese de Natal promoverá uma formação sobre a Campanha da Fraternidade 2012, dia 15 próximo, das 8 às 12 horas, no Centro Pastoral Dom Heitor de Araújo Sales, na Paróquia de Nossa Senhora da Apresentação, Cidade Alta - Natal. O encontro é destinado aos padres, diáconos, articuladores paroquiais e coordenadores arquidiocesanos das Pastorais da Saúde, da Criança, da Pessoa Idosa, da Sobriedade e HIV/Aids. A atividade será dirigida pelo Padre Luiz Carlos Dias, assessor da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB, para a Campanha da Fraternidade.

            Em 2012, a CF terá como tema: “Fraternidade e Saúde Pública” e como lema: “Que a saúde se difunda sobre a terra”, uma citação do Livro do Eclesiástico. No próximo ano, a Campanha tem o objetivo de promover uma ampla discussão sobre a realidade da saúde do Brasil.

Reportagem: Pascom da Arquidiocese de Natal

Lançamento de livro com artigos de Dom Aldo Pagotto


Na terça-feira, dia 6 de dezembro, às 19h, a Forma Editorial lançou o livro “O Evangelho nos nossos Dias”, no Centro Cultural São Francisco (localizado no Centro de João Pessoa). Trata-se de vários artigos escritos pelo Arcebispo da Paraíba, Dom Aldo di Cillo Pagotto, para os jornais Correio da Paraíba, Jornal da Paraíba e O Norte. O livro foi editado pelo diretor da Forma Editorial, Carlos Roberto de Oliveira, e por Juca Pontes, e tem apresentação do pastor Estevam Fernandes, da Primeira Igreja Batista de João Pessoa.

Na apresentação do livro, o pastor Estevam Fernandes escreveu: “Dom Aldo é uma das figuras mais importantes hoje na história da nossa Paraíba, especialmente porque ele transpõe os limites do religioso e se faz presente nos dramas existenciais do nosso povo. Ouve-se a sua voz delatando as injustiças sociais, clamando por políticas públicas não alimentadoras de assistencialismo decadente, mas voltadas para o desenvolvimento humano, como educação de qualidade e emprego e renda que gerem condições mínimas de vida digna. Dom Aldo é um sacerdote comprometido com o que há de mais precioso sobre a terra: a vida humana”.

 Na solenidade de lançamento houve pronunciamento, além do Arcebispo, do jornalista Carlos Roberto de Oliveira, diretor da Forma Editorial (editora paraibana). Depois coquetel com sessão de autógrafos.

Foram selecionados 117 artigos pelo jornalista Agnaldo Almeida. Com 296 páginas, o miolo foi impresso em papel pólen 90g., a capa 350g., em alto-relevo, com aplicação de verniz UV e laminação fosca.

Cada exemplar custa R$ 30,00 (trinta reais). Está à venda nas principais livrarias do Estado, entre elas a Leitura e a Saraiva, do Manaíra Shopping, e a Livraria do Luiz, no Centro de João Pessoa. Terá também distribuição nacional.

Reportagem e Foto: Pascom Arquidiocese da Paraíba

Arquidiocese de Maceió acolhe Cruz peregrina da Jornada Mundial da Juventude e Ícone de Nossa Senhora


A Arquidiocese de Maceió recebe nos dias 11 e 12 de janeiro de 2012 a Cruz peregrina da Jornada Mundial da Juventude e o Ícone de Nossa Senhora. Organizada por Pe. Valmir Galdino e Setor Juventude, o evento é uma forma de animar a diocese para a participação efetiva do Encontro mundial que acontecerá em 2013 na capital do Rio de Janeiro.

Durante os dois dias de evento estão previstos um Show Católico de Evangelização, uma Procissão Luminosa rumo à Praça dos Martírios e uma carreta para a cidade de Xexéu, em Pernambuco, com Paradas em diversas igrejas; dentre outras atividades.

