domingo, 29 de março de 2015

Artigo: Vivendo a Semana Santa



            A Semana Santa celebra o mistério central de nossa fé: a Ressurreição de Jesus. Não se trata apenas de recordar fatos passados, mas de um memorial que deve ser atualizado; o único Mistério que não pode ser fragmentado. Celebram-se de modo especial a paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo.

            O Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor abre a grande semana santa com a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém. Os evangelhos relatam que as pessoas estenderam mantos pelo chão e O aclamaram com ramos de árvores. Por isso, hoje os fiéis carregam ramos, recordando o acontecimento. Os ramos abençoados são levados para casa num sinal de compromisso com aquele que aclamamos, Jesus, o único mestre e Senhor. Esse é o domingo da 30ª Jornada Mundial da Juventude, com o tema: «Felizes os puros de coração, porque verão a Deus» (Mt 5, 8).  “Queridos jovens, como vedes, esta Bem-aventurança está intimamente relacionada com a vossa vida e é uma garantia da vossa felicidade. Por isso, repito-vos mais uma vez: tende a coragem de ser felizes!”, mensagem do Papa Francisco. Os jovens se preparam para  a próxima edição internacional da Jornada Mundial da Juventude, na Polônia, em julho de 2016.

Na segunda, terça e quarta-feira da Semana Santa, contemplamos o Servo sofredor, Jesus, na sua missão de Messias Redentor.

      A comunidade diocesana reúne-se na quinta-feira santa de manhã, às 8h30, na Catedral: o Bispo, os Sacerdotes e os fiéis para celebrar a instituição da Eucaristia e do Sacerdócio ministerial. É a chamada Missa do Crisma, na qual, todos os sacerdotes renovam seus compromissos sacerdotais, bênção dos santos óleos dos catecúmenos e dos enfermos e consagração  do óleo do crisma. No final, os padres levam os santos óleos às suas paróquias, para a utilização na celebração dos sacramentos durante todo o ano.

Com a Missa da Ceia do Senhor, ao anoitecer, dá-se início ao Tríduo Pascal, que se conclui com a Vigília Pascal, no Sábado Santo. Os três dias formam uma só celebração, que resume todo o mistério da Páscoa. Por isso, nas celebrações da quinta-feira e da sexta-feira à tarde não se dá a bênção final; ela só será dada, solenemente, no final da Vigília Pascal. Nessa Missa vespertina realiza-se o Lava-pés: o gesto de Cristo, que lavou os pés dos Apóstolos, faz-nos descobrir o serviço fraterno que nos une ao mistério de Cristo.
            Na Sexta-feira Santa a Igreja não celebra a missa. Ela permanece em jejum e faz abstinência de carne, contemplando o mistério do grande amor de Deus pelos homens. À tarde, acontece a Celebração da Paixão e Morte de Jesus, com a proclamação da Palavra, preces, a adoração da cruz e a distribuição da Sagrada Comunhão. Sabemos, portanto, que a Semana Santa não se encerra com a sexta-feira santa, mas no dia seguinte, quando se celebra a vitória de Jesus. Só há sentido em celebrar a cruz quando se vive a certeza da ressurreição.

O Sábado Santo é dia de silêncio e de oração. A Igreja permanece junto ao sepulcro, meditando no mistério da morte do Senhor e na expectativa de sua ressurreição. Durante o dia não há missa nem celebração de sacramentos.

À noite, a Igreja celebra a solene Vigília Pascal, a mãe de todas as celebrações. A Ressurreição de Jesus dentre os mortos ilumina o mundo com a sua luz. Então o tempo se abre para a Páscoa!

 Sigamos Jesus nesta Semana Santa e por toda a nossa vida.


Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena – Bispo de Guarabira(PB)

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