Alegre e jovial o Papa Francisco recebeu ontem, (13) terça-feira, às 12 horas, na Sala Clementina do Palácio Apostólico as delegações dos times nacionais de futebol da Argentina e Itália, por causa do amistoso que será disputado hoje em sua homenagem no Estádio Olímpico de Roma.
O Papa rapidamente esclareceu que “Será um pouco difícil para mim
ser torcedor, mas, felizmente é uma amistoso... e que seja realmente assim, por
favor!
Então ele explicou a grande responsabilidade social que os
jogadores de futebol têm.
"Queridos jogadores, - explicou – vocês são muito
populares: as pessoas lhes seguem muito, não somente quando estão no campo, mas
também fora. Esta é uma responsabilidade social!"
De acordo com o Bispo de Roma, no futebol, "Não há lugar para
o individualismo, mas tudo é coordenado pelo time”.
A este respeito, o Papa Francisco destacou que nunca se deve
abandonar a paixão do "diletante” do amador, porque “a dimensão
profissional nunca deve deixar de lado a vocação inicial de um atleta ou de um
time”.
"Um desportista, - acrescentou – embora sendo profissional,
quando cultiva esta dimensão de “amador”, faz bem à sociedade, constrói o bem
comum a partir dos valores da gratuidade, do companheirismo, da beleza”.
Diante de tantos campeões que atuam nas duas seleções nacionais de
futebol, o Papa destacou “antes de ser campeões, são homens, pessoas humanas,
com seus pontos fortes e seus defeitos, com seu coração e as suas ideias, as
suas aspirações e os seus problemas. E então, embora sejam personagens,
permanecem sempre homens, no esporte e na vida. Homens, portadores de
humanidade”.
Para todos os dirigentes presentes o Papa disse “O esporte é
importante, mas deve ser o verdadeiro esporte! O futebol, como algumas outras
disciplinas, tornou-se um grande negócio! Trabalhem para que não perca o
caráter esportivo” e por isso convidou-lhes a promover “esta atitude de
“diletantes” que, por outro lado, elimina definitivamente o perigo da
discriminação. Quando os times vão por este caminho, o estádio se enriquece
humanamente, desaparece a violência e voltamos a ver as famílias nas
arquibancadas".
O Papa contou a experiência de jovem torcedor do São Lorenzo, e a
alegria de toda a família que ia ao estádio. Abençoou os presentes e pediu
orações para que “também eu, no ‘campo’ no qual Deus me colocou, possa jogar um
jogo honesto e corajoso para o bem de todos nós”.
Entre os 200 jogadores, dirigentes e funcionários das duas
seleções da Itália e Argentina, o mais ativo foi Mario Balotelli, que em mais
de uma ocasião, tentou trocar algumas palavras com o Papa
Gianluigi Buffon, que, juntamente com Leo Messi deu ao Papa uma
oliveira para ser plantada no Vaticano, ficou comovido, e no final do encontro
declarou “Foi um dia especial, que ficará gravado nas mentes e nos corações de
todos nós para sempre. Temos a sorte de ter um Papa especial, finalmente foi
possível traduzir em fatos concretos as muitas palavras e pensamentos que
muitas vezes nos propomos não colocamos em prática. Com um Papa assim, que nos
indica o caminho, que nos aquece a alma e o coração, é mais fácil fazer aquelas
coisas que nos fazem melhores”.
A última palavra foi a do Papa que terminou brincando sobre a
indisciplina dos argentinos.
Depois dos cumprimentos e da troca de presentes, o Papa Francisco
disse: "Eu vi que a seleção italiana estava toda em fila... e também
vi que os argentinos também... mas isso é importante, porque aqui no Vaticano
me dizem que sou muito indisciplinado! Agora, eles viram a minha raça...”
Por Antonio Gaspari
Tradução do italiano por Thácio Siqueira
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