Mais informações e a programação completa estão disponíveis no site da Arquidiocese: www.arquidiocesedemaceio.org.br/

Reportagem/Foto: Pascom da Arquidiocese de Maceió

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Bispos do RN emitem nota sobre Projeto de Irrigação

Os Bispos do Rio Grande do Norte - Dom Matias Patrício de Macêdo, Arcebispo de Natal; Dom Mariano Manzana, Bispo da Diocese de Mossoró; Dom Manoel Delson Pedreira da Cruz, Bispo de Caicó; e Dom Heitor de Araújo Sales, Arcebispo Emérito de Natal - emitiram nota manifestando a preocupação com projeto de irrigação do DNOCS - Departamento Nacional de Obras Contra a Seca - na região do Rio Grande do Norte chamada Chapada do Apodi, projeto esse em que consta a desapropriação de mais de 13 mil hectares de terras, ocupadas atualmente por pequenos proprietários que desenvolvem a Agroecologia e da Agricultura Familiar.

Na nota, os Bispos afirmam: "Neste momento, como pastores do Povo de Deus, que está sob o nosso cuidado pastoral, somos chamados a ser solidários aos agricultores/as familiares da Chapada do Apodi e a sensibilizar o Governo Federal para REVOGAR o Decreto Nº 0-001 de 10 de Junho de 2011 e abrir diálogo na construção de novo projeto com os recursos já disponibilizados no PAC, que seja capaz de integrar a Chapada e Vale do Apodi visando fortalecer a agricultura familiar camponesa de base agroecologica, incluindo todos os assentamentos que estão nesta região".

Confira abaixo a nota na íntegra:


Nota dos Bispos da Igreja Católica no Rio Grande do Norte
sobre o Projeto de Irrigação do DNOCS para a Chapada do Apodi


A Igreja Católica no Rio Grande do Norte, ao tomar conhecimento do Projeto de irrigação que o DNOCS deseja implantar na Chapada do Apodi, amparado pelo Decreto Nº 0-001 de 10 de Junho de 2011, que torna de utilidade pública 13.855,13 hectares para fins de desapropriação, vem, através de seus Bispos, manifestar a sua preocupação acerca da implementação do referido Projeto.


Todos somos sabedores que, naquela região, se concentram as principais experiências de agroecologia e produção de alimentos da Agricultura Familiar Camponesa do nosso Estado. Essa realidade nos interpela para a consciência de se preservar o modo de viver destas comunidades, bem como a sadia qualidade de vida dessas famílias e do meio ambiente, sem interferir em suas práticas culturais e socioambientais. 

Sabemos da grande importância do aproveitamento das águas da Barragem de Santa Cruz do Apodi, garantindo, em primeiro lugar, o abastecimento humano de todas as comunidades rurais e urbanas da região, como também na utilização para a produção de alimentos saudáveis, sem uso de agrotóxico, geração de emprego, renda, segurança e soberania alimentar para as famílias de agricultores/as familiares. 

Após diálogo com as famílias na região, movimentos sociais, serviços e pastorais sociais da Igreja Católica, que há muitos anos atuam na Chapada do Apodi, compreendemos que a proposta de projeto defendida pelo DNCOS trará enormes prejuízos aos agricultores familiares ali residentes, pois terão de deixar suas casas e as terras, onde vivem há mais de um século, praticando agricultura baseada na agroecologia, para dar lugar a um grupo de empresas cujo modelo de produção baseia-se na monocultura e no uso intensivo de agrotóxico que, como sabemos, contamina a água, a terra e o ar, com consequências graves diretas na saúde das pessoas e no meio ambiente. 

Lamentavelmente, ao alimentar esse padrão de desenvolvimento, o atual governo inviabiliza a justa prioridade que atribuiu ao combate à miséria em nosso país, tendo como eixo estruturante o crescimento econômico pela via da exportação de commodities. Esse padrão gera efeitos perversos que se alastram em cadeia sobre a nossa sociedade. Na Chapada do Apodi, a expressão mais visível da implantação dessa lógica econômica é a expropriação das populações de seus meios e modos de vida, acentuando os níveis de degradação ambiental, da pobreza e da contínua dependência desse importante segmento da sociedade potiguar às políticas sociais compensatórias.

Não temos dúvidas de que esse modelo, aqui adotado desde o início de nossa formação histórica, ganhou forte impulso nas últimas décadas com o alinhamento dos seguidos governos aos projetos expansivos do capital. Materialmente, ele se ancora na expansão do hidro agronegócio e em grandes projetos de infraestrutura implantados para favorecer a extração e o escoamento de riquezas naturais para os mercados globais.

