quinta-feira, 26 de abril de 2012

Em coletiva de imprensa, dom Flávio Giovenale fala sobre Projeto Haiti

Logo após o terremoto ocorrido no Haiti em 12 de janeiro de 2010, que deixou mais de 230 mil pessoas mortas, 300 mil feridos e um milhão e meio de desabrigados, a igreja se mobilizou como executora de uma série de ações emergenciais de ajuda aos haitianos. À frente de boa parte dessas ações, está a Cáritas Brasileira, presidida pelo bispo de Abaetetuba (PA), dom Flávio Giovenale, que hoje, 25, concedeu entrevista coletiva na 50ª AG dos bispos do Brasil.

Dois anos após a tragédia que devastou o Haiti, a Cáritas continua dando pleno prosseguimento a ações de curto, médio e longo, prazo. “Na primeira fase, a igreja se mobilizou como braço executivo de ações emergências, como a distribuição de água, alimentos, remédios, e roupas”, explicou dom Flávio Giovenale.

Posteriormente a essa fase mais emergencial, a Cáritas Brasileira em colaboração com a Cáritas do Haiti, se concentrou nos projetos a longo prazo, a começar pela reconstrução dos bairros residenciais. “Foi elaborado um plano de ação para reconstrução de casas e escolas”, descreveu o bispo, que lembrou que até a educação dependia de organismos não governamentais. “Na prática não existe um ministério da educação, a alfabetização ficava nas mãos das paróquias e comunidades eclesiais”, disse.

Outra prioridade foi garantir o acesso à saúde, tanto nos atendimentos ambulatórias, como nos tratamentos de prevenção. “A maioria dos ambulatórios ainda funciona debaixo de tendas, mas estamos partindo para construção de ambulatórios para atender a população com mais qualidade”, afirmou.

Há também a questão da segurança alimentar. “A Cáritas Brasileira atua dando treinamento à população em um centro profissional agrícola, para qualificar as pessoas para produção agrícola”, mencionou o bispo, citando a necessidade de doações para os projetos de reconstrução.

De acordo com dom Giovenale, o próximo passo é dialogar com os com os haitianos e definir as próximas medidas a serem tomadas. Mas ainda há a necessidade de se suprir as necessidades básicas da população. “Estamos ainda na fase de “dar o peixe”, porque senão morre-se de fome”, ilustrou, fazendo alusão ao popular questionamento do “dar o peixe ou ensinar a pescar”.

Fonte: CNBB

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