sexta-feira, 1 de março de 2013

Santuário de Fátima assinala fim do pontificado de Bento XVI com missa de ação de graças


Esta manhã, no dia da resignação do Papa Bento XVI ao ministério petrino, celebrou-se no Santuário de Fátima uma Eucaristia de ação de graças a Deus pela vida, pelo ministério e pelo pontificado deste Papa.

“Queremos agradecer a Deus o seu magistério pontifício, com tudo o que nos trouxe e ensinou. Aqui, em Fátima, queremos também agradecer o carinho especial que dedicou a este Santuário e a especial atenção que deu à mensagem de Fátima”, afirmou o Reitor do Santuário de Fátima na homilia da celebração, realizada na Basílica de Nossa Senhora do Rosário, local onde estão tumulados os videntes e onde o Papa Bento XVI rezou em silêncio no dia 13 de maio de 2010.

Na mesma homilia, o padre Carlos Cabecinhas destacou a importância do mistério papal e a concretamente deste pontificado: “o Papa continua na Igreja o ministério de Pedro, como sinal visível da unidade da Igreja, como aquele que preside na caridade à comunhão das Igrejas. A sua missão é um verdadeiro ‘ministério’, isto é, um serviço. E Bento XVI, que serviu a Igreja, assumindo esta missão, serve agora a Igreja, deixando-a”.

“O gesto surpreendente de renúncia”, afirmou o sacerdote, “foi sobretudo um gesto animado pelo seu inquestionável amor à Igreja”.

Para o reitor, foi por amor à Igreja, que Bento XVI “aceitou assumir o peso e a responsabilidade inerentes à missão como Papa” e, pelo mesmo amor, “decidiu resignar por sentir não ter já forças para continuar a exercer essa missão”.  

Concretamente sobre a ligação de Bento XVI e deste pontificado que hoje termina à história e à mensagem de Fátima, o Reitor destacou algumas das palavras proferidas por Bento XVI sobre Fátima, entre outras, as da visita ad Limina dos bispos portugueses, em que o Papa se referiu a Fátima “escola de fé com a Virgem Maria por Mestra” (novembro de 2007), e as que proferiu na sua peregrinação à Cova da Iria em 2010, em que se referiu a Fátima como “cenáculo de fé”.

“As citações e as referências podiam multiplicar-se. Estas, porém, bastam para deixar bem vincada a importância que o Papa Bento XVI atribuiu a Fátima e o dever de gratidão que sentimos”, disse.

Em declarações anteriores aos jornalistas, o Reitor recordou também que a própria interpretação teológica do Segredo de Fátima foi feita pelo Cardeal Ratzinger, enquanto prefeito da Congregação para a Congregação da Doutrina da Fé. (A mensagem de Fátima)

De uma forma conclusiva, no final da homilia, o padre Carlos Cabecinhas destacou a importância deste dia, e dos que se seguem com a escolha do novo sucessor de Pedro, para a Igreja: “Este momento, na vida da Igreja, é momento de gratidão e confiança: gratidão pelo grande dom que Bento XVI é para a Igreja e para o nosso mundo; e confiança na promessa de Jesus Cristo, segundo a qual as forças do mal não prevalecerão, e confiança no Espírito de Deus que continuamente conduz a Igreja”.

Fonte: Zenit 
            Leopol Dina Simões

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