A
Semana Santa celebra o mistério central de nossa fé: a Ressurreição de Jesus. Não
se trata apenas de recordar fatos passados, mas de um memorial que deve ser
atualizado; o único Mistério que não pode ser fragmentado. Celebram-se de modo
especial a paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo.
O
Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor abre a grande semana santa com a entrada
triunfal de Jesus em Jerusalém. Os evangelhos relatam que as pessoas estenderam
mantos pelo chão e O aclamaram com ramos de árvores. Por isso, hoje os fiéis
carregam ramos, recordando o acontecimento. Os ramos abençoados são levados
para casa num sinal de compromisso com aquele que aclamamos, Jesus, o único
mestre e Senhor. Esse é o domingo da 30ª Jornada Mundial da Juventude, com o
tema: «Felizes os puros de coração, porque verão a Deus» (Mt 5, 8). “Queridos jovens, como vedes, esta
Bem-aventurança está intimamente relacionada com a vossa vida e é uma garantia
da vossa felicidade. Por isso, repito-vos mais uma vez: tende a coragem de ser
felizes!”, mensagem do Papa Francisco. Os jovens se preparam para a próxima edição internacional da Jornada
Mundial da Juventude, na Polônia, em julho de 2016.
Na segunda, terça e
quarta-feira da Semana Santa, contemplamos o Servo sofredor, Jesus, na sua
missão de Messias Redentor.
A comunidade diocesana reúne-se na
quinta-feira santa de manhã, às 8h30, na Catedral: o Bispo, os Sacerdotes e os
fiéis para celebrar a instituição da Eucaristia e do Sacerdócio ministerial. É
a chamada Missa do Crisma, na qual, todos os sacerdotes renovam seus
compromissos sacerdotais, bênção dos santos óleos dos catecúmenos e dos
enfermos e consagração do óleo do
crisma. No final, os padres levam os santos óleos às suas paróquias, para a
utilização na celebração dos sacramentos durante todo o ano.
Com a Missa da Ceia
do Senhor, ao anoitecer, dá-se início ao Tríduo Pascal, que se conclui com a
Vigília Pascal, no Sábado Santo. Os três dias formam uma só celebração, que
resume todo o mistério da Páscoa. Por isso, nas celebrações da quinta-feira e
da sexta-feira à tarde não se dá a bênção final; ela só será dada, solenemente,
no final da Vigília Pascal. Nessa Missa vespertina realiza-se o Lava-pés: o
gesto de Cristo, que lavou os pés dos Apóstolos, faz-nos descobrir o serviço
fraterno que nos une ao mistério de Cristo.
Na
Sexta-feira Santa a Igreja não celebra a missa. Ela permanece em jejum e faz
abstinência de carne, contemplando o mistério do grande amor de Deus pelos
homens. À tarde, acontece a Celebração da Paixão e Morte de Jesus, com a
proclamação da Palavra, preces, a adoração da cruz e a distribuição da Sagrada
Comunhão. Sabemos, portanto, que a Semana Santa não se encerra com a
sexta-feira santa, mas no dia seguinte, quando se celebra a vitória de Jesus.
Só há sentido em celebrar a cruz quando se vive a certeza da ressurreição.
O Sábado Santo é dia
de silêncio e de oração. A Igreja permanece junto ao sepulcro, meditando no mistério
da morte do Senhor e na expectativa de sua ressurreição. Durante o dia não há
missa nem celebração de sacramentos.
À noite, a Igreja
celebra a solene Vigília Pascal, a mãe de todas as celebrações. A Ressurreição
de Jesus dentre os mortos ilumina o mundo com a sua luz. Então o tempo se abre
para a Páscoa!
Sigamos Jesus nesta Semana Santa e por toda a
nossa vida.
Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena
– Bispo de Guarabira(PB)
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