A Igreja Católica, à luz de sua doutrina social, entende que a implantação de um projeto desta magnitude não pode ser motivada por uma lógica meramente econômica e produtivista, que não leva em consideração a proteção da vida humana e da sociobiodiversidade. Não temos o direito de subordinar a agenda do bem viver das comunidades campesinas à agenda econômica do modo de produção e consumo vigente.

Neste momento, como pastores do Povo de Deus, que está sob o nosso cuidado pastoral, somos chamados a ser solidários aos agricultores/as familiares da Chapada do Apodi e a sensibilizar o Governo Federal para REVOGAR o Decreto Nº 0-001 de 10 de Junho de 2011 e abrir diálogo na construção de novo projeto com os recursos já disponibilizados no PAC, que seja capaz de integrar a Chapada e Vale do Apodi visando fortalecer a agricultura familiar camponesa de base agroecologica, incluindo todos os assentamentos que estão nesta região. 

Por fim, pedimos que Nossa Senhora da Apresentação, a Senhora Santana e Santa Luzia, padroeiras de nossas dioceses, intercedam junto a Deus para iluminar nossos governantes, para que promovam o bem comum, a paz e a justiça socioambiental.

Natal-RN, 05 de dezembro de 2011

Dom Matias Patrício de Macedo

Arcebispo Metropolitano de Natal

Dom Mariano Manzana
Bispo de Mossoró

Dom Manoel Delson Pedreira da Cruz
Bispo de Caicó

Dom Heitor de Araújo Sales
Arcebispo Emérito de Natal
Presidente do Seapac



Fonte: José Bezerra de Araújo / Cacilda Medeiros - Pastoral da Comunicação da Arquidiocese de Natal

Cáritas apóia campanha pela Lei de Economia Solidária


O próximo dia 15 é celebrado no País como o Dia da Economia Solidária. Para fortalecer esta luta a Cáritas Brasileira firmou um compromisso para coletar 200 mil assinaturas para o Projeto de Iniciativa Popular, que cria a Política Nacional de Economia Solidária, o Sistema e o Fundo Nacionais de Economia Solidária.  

A proposta é que as 130 entidades-membro que compõem a Rede Cáritas em todo Brasil se mobilizem e articulem suas comunidades, empreendimentos e redes. Cada entidade-membro ficará responsável pela coleta de um determinado número de assinaturas para atingir a meta de 200 mil. 

O objetivo desta campanha é conseguir criar a primeira lei brasileira que reconheça o direito ao trabalho associado e que apóie iniciativas da economia solidária, proporcionando espaços para as pessoas poderem se organizar em cooperação, com justiça e preservação ambiental.

Articulação: No Regional NE2 a coleta de assinatura está acontecendo nos quatro estados - Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte – e nas respectivas entidades-membro acompanhadas pela Cáritas. 

Segundo o coordenador das ações de economia solidária da Cáritas NE2, Ângelo Zanré, o objetivo é estimular a coleta de assinaturas em todo Regional. “Estamos articulando pessoas de referência para animar a campanha nos quatro estados. A proposta é que as entidades-membro coletem as assinaturas em suas respectivas dioceses, bem como encaminhem os materiais coletados para as pessoas de referência, que por sua vez irão enviá-los aos fóruns de cada estado”, explicou.    

Iniciativa: Para que a criação do Projeto de Lei de Iniciativa Popular se concretize deverão ser coletadas, aproximadamente, 1 milhão e 300 mil assinaturas, o que representa 1% do eleitorado brasileiro. 

Conforme a legislação brasileira, para se criar uma Lei de Iniciativa Popular é obrigatório que as pessoas já tenham título de eleitor. O assinante deve preencher todos os dados como: nome completo, endereço, título de eleitor, zona e seção eleitoral, e assinar conforme consta no documento eleitoral.

Caso a pessoa não tenha em mãos o título de eleitor, pode escrever a lápis o nome completo da mãe para que o comitê local resgate no site do Tribunal Superior Eleitoral – TSE o número do título. 

Em cada estado, as referências para assinatura da proposta são os Fóruns Estaduais, Municipais ou Regionais de Economia Solidária. Os contatos dos Fóruns podem ser acessados em: www.fbes.org.br/foruns.

