Restauradores acertam detalhes das obras no templo, que foi interditado por risco estrutural. Missas devem recomeçar em 45 dias
Depois de quase sete anos fechada, a Basílica de Nossa Senhora da Penha, no bairro de São José, voltará a abrir as portas aos fiéis. Mesmo com obras de recuperação das duas torres sineiras não concluídas, o templo passará a realizar atividades religiosas dentro de 45 dias. Restauradores e equipe técnica fazem os últimos ajustes nas instalações elétricas e cuidam da limpeza.
Um estudo em 3D para avaliar os danos nas torres está em fase de conclusão. Hoje, engenheiros, arquitetos e equipe técnica começam a examinar os danos na parte estrutural das torres na área interna da basílica. No próximo sábado, será realizada vistoria na área externa.
O arquiteto Jorge Eduardo Tinoco, especialista em restauração de monumentos e responsável técnico, explicou que os engenheiros e técnicos irão examinar o topo das torres com a ajuda de uma plataforma elevatória. “A situação é complicada por conta da sobrecarga e muitos anos sem manutenção.” A plataforma elevatória será levada para a frente da igreja na noite da sexta-feira.
Para evitar um desabamento repentino, um dos sinos já foi removido da torre do lado da Rua das Calçadas. Segundo Tinoco, será realizada uma espécie de raio x para observar melhor os danos nas colunas de concreto. “Queremos ver como está a estrutura dos ferros por dentro das vigas”, esclareceu.
O arquiteto informou que a vistoria desse sábado será acompanhada por um grupo de engenheiros, que chegaram de São Paulo exclusivamente para avaliar os estragos. Quanto à remoção da sujeira do ambiente, o arquiteto informou que a limpeza precisa ser feita com bastante cuidado. “Teremos que retirar grande quantidade de poeira sem molhar, nem jogar produtos químicos porque pode danificar o piso histórico”, observou.
Segundo o reitor da basílica, frei Luís de França, a limpeza será feita por aspiração, o que impossibilita uma reabertura imediata. “Quanto mais aspiramos, mais poeira aparece. Mas esse processo evita que a poeira se empregne nas paredes e nos afrescos, que não podem ser aspirados.”
Até agora já foram investidos R$ 5,9 milhões na reforma, desde estruturas que ofereciam riscos de desabamento até a pintura de ornatos e reconstrução de imagens. Contudo, ainda faltam revitalizar os 16 altares laterais, o altar-mor, a Capela do Santíssimo e as pinturas sacras.
Saiba mais
Investimentos na obra
R$ 3,8 milhões
Captados através da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura
Captados através da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura
R$ 1 milhão
Levantados através de campanhas e eventos realizados pelos capuchinhos
Levantados através de campanhas e eventos realizados pelos capuchinhos
R$ 845 mil
Investimento do governo do estado através da Fundarpe
Investimento do governo do estado através da Fundarpe
R$ 251 mil
Investimento da Prefeitura do Recife através da Fundação de Cultura
Investimento da Prefeitura do Recife através da Fundação de Cultura
Reportagem: Paulo Trigueiro
Fonte: Diario de Pernambuco
Fonte: Diario de Pernambuco
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