sábado, 13 de setembro de 2014

Papa visita cemitério militar e reza por vítimas da guerra

“A guerra é uma loucura, a guerra destrói; destrói até mesmo o que Deus criou de mais belo”, afirmou o Papa Francisco
O Papa Francisco visitou na manhã deste sábado, 13, o maior cemitério militar da Itália, para “rezar pelas vítimas de todas as guerras”. A iniciativa, anunciada em junho passado pelo próprio Papa, visava assinalar o centenário do início da I Guerra Mundial (1914-1918), que causou a morte a nove milhões de pessoas, entre soldados e civis.
O Santuário militar de Redipuglia fica em Gorizia, região próxima da fronteira de Itália com a Eslovênia, inaugurado em 1938 para dar sepultura a 100 mil italianos que faleceram durante da I Grande Guerra.
Logo após a sua chegada ao aeroporto local, o Papa deslocou-se ao cemitério austro-húngaro de Fogliano de Redipuglia, detendo-se em oração e depositando um ramo de flores diante do monumento central.
A Missa, no Santuário militar de Redipuglia, decorreu num ambiente de recolhimento, com a participação de cerca de dez mil fiéis, apesar do frio e da chuva. Presentes também peregrinos provenientes de países limítrofes – Eslovênia, Áustria e Hungria.
Na homilia, num tom meditativo, direto, o Papa Francisco declarou: “a guerra é uma loucura, a guerra destrói; destrói até mesmo o que Deus criou de mais belo: o ser humano. A guerra tudo transtorna, incluindo a ligação entre irmãos. A guerra é louca: como plano de desenvolvimento, propõe a destruição!”
Aqui e no outro cemitério há aqui muitas vítimas, disse Francisco. “Hoje recordamo-las: há o pranto, o luto, o sofrimento… Daqui recordamos todas as vítimas de todas as guerras”.
Segundo o Papa, ainda hoje são muitas as vítimas, interrogando-se como isto é possível. “É possível, porque ainda hoje, nos bastidores, existem interesses, planos geopolíticos, avidez de dinheiro e poder; e há a indústria das armas, que parece ser tão importante! E estes planificadores do terror, estes organizadores do conflito, bem como os fabricantes das armas escreveram no coração: ‘A mim, que me importa?’”
No final, uma militar italiana, recitou, no meio da comoção geral, uma oração pelas vítimas de todas as guerras, concluindo com o toque de clarim convidando ao silêncio, recordando os mortos.
O Santo Padre entregou aos bispos e responsáveis pela pastoral militar uma lâmpada que vai ser acesa nas respectivas dioceses, no decorrer das cerimônias comemorativas da I Guerra Mundial.
Fonte: Canção Nova

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