As folhas assinadas devem ser enviadas à secretaria do Forum Brasileiro de Economia Solidária (FBES), no seguinte endereço: SCS Quadra 6 Bloco A - Edifício Arnaldo Villares, sala 514, Brasília/DF – CEP: 70.324-900

Formulário de coleta de assinaturas: http://www.fbes.org.br/?option=com_docman&task=doc_download&gid=1130

Clique e ouça o Spot:   http://www.fbes.org.br/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=1488&Itemid=216

Mais informações: 

Referência em Pernambuco
Ângelo Zanré: (81) 3231-3435 | 9913-5259 - Recife
Bihel Souza: (81) 3721-8719 - Caruaru

Alagoas 
Maria Mafra: (82) 3421-6796 – Palmeira dos Índios
Jairo José: (82) 3223-3290 – Maceió

Paraíba  
Anchieta de Assis: (83) 3421-2250 – Patos
Luciene Martins: (83) 3253-9372 – João Pessoa

Rio Grande do Norte
Kilza Gomes: (84) 3615-2800

Diocese de Guarabira lança II Plano de Pastoral


A Diocese de Guarabira-PB, lançou oficialmente na manhã desta terça-feira (06), durante a reunião do clero, na Cúria Diocesana, o texto base do II Plano Diocesano de Pastoral 2012-2015, com o tema: “Partir de Cristo para a missão, suscitando  Vida em Comunidade".

O subsídio é apresentado em forma de um livreto com 32 páginas, e composto por cinco partes: Nossa História, A Luz que nos ilumina, Novos Rumos para o Caminho, Recomendações e o Planejamento para 2012
O Plano Diocesano de Pastoral foi trabalhado e aprovado, durante a 10ª Assembleia Diocesana de Pastoral, realizada nos dias 18 e 19 de novembro de 2011, em Santa Fé. É o resultado do trabalho realizado na Diocese entre os anos 2009 e 2011, quando se pensou as prioridades, a atenção especial às comunidades, e do recente estudo das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2011-2015 (CNBB, Doc. 94), após as Regiões Pastorais, Paróquias, Áreas Pastorais, movimentos, pastorais e grupos terem respondido sobre as Urgências e sugerirem as ações. 

No texto de apresentação, o Bispo Diocesano, Dom Lucena, chama à atenção: “O Plano de Pastoral não é um subsídio optativo para ser usado por quem quer que seja ou deseja. Ele é um documento oficial para conduzir-nos todos a um serviço de comunhão pastoral, condição fundamental para o testemunho do nosso discipulado missionário”, e destaca que a grande proposta é a conversão pastoral, transformando a Igreja em uma comunidade acolhedora, cheia de um amor vivo a Jesus e à sua Palavra.

Fonte: Pascom da Diocese de Guarabira


Diocese de Cajazeiras ganha quatro novos Diáconos




Neste dia 12 de dezembro, festa litúrgica de Nossa Senhora de Guadalupe, às 17h serão ordenados diáconos quatro seminaristas estagiários da Diocese de Cajazeiras - PB, através da imposição de mãos e prece de ordenação de Dom José González Alonso, bispo diocesano.

Os candidatos ao diaconato são Antonio Neto da Silva da cidade de Cachoeira do Índios-PB; Antônio Sérgio Mota da Silva de Santa Helena-PB; José Wandemberg Ferreira da Silva (Coordenador Diocesano da PASCOM) de Santa Cruz-PB e Severino Elias Neto de São Francisco-PB.

