terça-feira, 24 de abril de 2012

Celebração Eucarística recorda bispos falecidos


A Santa Missa desta terça-feira, 24, da 50ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) recordou os bispos falecidos desde a última Assembleia Geral, realizada no ano passado.

Na celebração, que foi presidida pelo bispo de Mossoró (RN), dom Mariano Manzana, foram acesas velas em memória por cada um dos bispo falecido.

Por ocasião de sua Assembleia Geral, a CNBB alimenta em seus momentos orantes a vida e o ministério dos seus membros e faz a oração de Ação de Graças pela nomeação de novos bispos, a oração de gratidão pelo ministério dos bispos eméritos e a oração em sufrágio dos bispos falecidos.

No início da eucaristia, o arcebispo de Uberaba (MG), dom Paulo Mendes Peixoto, afirmou que a vocação de cada bispo falecido sempre esteve a serviço da CNBB e do povo de Deus.

“Foram pastores que dedicaram suas vidas a Deus e ao seu povo. Hoje queremos colocar suas vidas nas mãos de Deus. Que possam rezar por nós para que possamos ser instrumento de construção do Reino de Deus”, afirmou.

Dom Paulo Mendes ainda afirmou que todos os 10 bispos recordados nesta celebração foram lideranças que entregaram suas vidas a Deus e as suas dioceses, paróquias e comunidades.

Em sua homilia, dom Mariano ressaltou que esta celebração é um momento de memória que nunca faltou nas Assembleias da CNBB tanto em Itaici quanto em Aparecida.

“Conforme a leitura do Ato dos Apóstolos, Estevão nos dá um testemunho de coragem. Hoje ele nos traz um grande exemplo de sua comunhão com Deus”, afirmou.

Dom Mariano afirmou que a exemplo de Estevão, os bispos recordados na celebração de hoje foram homens de fé e de coragem.

“Como Estevão, os nossos irmãos recordados hoje foram homens de coragem e verdadeiros pastores da nossa Igreja”, acrescentou.

O bispo de Mossoró recordou, em especial, dois bispos que dedicaram suas vidas a Igreja e ao povo de Deus.

“Convido a todos, especialmente a seus sucessores e diocesanos, a recordar a história de dedicação de dois irmãos em particular: dom Clemente Isnard e dom José Freire”, afirmou.

Dom Mariano afirmou que dom Clemente Isnard se dedicou aos trabalhos da CNBB como vice-presidente da Conferência e em suas inúmeras atividades, tendo destacada atuação no Concílio Ecumênico Vaticano II em relação à liturgia.Sobre o seu sucessor, o bispo emérito de Mossoró (RN), dom José Freire, dom Mariano ressaltou a grande atuação junto a comunidade.

“Me lembro de seus forte acolhimento quando cheguei ao Brasil. Ainda ressoa nos meus ouvidos o seu convite a não ter pressa e a não desanimar perante as dificuldades”, afirmou dom Mariano.

Dom Mariano lembrou o período difícil de pastoreio dos bispos durante o período do regime militar no Brasil e da coragem de enfrentar todos os obstáculos.

“Foram períodos difíceis em que a Igreja passou por grandes transformações como durante o Concílio Ecumênico Vaticano II, onde fazíamos a opção pelos pobres e excluídos. Durante o episcopado de dom José Freire dominava no Brasil o regime militar e a Igreja sempre com posições firmes foi perseguida, mas ele nunca desanimou”, afirmou Dom Mariano.

O bispo de Mossoró acrescentou que a virtude da esperança dá sentido a vida dos cristãos em sua caminhada e necessária certeza para superar as dificuldades que se apresentam no seu cotidiano, na busca da salvação que está experimentada na eternidade.

Fonte: CNBB

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