Os
jovens são identificados, claramente, em razão de sua condição na família, de
seu lugar na escola, de sua participação na comunidade de fé e de seu
protagonismo na sociedade. Pelos traços de sua personalidade, por seu idealismo
e por sua formação, além de suas inquietações, os jovens são atores no processo
de transformação social, haja vista a sua destacada participação nas grandes
mobilizações que se registram no mundo e, atualmente, no Brasil. Assim procedem
porque, graças à versatilidade da comunicação, através das redes sociais, e a
um aguçado senso de justiça, têm sensibilidade com causas sociopolíticas e,
assim, não se envolvem apenas em situações que dizem respeito aos seus
interesses. A Igreja tem um grande apreço e deposita muita esperança nos
jovens. A Pastoral da Juventude, em suas diversas formas, testemunha isso,
historicamente. A JMJ é uma expressão desse apreço pastoral pelos jovens e de
sua esperança, em relação à sua participação no trabalho de evangelização,
devido à sua vocação e à sua missão.
A
juventude católica se reúne no Rio de Janeiro, no período de 23 a 28 de julho,
para participar da Jornada Mundial da Juventude. Na verdade, a JMJ Rio 2013 já
vem acontecendo, como expectativa, desde quando o Papa Bento XVI a anunciou, em
2011, por ocasião do encerramento da JMJ Madrid. A CNBB, o Brasil, o Estado, a
Cidade e a Arquidiocese do Rio de Janeiro assumiram um compromisso muito grande
perante o mundo. Não obstante a experiência acumulada com as Jornadas
anteriores, a XVIII JMJ tem suas peculiaridades, levando-se em consideração o
tempo de sua preparação e a geografia brasileira. Nesse sentido, a Igreja no
Brasil enfrentou desafios próprios, como a organização do calendário da peregrinação
dos Símbolos da JMJ - a Cruz e o Ícone de Nossa Senhora - por todas as Dioceses
no extenso território brasileiro.
A
JMJ não é um turismo religioso; por sua natureza, é uma experiência de
evangelização, com jovens de todos os Continentes. A juventude está às vésperas
da JMJ. No período de 16 e 20 de julho, os jovens de todas as Dioceses do
Brasil participam da “Pré – Jornada” que, no Brasil, é, apropriadamente,
chamada “Semana Missionária”. A programação que se desenvolve durante a JMJ
compreende missas de abertura e encerramento, catequeses, atos culturais,
vigília de oração, de adoração, em tempos que serão rigorosamente observados. Além
de sua representação, através dos jovens que estarão no Rio de Janeiro, as
Igrejas diocesanas estarão unidas, pela oração, a esse importante evento
pastoral da juventude católica mundial. Reconhecidamente, a presença dos Papas
João Paulo II e Bento XVI ficou inscrita na história de cada Jornada. A JMJ Rio
tem a graça de receber o Papa Francisco em sua primeira viagem
intercontinental, viagem missionária que tem como objeto, precisamente, a
evangelização da juventude mundial. Dessa maneira, ele começa a fazer parte
dessa rica história das Jornadas Mundiais da Juventude.
A
JMJ Rio reconhece o discipulado e a missão dos jovens, como confirma o seu lema:
“Ide e fazei discípulos entre todas as nações”. (Mt 28,19) Ao retornarem às suas
nações, dioceses, paróquias, comunidades e famílias, os jovens estarão
fortalecidos pelos vínculos da fé católica e da fraternidade cristã.
Por
acompanhá-la, através dos meios de comunicação social, a família e a sociedade
brasileira haverão de perceber o significado da JMJ, durante a sua realização,
e identificar os seus frutos na vida dos jovens.
Dom Genival
Saraiva
Bispo de
Palmares - PE
0 comentários:
Postar um comentário