Fonte: Wandemberg Ferreira - Pascom Diocese de Cajazeiras

Festa da Imaculada - Dom Genival Saraiva

A Igreja Católica celebra a Imaculada Conceição de Maria. Para os católicos, essa verdade foi proclamada como Dogma de fé pelo Papa Pio IX, no dia 8 de dezembro de 1854. Convém compreendê-la nas palavras da Bula papal Ineffabilis Deus: “A doutrina que sustenta que a beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante da sua Conceição, por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda mancha de pecado original, essa doutrina foi revelada por Deus, e por isto deve ser crida firme e inviolavelmente por todos os fiéis.” À proclamação desse dogma, segue-se uma palavra de advertência do Papa a quem o negar: “Portanto, se alguém (que Deus não permita!) deliberadamente entende de pensar diversamente de quanto por Nós foi definido, conheça e saiba que está condenado pelo seu próprio juízo, que naufragou na fé, que se separou da unidade da Igreja, e que, além disso, incorreu por si, ‘ipso facto’, nas penas estabelecidas pelas leis contra aquele que ousa manifestar oralmente ou por escrito, ou de qualquer outro modo externo, os erros que pensa no seu coração. (...) Ninguém, portanto, se permita infringir este texto da Nossa declaração, proclamação e definição, nem contrariá-lo e contravir-lhe. E, se alguém tivesse a ousadia de tentá-lo, saiba que incorre na indignação de Deus onipotente e dos bem-aventurados Pedro e Paulo, seus apóstolos.” Por isso, a piedade popular que, na tradição católica, sempre exprimiu sua fé nessa verdade, manifesta-a na forma mais simples e mais profunda de sua invocação: “Ó Maria, concebida sem pecado original, rogai por nós que recorremos a vós.”

Um dogma de fé, em princípio e de fato, não é uma verdade de compreensão simples porque a natureza do seu conteúdo não é objeto de investigação da razão; porém, mesmo não alcançando a sua compreensão, a razão humana nunca vai encontrar contradição no seu conteúdo. “Esta verdade de fé não é fácil de entender! No entanto, é símbolo do amor supremo de Deus que deseja fazer ‘amizade’ com o homem. Após o pecado, de fato, Deus prometeu colocar inimizade entre a mulher e o mal (representado pela serpente), e os seus descendentes. Com a vinda de Cristo essa promessa se realizou. A Mãe do Messias não poderia nunca ter sido a amiga da serpente. E para a missão de mãe do Salvador, Deus lhe concedeu uma graça antecipada em vista de toda a obra de Cristo salvador e redentor que graças ao sim de Maria estava prestes a acontecer. (...) Assim, a celebração deste dogma, como todos os dogmas marianos, quer exaltar primeiramente a Cristo. É útil para melhor compreender o verdadeiro caráter da obra de nossa redenção: a universalidade e a potência mediadora de Cristo.”

Nos dogmas da Conceição Imaculada de Maria, da sua Virgindade, da sua Maternidade divina e da sua Assunção sobressaem, antes de tudo, o poder e o amor de Deus, mas, ao mesmo tempo, evidenciam-se as virtudes com as quais Deus a distinguiu, na sua condição de Filha de Deus Pai, Mãe de Deus Filho e Esposa do Espírito Santo, como rezam os fiéis católicos. O beato João Paulo II, no seu rico magistério mariano, que é uma transparência de sua devoção filial, ensinou: “As virtudes dela estão em consonância com a concepção de Jesus, com a sua responsabilidade para fazer crescer em ‘santidade e graça’ aquela criança, com seu caminho de fé que progredia no seguimento de Cristo, até o momento da cruz e a alegria da ressurreição. Maria é a mulher rica de virtudes, porque é plenamente ‘mulher’, ou seja, é aquela que viveu plenamente a vida humana.”

A cada ano, a celebração da Imaculada Conceição é um tempo de graça, alegria e festa para os fiéis católicos.

Dom Genival Saraiva de França é Bispo da Diocese de Palmares - PE; Presidente da Conferência Nacional de Bispos Regional Nordeste 2 (CNBB NE2), Responsável pela Comissão Regional de Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz; Diretor presidente do Conselho de Orientação do Ensino Religioso do Estado de Pernambuco (CONOERPE); Membro efetivo do Conselho Econômico da CNBB NE2.

Diocese de Caicó realiza Assembleia de Pastoral



Nos dias 18 a 19 a diocese de Caicó(RN) realizou sua Assembleia Diocesana que discutiu o tema “Está e a graça e a vocação da igreja: Ela existe para Evangelizar. Bento XVI que definiu as linhas de ação pastoral para o período 2011 a 2015. Após a oração inicial as palavras de abertura do Bispo Diocesano Dom Delson ressaltou “que a Assembleia é um momento especial de unidade e comunhão, momento de escuta da palavra de Deus e juntos em clima  de oração procuramos meios para a ação pastoral, queremos assumir as linhas principais para o plano de pastoral para os próximos anos, levando-se em conta as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, com base na pesquisa feita em 2011 sobre a situação da Igreja de Jesus Cristo no Seridó”. Conclui refletindo a luz do documento de Aparecida.

