No penúltimo domingo do mês de outubro, dia 23, é celebrado o Dia Mundial das Missões, com uma bela mensagem do Papa Bento XVI, dizendo que a evangelização é uma dimensão essencial da Igreja e uma tarefa urgente hoje, pois a secularização faz com que muitas pessoas vivam como se Deus não existisse. "O Evangelho não é uma propriedade exclusiva de quem o recebeu, mas um dom a ser partilhado e comunicado". Todo batizado é chamado a levar a todos a Boa Nova do Evangelho. Todas as nossas atividades pastorais devem ter um acento missionário. Somos enviados: “Ide e Anunciai”. “Esta finalidade é continuamente renovada pela celebração da liturgia, de maneira especial da Eucaristia, que se conclui sempre fazendo ressoar o mandato de Jesus ressuscitado aos Apóstolos: “Ide...” (Mt 28,19). A liturgia é sempre um chamamento “do mundo” e um novo envio “ao mundo”, para dar testemunho daquilo que se experimenta: o poder salvífico da Palavra de Deus, o poder salvífico do Mistério Pascal de Cristo. Todos aqueles que encontraram o Senhor ressuscitado sentiram a necessidade de O anunciar aos outros, como fizeram os dois discípulos de Emaús. Depois de terem reconhecido o Senhor na fração do pão, eles “partiram sem hesitação e voltaram para Jerusalém. Aí encontraram reunidos os Onze” e contaram o que lhes tinha acontecido ao longo do caminho (Lc 24,33-35)”. A ação missionária é vital para a Igreja e a renova. A missão realiza-se no anúncio e no testemunho do Evangelho e na comunicação da fé. Seu objetivo só é alcançado, quando as pessoas são levadas ao encontro pessoal com Cristo. E sua maior eficácia se dará pela unidade entre os cristãos. A unidade na mesma fé e adesão a Jesus Cristo e, por meio dele, da adesão a Deus Pai, no dom do Espírito Santo; mas também da unidade na comunhão eclesial, que nasce do nosso comum encontro com o Senhor Jesus Cristo e com seu Evangelho. A missão não pode ser feita com pregações desencontradas, ou o pregador querer aparecer mais do que o próprio Cristo e seu Evangelho. A ação missionária não é obra de uns poucos, mas de todos os membros da comunidade eclesial. A vitalidade das semanas missionárias, das visitas às famílias, da formação, das escolas e dos encontros missionários motivam todos a participarem da vida e da missão da Igreja. Nada que não possa ser resolvido, quando existe “ardor missionário” e a consciência de que somos “colaboradores na obra de Deus”. Os missionários são fascinados por Jesus. São capazes de enfrentar qualquer obstáculo ou cansaço, sem medir esforços e sacrifícios; capazes de entregar a vida por Cristo. Com o encerramento do mês das missões não cessa nossa preocupação missionária. Que o mês de outubro tenha nos ajudado a tomar consciência da urgência missionária. Além das orações, é preciso doar generosamente nossas ofertas, no dia das missões, em favor das atividades missionárias. Uma ação concreta é participar da Coleta Missionária. Todas as coletas nas celebrações dos dias 22 e 23 de outurbo são para as missões. As comunidades eclesiais entregam à Cúria Diocesana, e esta envia para as Pontifícias Obras Missionárias. O Dia Mundial das Missões nos chama a revigorar o desejo e a alegria de ir ao encontro do(a) outro(a), levando Cristo.
Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena é Bispo da Diocese de Guarabira - PB e Secretário da Conferência Nacional de Bispos Regional Nordeste 2 (CNBB NE2).
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