A Igreja Católica mexicana denunciou este domingo que o sistema econômico do México gerou pobreza extrema, desemprego, baixos salários, discriminação e migração forçada – o que recrudesceu a violência no país.
No editorial da revista “Desde la fe”, o Arcebispado de Cidade do México afirma que é preciso levar em conta os fatores de pobreza extrema e de exclusão social que persistem na maior parte da população mexicana e que constituem "um meio de violência e ódio". Para a Igreja, esses fatores dependem do sistema econômico que rege o país.
Em especial, a Arquidiocese cita a Convenção contra a Delinquência Organizada promovida pelas Nações Unidas em 2000, como um "magnífico instrumento jurídico que necessita ser assumido por todos os Estados signatários". O editorial afirma que a violência criminal é responsável a cada ano pela maior quantidade de vítimas por morte violenta no mundo e pode se tornar num grave fator desestabilizador que pode colocar à prova inclusive as instituições do Estado, como está ocorrendo no México.
"As ações contra a delinquência têm de ser realizadas sempre no respeito dos direitos humanos e nos princípios de um Estado de direito", precisou a Arquidiocese de Cidade do México, citando o discurso de Bento XVI aos membros da Interpol, que foram recebidos em audiência no Vaticano nos dias passados.
Fonte: Rádio Vaticano
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