Em seguida o Pe. Amaurilo apresentou as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora ( DGAE 2011-2015), enfocando dentre outras temáticas as cinco  urgências apontadas no documento: 1)Igreja em estado permanente de missão; 2)Igreja: casa da iniciação cristã; 3)Igreja: lugar de animação bíblica da vida e da pastoral; 4) Igreja: comunidade de comunidades; 5)Igreja a serviço da vida plena para todos. 

Através das cinco urgências, a Diocese em comunhão com a Igreja do Brasil caminhará na mesma direção. Em seguida Arlúcio apresentou os dados consolidados da pesquisa realizada na Diocese, fazendo algumas reflexões sobre os dados levantados, seguido de um Trabalho em Grupo por zonal para elaboração de um Plano de Ação, com olhar no Diagnóstico e nas Diretrizes Gerais da Igreja no Brasil. O primeiro dia teve o encerramento com a Santa Missa.

A manhã do sábado, após a oração inicial foi realizada a plenária com apresentação dos Planos de Ação por zonais que após apreciação da assembléia ficou assim definido como prioridades para o Plano de Pastoral 2011 a 2015: 

ANO – 2012
TEMA: Ano Diocesano da Fé c
METAS: Família; Iniciação Cristã; Dízimo; Formação Bíblico - Doutrinal 
ÂMBITO: PESSOA

ANO - 2013
TEMA: Ano da Juventude
METAS: Infância-Adolescência e Juventude -  Primeira Eucaristia e Crisma) 
ÂMBITO: COMUNIDADE

ANO - 2014
TEMA: Pastoral Urbana
METAS: Comunicação, Universidade, Territoriedade das Paróquias
ÂMBITO: SOCIEDADE

Os planejamentos das ações na assembléia permearam as Diretrizes para que as urgências se concretizem em cada um dos específicos contextos, levando-se em consideração os dados consolidados do questionário após pesquisa realizada em 2011 na Diocese.  Ficam, assim, respeitadas duas características indispensáveis da Igreja: a unidade e a diversidade.  

Ainda foi atualizada as comissões diocesanas e o Calendário Diocesano 2012. A assembleia definiu como  prioridade para 2012 o Ano Diocesano da Fé  e metas  Família, Iniciação Cristã, Dízimo e Formação Bíblico Doutrinal . 

Que a Trindade Santa, a comunidade perfeita, seja nossa inspiração e força, para que nos empenhemos, a exemplo da Mãe de Jesus, com fidelidade e perseverança, na realização dos propósitos definidos e assumidos pelo Povo de Deus em Assembleia.

Fonte: Lucinete Araújo –  Pascom - Diocese de Caicó

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Vindas de Cristo - Dom Genival Saraiva

No início e no término do Ano Litúrgico, em sua sabedoria materna, a Igreja coloca na oração dos fiéis a reflexão sobre a questão da finitude das realidades temporais e da pessoa humana, em face das “coisas futuras” (Escatologia). As coisas criadas, embora finitas e tendo o mesmo Deus como seu criador, não têm a mesma destinação. Com efeito, há coisas que simplesmente passaram, passam ou hão de passar, mesmo consideradas estupendas, em sua grandeza, como a imensidão dos mares, em sua harmonia, como o sistema interplanetário, em sua história, como milenares obras arquitônicas. As coisas materiais passam com o desgaste natural ou pela destruição provocada pelas mais variadas causas.

Há criaturas, perfeitas na sua ordem, por serem dotadas de um “princípio vital”, expressão usual na psicologia escolástica para se referir à alma, que não subsistem, não sobrevivem, ao dar-se o fenômeno da morte, como ocorre no “reino animal”. Entre as criaturas, uma não se esgota no espaço e no tempo: a pessoa humana que não passa, apesar de sua finitude. Eis o grande diferencial na criação: o ser humano. Apenas concebido, como embrião, é mais importante do que o “urso polar em extinção”, no Alaska, de “tartarugas de esporas africanas (...) em risco de extinção” ou de mico-leão-dourado, “em risco de extinção”, no Brasil. Concebido com anencefalia, o embrião, em vista de seu desenvolvimento e nascimento, tem direito a mais cuidados, por parte da família e dos profissionais da saúde, do que aquele dispensado por ambientalistas e biólogos à desova de tartarugas: “uma tartaruga gigante foi flagrada em processo de desova na praia da Pedra do Sal”, no Piauí.

