A propósito da carta de Reginaldo Veloso – “Pior que a expulsão do país, a exclusão da memória da sua Igreja!”, divulgada na Semana do Jubileu da Diocese de Palmares, julgo necessário esclarecer os pontos levantados e acrescentar outros, a bem da verdade.
Inicialmente, em relação à Sessão da Assembleia Legislativa de Pernambuco, em homenagem à Diocese de Palmares, objeto de sua despropositada palavra, convém esclarecer:
1. Os convites para a Sessão Comemorativa são encaminhados aos destinatários pela Assembleia; obviamente, quem compõe a Mesa da Sessão é o seu Presidente; a Diocese é convidada, recebe convites para seus diocesanos e ocupa o lugar que lhe reserva o cerimonial; Reginaldo informa que foi convidado por Pe. Vito;
2. a respeito de sua revolta por eu não ter feito referência ao Pe. Vito, em minha saudação, justifico: não destaquei o nome de nenhum padre presente, porque havia muitos no Plenário, entre eles o Pe. Norberto, Vigário Geral e Reitor do Seminário, que compunha a Mesa Diretora; saudei-os em comum porque, para mim, todos os padres têm o mesmo valor e merecem a mesma atenção, começando por aqueles que estão na Diocese, há 48 anos; por que, naquela circunstância, deveria referir-me, apenas, ao nome de Pe. Vito?;
3. a Assembleia Legislativa pediu um Video, de 8 a 10 minutos, sobre a Diocese; portanto, não é a história cinquentenária da Diocese, como aparece na Revista “50 Anos Unidos em Cristo”. Sobre a não inclusão do nome do Pe. Vito no Video, um dos motivos da apressada e infundada crítica, informo: trata-se de fotos que fazem a memória de bispos e padres falecidos, tendo como fundo musical essa parte do Hino do Jubileu: “E AOS QUE SE FORAM ROGAMOS, A TUA GRAÇA E LUZ, AMÉM!”; porventura, Reginaldo queria que a foto de Pe. Vito fosse incluída ali?
Quanto à exclusão do Pe. Vito, na vida da Diocese de Palmares, apresentada por ele, a linguagem dos fatos contraria sua afirmação:
1. Eu e o Clero temos acolhido o Pe. Vito, fraternalmente, em suas visitas;
2. eu o acolho na Residência do Bispo, a cada ano, e sou por ele acolhido na Casa Paroquial de sua Paróquia, quando tenho a oportunidade de ir à Diocese de Andria;
3. na última visita à Diocese de Andria, estive com Dom Rafael Calabro, na companhia do Pe. Vito, com a finalidade de tratar de seu possível retorno à Diocese de Palmares;
4. participei de gestões, na forma possível e nas instâncias cabíveis, visando a restituição de seu Visto Permanente;
5. convidei-o para ser um dos articulistas da Revista “50 anos Unidos em Cristo”, divulgada no dia do Jubileu Diocesano. O Informativo “Diocese em Ação” publicou, com destaque, seu poema “À Diocese dos Palmares. Revendo a história, homenagem e oração”, na edição especial do Jubileu;
6. ao ser convidado para participar das Celebrações Jubilares, fiz referências à sua pessoa, na homilia da Concelebração Eucarística, no Jubileu da Criação da Diocese (13/01/2012) e na palavra de agradecimento, no final da Concelebração, no encerramento do Jubileu Diocesano (23/09/2012);
7. na Semana do Jubileu, como fez a bispo, sacerdotes, religiosas e leigos de todas as Paróquias, a Diocese conferiu-lhe um Diploma e uma Medalha de reconhecimento por seu trabalho como Sacerdote “Fidei donum”;
8. a Diocese lhe deu apoio logístico, nesse período do Jubileu, por meio de funcionária e Professores de Palmares, para a correção gramatical de livros que publicará, oportunamente, um deles tratando da restituição de seu Visto Permanente.
Como se falar de exclusão, diante desse saudável relacionamento e dessa habitual convivência com Pe. Vito?
Deus sabe que tudo fazemos para manter nossa Diocese na prática da unidade e da comunhão, especialmente, no segmento CLERO. Com discernimento, saberemos identificar o joio que, como o inimigo na Parábola (cf. Mt 13,24-30), nosso irmão colocou no terreno da Diocese de Palmares, na comemoração de seu Jubileu.
Palmares, 27 de setembro de 2012
Dom Genival Saraiva de França
Bispo de Palmares - PE
Fonte: Assessoria de imprensa CNBB NE2
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