Em seu pontificado, o Beato João Paulo II se identificou com as multidões e com grupos humanos. A juventude foi um desses grupos a cujo coração falou o Papa Wojtyla, mesmo quando eram visíveis o seu envelhecimento e sua enfermidade. A Jornada Mundial da Juventude é uma criação do seu fértil pastoreio junto à juventude. O histórico da JMJ revela a sensibilidade missionária de João Paulo II, ao dirigir-se à juventude. “A Jornada Mundial da Juventude foi criada pelo Papa João Paulo II em 1985, e consiste numa reunião de centenas de milhares de pessoas católicas, sobretudo jovens. O evento é celebrado a cada dois ou três anos, numa cidade escolhida para celebrar a grande jornada em que participam pessoas do mundo inteiro. (...) Apesar de ser proposta pela Igreja Católica, é um convite a todos os jovens do mundo. (...) A Jornada Mundial da Juventude foi celebrada pela primeira vez, de maneira oficial, no Domingo de Ramos de 1986, em Roma. (...) A cidade canadense de Toronto foi o palco do encontro de 2002 onde 800 mil pessoas encontraram-se para a última Jornada com o peregrino João Paulo II. (...) A Jornada entre os dias 16 e 21 de Agosto de 2005 em Colônia na Alemanha (...) foi a primeira após a morte do Papa João Paulo II. O evento foi presidido pelo Papa Bento XVI na que foi a primeira viagem internacional do seu pontificado, e em que mais de um milhão de jovens se ajoelharam junto com o Papa na vigília de 20 de agosto. Nem a variedade de línguas, culturas, distanciaram os jovens uns dos outros. (...) No ultimo dia da Jornada Mundial da Juventude em Madri o papa Bento XVI anunciou a cidade brasileira do Rio de Janeiro como próxima sede do mega evento católico em 2013.”
João Paulo II associou dois símbolos da fé católica à JMJ. “A cruz de madeira de 3,8 metros foi construída e colocada como símbolo da fé católica, perto do altar principal na Basílica de São Pedro durante o Ano Santo da Redenção (Semana Santa de 1983 à Semana Santa de 1984). No final daquele ano, depois de fechar a Porta Santa, o Papa João Paulo II deu essa cruz como um símbolo do amor de Cristo pela humanidade. (...) Em 1994 a Cruz começou um compromisso que, desde então, se tornou uma tradição: sua jornada anual pelas dioceses do país sede de cada JMJ internacional, como um meio de preparação espiritual para o grande evento. (...) Em 2003, o Papa João Paulo II deu aos jovens um segundo símbolo de fé para ser levado pelo mundo, acompanhando a Cruz da JMJ: o Ícone de Nossa Senhora, ‘Salus Populi Romani’ (...) ‘Hoje eu confio a vocês o Ícone de Maria. De agora em diante ele vai acompanhar as Jornadas Mundiais da Juventude, junto com a Cruz. Contemplem a sua Mãe! Ele será um sinal da presença materna de Maria próxima aos jovens que são chamados, como o Apóstolo João, a acolhê-la em suas vidas’.”
Estes símbolos da Jornada Mundial da Juventude peregrinam pelas Dioceses brasileiras, desde setembro de 2011, como preparação para a Jornada que se realizará na cidade do Rio de Janeiro, no período de 23 a 28 de julho de 2013. Segundo o calendário da peregrinação, as 21 Arqui/Dioceses do Regional Nordeste 2 acolhem a Cruz e o Ícone de Nossa Senhora, começando no dia 10 de janeiro e terminando no dia 17 de fevereiro. Cada Diocese organiza a sua programação, de conformidade com o cronograma da peregrinação, observando “três grandes eixos: a celebração, a formação e a ação social”. Com certeza, a presença dos símbolos da JMJ é uma experiência de rica evangelização para a juventude e um tempo de graça para a família diocesana.
Dom Genival Saraiva de França é Bispo da Diocese de Palmares - PE; Presidente da Conferência Nacional de Bispos Regional Nordeste 2 (CNBB NE2), Responsável pela Comissão Regional de Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz; Diretor presidente do Conselho de Orientação do Ensino Religioso do Estado de Pernambuco (CONOERPE); Membro efetivo do Conselho Econômico da CNBB NE2.
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