O mundo criado tem uma importância inquestionável, precisamente, porque “vem das mãos de Deus”; por isso, Santo Tomás de Aquino, em “sua obra põe os fundamentos sólidos de uma teologia das realidades terrestres, em respeito aos valores humanos”. Na interação harmoniosa que estabeleceu no paraíso, conforme o ensinamento do Gênesis, Deus colocou o ser humano num estado de supremacia, em relação às demais criaturas, distinguindo-o com muitos dons: a graça santificante, a imortalidade, a ausência de sofrimento, o conhecimento de sua condição e responsabilidade. O pecado original, porém, trouxe consequências para o homem e para o mundo: a perda da graça santificante, tensão no relacionamento entre o homem e mulher, hereditariedade do pecado original, luta pela subsistência, com o “suor do rosto”, rompimento da harmonia com a criação.

A primeira vinda de Cristo ao mundo, como Redentor, cujo mistério a Igreja celebra nesse tempo de Advento, deu-se em razão do pecado original. Como ensina a doutrina católica, a humanização de Cristo o assemelha ao homem, em tudo, à exceção do pecado: “De fato, não temos um sumo sacerdote incapaz de se compadecer de nossas fraquezas, pois ele mesmo foi provado em tudo, à nossa semelhança, sem todavia pecar.” (Hb 4,15)

A segunda vinda de Cristo será para “julgar os vivos e os mortos”, dada a sua vocação de eternidade, a condição de imortalidade e a graça da ressurreição, como reza a Igreja na oração do “Creio”. A vida eterna é a mais profunda experiência de comunhão da pessoa humana com Deus. “Que prazer estar ali, no reino celeste, sem medo da morte, tendo a vida para sempre! Que imensa e inesgotável felicidade”. (São Cipriano, bispo e mártir, séc. III). Esse é o Natal da eternidade que a humanidade espera!

Dom Genival Saraiva de França é Bispo da Diocese de Palmares - PE; Presidente da Conferência Nacional de Bispos Regional Nordeste 2 (CNBB NE2), Responsável pela Comissão Regional de Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz; Diretor presidente do Conselho de Orientação do Ensino Religioso do Estado de Pernambuco (CONOERPE); Membro efetivo do Conselho Econômico da CNBB NE2.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Dom Genival Saraiva entrega carta ao governador do estado de Pernambuco

Confira abaixo a carta entregue por Dom Genival Saraiva de França, Presidente da CNBB Regional Nordeste 2 e Bispo da Diocese de Palmares-PE, ao governador do estado de Pernambuco, Eduardo Campos, por ocasião da reunião do Conselho de Desenvolvimento Social e Econômico de Pernambuco (CEDES), no dia 29 de novembro.




Recife, 29 de novembro de 2011



Senhor Governador Eduardo Campos,

            Reconhecidamente, o Estado de Pernambuco vive um momento especial, no contexto nordestino e nacional, no tocante a políticas públicas e iniciativas do mundo empresarial, voltadas para o desenvolvimento social e econômico. De imediato, salta aos olhos a efervescência da construção civil, notadamente, no Complexo ou no entorno do Suape, com grandes obras, executadas e em andamento. Sem dúvida, está sendo traçado um novo perfil do Estado de Pernambuco que vai se incorporar à história de sua economia.

            Não é por casualidade, é por sua causalidade que o desenvolvimento social e econômico é mais visível, se faz mais pujante em determinados centros, via de regra, nos grandes centros políticos, administrativos e empresariais. Em Pernambuco, a situação não é diferente e vários fatores favorecem e contribuem para o desenvolvimento de alguns de seus polos, segundo a vocação de sua economia. No caso da Região Metropolitana do Recife, a proximidade dos centros universitários, tecnológicos, industriais, comerciais e a geografia portuária, por certo, foram fatores determinantes para a instalação do Complexo do Suape. Como se sabe, o desenvolvimento social tende a ser concentrado nos polos econômicos e dele usufruem indivíduos e grupos, de conformidade com seu talento pessoal, sua origem familiar, sua história política e, em alguns casos, sua ficha partidária.

