O Papa deixou o Vaticano, às 9h locais, e viajou de helicóptero até o campo esportivo de San Marino di Carpi, em Modena, no nordeste da Itália, aonde chegou às 10h15. Com esta visita, de apenas duas horas, Bento XVI quis levar pessoalmente a sua solidariedade à população local, atingida por uma série de terremotos no mês de maio.
Bento XVI foi recebido no local pelo chefe do Departamento da Defesa Civil, Franco Gabrielli, que o acompanhou com uma ‘van’ até Rovereto di Novi, onde se encontra a chamada ‘zona vermelha’, junto à igreja de Santa Catarina de Alexandria. Na comitiva do Pontífice estavam o seu secretário pessoal, Mons. Georg Gaenswein, e o substituto da Secretaria de estado, o Arcebispo Angelo Becciu.
Às 10h50, o Papa fez um discurso à população, reunida na praça da cidade com autoridades civis, bispos, párocos e membros da comunidade católica local.
Bento XVI disse ter estado sempre próximo com suas orações do povo daquela região e que sentiu desde os primeiros dias do terremoto o impulso de visitá-lo. “Meu coração está perto dos seus, para consolá-los, encorajá-los e sustentá-los” – iniciou.
Continuando, o Papa saudou o Cardeal-arcebispo de Bolonha, Dom Carlo Caffarra, por suas palavras de carinho e todos os voluntários, irmãos bispos, sacerdotes e representantes das realidades religiosas e sociais que oferecem um testemunho concreto de solidariedade e unidade.
O Papa falou que sabia das dificuldades materiais e das provações morais pelas quais passavam e mencionou também sua tristeza pela perda de muitos edifícios simbólicos, dentre os quais várias igrejas. Em Rovereto di Novi, o desabamento de uma delas causou a morte do pároco, Pe. Ivan Martini.
O Papa encorajou a população na obra de reconstrução, garantindo que “o povo não ficará sozinho”:
“Sobre as ruínas do pós-guerra, não só materiais, a Itália foi reconstruída certamente graças também às ajudas recebidas, mas principalmente graças à fé de tanta gente animada pelo espírito da verdadeira solidariedade, pela vontade de dar um futuro às suas famílias, um futuro de liberdade e de paz”.
A seguir, Bento XVI lançou um apelo às instituições, exortando “todo cidadão a ser, em meio às dificuldades, como o bom samaritano do Evangelho, que não passa indiferente diante de quem está precisando, mas com amor se inclina e assume até o fim as necessidades do próximo”.
“A Igreja está com vocês e estará com vocês com as preces e a ajuda concreta de suas organizações, de modo especial com a Caritas, empenhada também na reconstrução do tecido social das paróquias”.
Terminando, Bento XVI abençoou a todos assegurando ter em seu coração todo o povo daquela região com muito carinho.
Fonte: Rádio Vaticano
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