segunda-feira, 22 de julho de 2013

JMJ Rio 2013




Os jovens são identificados, claramente, em razão de sua condição na família, de seu lugar na escola, de sua participação na comunidade de fé e de seu protagonismo na sociedade. Pelos traços de sua personalidade, por seu idealismo e por sua formação, além de suas inquietações, os jovens são atores no processo de transformação social, haja vista a sua destacada participação nas grandes mobilizações que se registram no mundo e, atualmente, no Brasil. Assim procedem porque, graças à versatilidade da comunicação, através das redes sociais, e a um aguçado senso de justiça, têm sensibilidade com causas sociopolíticas e, assim, não se envolvem apenas em situações que dizem respeito aos seus interesses. A Igreja tem um grande apreço e deposita muita esperança nos jovens. A Pastoral da Juventude, em suas diversas formas, testemunha isso, historicamente. A JMJ é uma expressão desse apreço pastoral pelos jovens e de sua esperança, em relação à sua participação no trabalho de evangelização, devido à sua vocação e à sua missão.
A juventude católica se reúne no Rio de Janeiro, no período de 23 a 28 de julho, para participar da Jornada Mundial da Juventude. Na verdade, a JMJ Rio 2013 já vem acontecendo, como expectativa, desde quando o Papa Bento XVI a anunciou, em 2011, por ocasião do encerramento da JMJ Madrid. A CNBB, o Brasil, o Estado, a Cidade e a Arquidiocese do Rio de Janeiro assumiram um compromisso muito grande perante o mundo. Não obstante a experiência acumulada com as Jornadas anteriores, a XVIII JMJ tem suas peculiaridades, levando-se em consideração o tempo de sua preparação e a geografia brasileira. Nesse sentido, a Igreja no Brasil enfrentou desafios próprios, como a organização do calendário da peregrinação dos Símbolos da JMJ - a Cruz e o Ícone de Nossa Senhora - por todas as Dioceses no extenso território brasileiro.
A JMJ não é um turismo religioso; por sua natureza, é uma experiência de evangelização, com jovens de todos os Continentes. A juventude está às vésperas da JMJ. No período de 16 e 20 de julho, os jovens de todas as Dioceses do Brasil participam da “Pré – Jornada” que, no Brasil, é, apropriadamente, chamada “Semana Missionária”. A programação que se desenvolve durante a JMJ compreende missas de abertura e encerramento, catequeses, atos culturais, vigília de oração, de adoração, em tempos que serão rigorosamente observados. Além de sua representação, através dos jovens que estarão no Rio de Janeiro, as Igrejas diocesanas estarão unidas, pela oração, a esse importante evento pastoral da juventude católica mundial. Reconhecidamente, a presença dos Papas João Paulo II e Bento XVI ficou inscrita na história de cada Jornada. A JMJ Rio tem a graça de receber o Papa Francisco em sua primeira viagem intercontinental, viagem missionária que tem como objeto, precisamente, a evangelização da juventude mundial. Dessa maneira, ele começa a fazer parte dessa rica história das Jornadas Mundiais da Juventude.
A JMJ Rio reconhece o discipulado e a missão dos jovens, como confirma o seu lema: “Ide e fazei discípulos entre todas as nações”. (Mt 28,19) Ao retornarem às suas nações, dioceses, paróquias, comunidades e famílias, os jovens estarão fortalecidos pelos vínculos da fé católica e da fraternidade cristã.
Por acompanhá-la, através dos meios de comunicação social, a família e a sociedade brasileira haverão de perceber o significado da JMJ, durante a sua realização, e identificar os seus frutos na vida dos jovens.

                                   Dom Genival Saraiva
                                   Bispo de Palmares - PE

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