Uma causa em discussão no Congresso Nacional, atualmente, e também constante na agenda do Governo Federal e dos Governos estaduais, visando a distribuição de Royalties do petróleo, “de forma igualitária entre todos os Estados e municípios do país”, é uma medida de justiça social que, pouco a pouco, vai contribuir para a redução da desigualdade social no Brasil. O Senhor é um dos baluartes dessa causa, Governador. Sabemos que o seu olhar de governante contempla Pernambuco como um todo e seu olhar socialista leva em consideração a situação de áreas mais necessitadas do Estado e de segmentos desvantajados da população. Há alguns anos, citava-se Manari como um dessas áreas desvantajadas: “Manari, no sertão de Pernambuco, assusta pelos números. Segundo a classificação do PNUD, o município tem o menor IDH-M (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) do Brasil. A renda per capita média de R$ 30,43 mensais só não é inferior, entre 5.507 municípios do país, à da recordista Centro do Guilherme, no Maranhão, com R$ 28,38.” Confesso que não tenho dados atualizados sobre a situação de Manari, mas presumo que não deve ter havido uma mudança substancial em seu perfil. Não sei se há “Manaris” no Agreste. Conheço “Manaris” na Mata Sul que subsistem com a aposentadoria das pessoas idosas e com os contratos temporários nas Prefeituras, opção predominante de seus Prefeitos, em lugar dos empregos estáveis, assegurados pelo Concurso Público.

Como cidadão pernambucano, por uma cidadania adquirida por Título da Assembleia Legislativa, como Bispo de Palmares e como membro do CEDES, permita-me, Senhor Governador, levantar, formalmente, um problema porque, a meu ver, esse é o melhor espaço, dada a natureza deste Colegiado. Este é o problema: de que forma os rendimentos econômicos, gerados no Complexo do Suape e em outras áreas do Litoral, onde estão se localizando grandes conglomerados, podem se tornar benefícios sociais para os segmentos desvantajados e áreas necessitadas de Pernambuco? “Mutatis mutandis” (“Mudadas as coisas que devem ser mudadas”), uma política pública de seu Governo, no sentido de estender os benefícios financeiros do Complexo do Suape a populações e áreas em desvantagem social e econômica, no Estado de Pernambuco, se assemelharia à política da extensão dos Royalties aos Estados e Municípios do Brasil. Sua visão e decisão de estadista, seu qualificado quadro de auxiliares, a contribuição de membros da sociedade civil, como este Colegiado, e a participação institucional do Poder Legislativo encontrarão os mecanismos para implementação dessa política de justiça social, embasada numa pertinente legislação fiscal e tributária, que assegure aos mais necessitados os direitos fundamentais da cidadania. No meu ponto de vista, se não forem adotadas políticas públicas, na linha da justiça social, seguramente, o presente e o futuro registrarão uma acentuada desigualdade social da população que se encontra na Região Metropolitana e em outras áreas do Estado.

Graças à democrática e sadia alternância de personagens à frente do Poder Executivo, o tempo constitucional de Governo tem data para começar e terminar. Positiva ou negativamente, ficam marcadas as intervenções de governantes, pela continuidade ou pelo abandono de determinadas políticas públicas. Em Pernambuco, a concepção e a continuidade das obras do Complexo do Suape é um exemplo de maturidade administrativa, em Governos sucessivos, entre os quais está o seu, Governador Eduardo Campos. Com certeza, a adoção de uma política de socialização dos benefícios desse Complexo industrial e comercial da Região Metropolitana e de seu entorno tem um grande alcance social, ao invés de se converter num fator a mais de concentração de renda. Sem dúvida, se adotada, antes de terminar o seu segundo mandato, essa política de Governo se tornaria uma das marcas de sua administração, por assegurar a sua continuidade, em favor da população de Pernambuco.

Os latinos, em sua sabedoria e com sua conhecida capacidade de síntese, diziam: “Verba volant, scripta manent” (“As palavras voam, os escritos permanecem”). Por isso, Senhor Governador, passo às suas mãos esse escrito que expressa o que penso e o que esperam de seu Governo segmentos da população e áreas de Pernambuco que estão em desvantagem social.



Dom Genival Saraiva de França
Bispo de Palmares
Presidente do Regional Nordeste 2 da CNBB
Membro do CEDES